Quanta Fé
Era uma hora da tarde... Genaro, um amigo Andava sob o Sol a pino... Pensava consigo, onde estaria o Divino? Lágrimas ao rosto, Rolando suas faces... Não compreendia os sorrisos vivaces Dos companheiros de jornada que sorviam outros ares... O drama que vivia Era dor lancinante, Em que o coração era como chaga alucinante... Revoltosa e até infame! Perdera a fé, Pois a amada mulher O deixara apenas um bilhete ao lado do bule do café... Enquanto um turbilhão de pensamentos o envolvia... Levando a dores cruciantes que ninguém via... Os transeuntes sorriam para a vida! Como podiam ver alegria enquanto ele sofria? Sem perceber por andar cabisbaixo na via... Trombou fortemente a canela, batendo a cabeça nada vazia... Enfezado já procurava palavras infelizes... Quando viu-se à frente de sorridente menino, A pedir-lhe “desculpa tio”! Um nó na garganta lhe surgiu, Pois o menino sentado numa cadeira de rodas lhe sorria... Encabula...