Pedinte de Amor

Por vários anos perdi-me neste plano o qual denominam espiritualidade... Conhecedor das verdades do espírito, apenas com diferentes nomes e conceitos, vaguei revoltado por não ter conseguido permanecer eterno no corpo. Sonho que sempre acalentei até o último suor de meu rosto, o último suspiro... Não tenham compaixão e nem me subestimem... Sempre soube que perderia a vitalidade... Não me julguem mal... O que fiz foi para estender a vida material ao máximo! Com que objetivo? Inicialmente era um ideal o qual beirava a utopia plena e feliz, o sonho de fazer algo bom, transformar positivamente o mundo para toda a humanidade. Infelizmente, aos poucos fui me iludindo com o poder, o orgulho, a vaidade... Com uma inteligência mal direcionada, tive acesso ao dinheiro fácil. Lamentavelmente, não a administrei com sabedoria nesta existência... Depois veio o horror da Segunda Guerra Mundial. Embora, acompanhado do orgulho e da vaidade, não cultivei a ciência para o mal... Não prejudiquei ni

O dia chega com os raios luminosos a abençoar cada um de vocês, meus filhos. Alguns já estão na labuta diária há algum tempo, outros ainda descansam o corpo material e labutam no plano do espírito... O Sol avança e se fortalece, vence a escuridão, as nuvens são levadas pelo vento. Enquanto isso, vocês buscam superar as dificuldades diárias, os recalques do próprio espírito, os obstáculos trazidos nos dois planos da vida. Sem perceber, na maioria das vezes somos condutores de irmãos necessitados, os quais estão acoplados em nossas energias a fim de auxiliá-los com boas vibrações, ações, pensamentos, sentimentos. E o que devem fazer? Manterem-se em contínua oração e vigilância... O senso crítico de reconhecer quando erram, o bom senso de recuperar o tempo perdido... Inclusive, quanto tempo perdemos perante a caminhada evolutiva? A tarde se inicia com uma alimentação... Alguns passam sem problemas com comidas leves e sem grandes quantidades, outros pecam por querer mais do que o co

Não tema o caminho o qual se revela a frente... Por vezes, quando enxergamos o que vem ao nosso encontro na vida, temos como primeira reação o recuo instantâneo e a vontade de voltar atrás, ou mudar de direção... Achamo-nos incapazes de superar o obstáculo apresentado aos nossos olhos. Entretanto, as impressões físicas dos sentidos humanos ainda são muito imperfeitas, e por isso, faz-se necessário analisar melhor todas as condições antes de qualquer tomada de atitude precipitada. Uma onda gigante pode se quebrar antecipadamente e reduzir sua força de forma considerável antes de atingir-nos. Por outro lado, pode ganhar força, mas sabendo os atalhos por onde mergulhar, podemos atravessá-la com relativa tranquilidade em meio ao turbilhão. Basta utilizarmos a inteligência com sabedoria e serenidade para safar-nos dos perigos sem grandes ferimentos... Quando nos referimos da inteligência, não significa apenas aquela das academias e conhecimentos científicos, mas também a emocional, a

Por todas as minhas atitudes... Pelo que deixei de fazer... Pelos amigos que esqueci... Pelas oportunidades não aproveitadas... Nada mais restou! Hoje sofro pelo tempo desperdiçado: entre prazeres e ilusões do mundo... Tempo ocioso e desprezo aos sofredores... Não há mal algum em ter lazer e descansar, o problema é viver para o lazer sem nada doar e compartilhar do que se tem para com o próximo. Sofro agora porque antes nada sofri, apenas gozei... Desfrutei e gastei minha saúde, tempo, dinheiro e tudo mais que acreditei ser unicamente meu para o próprio gozo e satisfação... Hoje percebo que os miseráveis de antigamente, agora estão aureolados de luz humilde, bela e benfazeja! Sinto-me como o mau rico da parábola narrada pelo Cristo. Os pobres e humildes de ontem, os quais eu desprezara, foram os únicos que me estenderam as mãos, pois aqueles os quais desfrutavam comigo ainda padecem nas dores da ilusão ou a usufruiu sem saber das surpresas dolorosas as quais ela nos reserva... Sofro

