Postagens

Momento Seu...

Procure um momento apenas para você a fim de se conhecer melhor para lapidar as próprias mazelas, pois diante das turbulências da vida a meditação é o caminho ideal na conquista do equilíbrio e da paz interior para após poder observar ao redor. Ninguém possui o total conhecimento das nossas dificuldades, mas é preciso seguir adiante, observar quem está a nossa volta e fazer algo em favor do próximo. Quantos de nós tivemos muito tempo nesta ou noutras vidas? Quando o tempo nos falta em alguns períodos da vida, reclamamos, acreditamos que Deus é injusto, sendo que na verdade Ele procura nos ensinar a dividir melhor nossa atenção, esquecendo um pouco do eu e procurando mais o próximo. É óbvio que precisamos cuidar de nós mesmos, até porque sem isso não conseguimos servir ao próximo com presteza, educação, gentileza, inspiração, boa vontade e amor sincero. Mas tudo com parcimônia, bom senso. Aqueles que pensam ter sempre o seu tempo em primeiro lugar, enganam-se profundamente. Tal...

Comida e Arte

Gepeto acordava cedo todos os dias, enquanto os demais repousavam como na história do Pinóquio. Contudo, nosso amigo era padeiro... Homem só, sem família e muitos amigos, com dificuldades de se expressar no mundo, pois era mudo e surdo... Com suas deficiências, tornou-se tímido, embora de grande coração e habilidades impressionantes ao cidadão comum. Justamente por ser mudo e surdo, era um indivíduo que conseguia muito se concentrar no que realizava. Desde cedo, aprendera com sua mãezinha, a qual se encontra na pátria espiritual, a cozinhar, mas principalmente o ofício de padeiro, embora ela nunca tinha trabalhado como tal. Gepeto, homem comum, um pouco acima do peso, com seus quarenta e poucos anos, era calvo, cabelos bem pretos e lisos. Sorriso fácil e andar molenga, olhos bem negros... Trabalhava numa padaria de um italiano, um dos seus únicos amigos de sua vida. Aliás, trabalhava e morava no recinto citado. Num quartinho acima da padaria, pois família não mais tinha... acordav...

Desvio de Rota

Uma problemática me incomodava desde há muito e vendo-me assim, Fernando me chamara para cordial conversa... - O que há meu amigo? Vejo-te acabrunhado e pensativo... Pensei em responder “não era nada”, mas percebi que seria bom compartilhar... - Tenho procurado iniciar o trabalho com meu tutelado na Terra... Depois de muitos anos de preparo e compromisso firmado, ele retornou ao mundo material e eu lhe garanti que o ajudaria a cumprir com a responsabilidade de levar, desta vez, uma arte boa e bela. Depois de termos errado tanto num passado nada distante, conseguimos, pela misericórdia de Deus, uma última oportunidade de vencer a nós mesmos. Depois será minha vez de ir e ele ficar na minha função. - Então, André reencarnou! Conhecendo vocês, creio que prefeririam ir os dois juntos e Isael seria o fiador, amigo espiritual que os guiaria melhor nesta tarefa!? - Exatamente! Mas... Enfim, sei que ele tem muitos compromissos e apesar de sempre nos auxiliar, é nossa vez de agir. Nã...

Um Semblante Sereno

Sentando num ambiente calmo estava ele pensando como a meditar sobre a vida e toda multidão de possibilidades. Entretanto, a serenidade em seus olhos, os lábios relaxados, porem hirtos, a maçã do rosto encoberta quase toda por uma barba que dava a impressão de estar aveludada, barba essa que contornava os lábios, descia até o pescoço e se encontrava com os cabelos próximo às orelhas... Olhando o pôr-do-Sol, escutando o barulho quase imperceptível de algum riacho próximo, dos pássaros a cantar, estava ele, de semblante sereno. Em sua mente, quem poderia realmente saber o que se passava. Entretanto, ao olhar o Mestre do Amor teremos a certeza que apenas bondade, harmonia e respeito passava por sua mente! Os seus olhos vagavam pelo horizonte, talvez apreciassem a paisagem ao longe, ou quem sabe à sua volta... Talvez apreciasse outras paisagens invisíveis aos olhos comuns, mas diáfanas aos olhos de espíritos comuns como nós. Um leve sorriso no canto dos lábios e uma lágrima que não ...

As Mãos de Riley

Numa noite gélida de um país europeu. Tomas Riley andava perambulando pelas ruas, encolhido no seu casaco que apenas amenizava o frio que sentia. Não estava nevando. Mas havia esfriado o suficiente naquele outono para que poucas pessoas se arriscassem a sair pelas ruas depois de certa hora da noite. Aqueles que buscavam as ruas geralmente logo entravam em algum bar ou iam para suas casas e ou de amigos... Havia também aqueles que não tinham outra opção a não ser de ficarem nas ruas. Eram os abandonados da sociedade, os que haviam perdido tudo: família, amigos, destaque social, eram simplesmente rejeitados e ignorados pela maioria dos demais. Não era o caso de Riley, um músico e poeta de certo renome, muito bem quisto e requisitado em sua profissão. Aquela cena não acontecia por acaso, não era a primeira vez que Tomas saía às ruas assim, sozinho, segurando apenas seu instrumento musical e nos bolsos possuía algumas moedas e cédulas.  Pensava com ele mesmo que havia sido egoísta...

Buscai e Achareis

Conta-se que numa pequena vila de tempos antigos, no velho mundo, nasceu uma garota pequenina e raquítica... Era a quinta filha de um total de nove. Não era feia, mas não se podia dizer-se bela. Talvez porque a pobreza e escassez de recursos atrapalhasse uma aparência melhor. Os cuidados maternos e paternos são melhores com os primeiros filhos, pois ainda são poucos a lhes requerer atenção. Assim Beatrice era uma menina comum... Não era paparicada e tal lhe fez bem. Não era a mais bela, por isso não se tornou vaidosa. Não era a mais nova, por isso precisou aprender a se virar para ter a atenção dos mais velhos e ser respeitada por todos... Saltando no tempo, quando jovem, em seus dezessete anos, nossa querida menina saiu de casa. Não porque quis ou foi expulsa, mas por circunstância da vida. Ela, que sabia se virar sozinha e trabalhava lavando roupas, resolveu sair do lar materno, pois o pai havia voltado ao mundo dos espíritos anos antes. Pensou nas dificuldades da mãe que ainda ti...

Os Talentos dos Vícios

Para Frederico seus sonhos eram os tesouros dos céus! Desde pequeno insistira com seus pais, os quais tinham boas condições financeiras e não desejavam que ele desenvolvesse com afinco alguma habilidade artística, pois o queriam como médico, advogado ou engenheiro. Nosso querido amigo, sonhava com os palcos da vida. Tinha o sonho de muitos. Cantar e encantar com sua voz, com seu talento a fim de ser admirado por muitos fãs e ter a fama, o sucesso, que via os artistas da TV. Com muito custo e insistência, ganhou um violão do pai que o matriculou numa escola de música. Aos poucos, seu talento foi se mostrando realmente e no mínimo interessante. Aprendia com afinco e disciplina. Estudava e praticava todos os dias. Com a graça divina pareceu que Frederico era como um “bem-te-vi” ou uma cotovia. Tocava e cantava com beleza e alegria. A princípio se apresentava em casa, depois na escola e com o tempo entre os amigos. Estava sempre disposto e feliz para tocar e encantar na vida. A única ...