No vale das sombras eu percorri... Enquanto vidas passavam por mim, eu dormia acordado sem ter a consciência dos últimos acontecimentos... Apenas pensava nos bens materiais... Pobre de mim! Isolado, desejava apenas defender o que era meu de direito ou havia sido... Dor, angústia, revolta por ver as pessoas tomando posse do que era de minha propriedade... Onde está a justiça? Por que Deus permitia tais impropérios? É tão difícil compreender determinadas situações... Como demorei, chorei de tristeza, de raiva! Em certo dia lembrei-me que havia tido uma vida normal: fora um pai, tive filhos, uma esposa. E foi a minha amada que me despertou para a verdade cristã, para os tesouros do céu. Com o tempo esqueci-me das posses... Ao trazer as boas lembranças do meu anjo, o sono alcançou-me. Quand o despertei percebi que estava no mesmo lugar, mas agora limpo e arrumado como ela sempre deixara, eu a vi. - Vem meu querido! Espero por ti há tanto tempo. - Não posso partir... – olhando para

O céu estrelado é um manto sagrado, elevado à condição de paraíso por muitos almejados, mas por poucos habitado. Seria de se estranhar caso a humanidade não sonhasse com o céu! Quem de nós não gostaria de ser um bem-aventurado? Estar junto às estrelas: sejam elas astrológicas ou espíritos divinos! Quão insana seria a humanidade caso não o almejasse! Infelizmente, a insanidade aparente está tomando conta de vários humanos... Almejam o céu, entretanto comportam-se para alcançar sofrimentos! Aliás, provocam dores inesquecíveis em irmãos de caminhada pelo simples prazer de realizá-la ou por ignorância de como agir corretamente em favor do bem... Pobre somos nós, seres humanos! Filhos de Deus! Ainda tão rebeldes e sem causas justas... Muitas vezes não conseguimos assumir as próprias responsabilidades e o tempo vai passando... O céu o qual admiramos continua a nos esperar... Mas nos parece tão longínquo e utópico que de alguma forma nem nos esforçamos a fim alcançá-lo! Em várias circu

Tem um minuto Para olhar sem doar E também sem receber, Ou mesmo se interessar? Tem um minuto para escutar, Um prato de comida ajeitar... Com o silêncio demarcar Uma amizade respeitosa a iluminar? Tem um minuto para servir O irmão necessitado, Ou aquele que nada possui... Sem esquecer-se do irmão abastado? As pedras no caminho... Obstáculos que devemos ter carinho Para não sucumbir em desalinho De pensamentos em torvelinho... Por isso te pergunto Tem um minuto? Só unzinho... Para aplicar amor e aliviar a dor! Sodré, o ritmista procurando ter vários minutos bons – 23.06.14, psicografado por Jerônimo Marques.

Era Bernardo um menininho, Que muitos o chamavam de bonitinho. Era pequenininho... Tudo bem diminutivo... Ao contrário de sua aparência Aparentemente pequena... Humilde e acanhada Tinha grande coração, o danado... Tinha um belo sorriso, Que encantava até mesmo o Padre, O coronal Bocaiuva, zangado, Raivoso e estressado... Ele morava na fazenda do coronel. Trabalhava que nem um corcel, Mas gostava mesmo era de ouvir As pregações do Padre Gabriel... Ouvia as pregações que falava, De Cristo Jesus Filho de Maria, mãe dos pequenos... Como ele, o menor de todos... Encantava-se com as curas... Sonhava com os milagres... E quem sabe um dia Receberia de Deus um pouco mais de altura... Que nada! Deus já tinha dado muitas coisas Melhores do que uns centímetros a mais... E o principal... era o coração bom! Como era bom o menino Bernardo! Trabalhava todo dia, Acordava cedinho E tudo que ganhava, Ele dava aos mais pequeninos

Muitas são as lutas de cada coração que bate nesta bendita Terra. Quantas são as dores e os aprendizados, os quais fazem acelerar e desacelerar os corações que labutam dia após dia? É verdade que um coração pode ser bom ou ruim, estar bem ou não por diversas formas e sob diversos ângulos. Nem sempre é fácil acalmá-lo. Mas ele é quem rege nossos passos e nos possibilita agir com a energia exata para nossas ações. São tantos os desgostos e emoções por eras e séculos... Às vezes, isto enregela algumas almas, as quais criam uma crosta de energias destrutivas, deixando-as insensíveis à própria dor ou alheia. Talvez o sofrimento é tamanho, o qual impossibilita qualquer reação, deixando-nos anestesiados. Entretanto um coração nunca se cansa de bater, por mais que seja ignorado! Ele está sempre a cumprir com sua missão, até o fim da etapa. Por vezes até falha, machuca-se, sorri, chora, mas está sempre no papel de regente da vida... Até que um dia para... Parece que finalmente se cansou.

Um ponto Pode ser na verdade Um porto... O mundo todo Pode ser na verdade Um pequeno ponto... Quase invisível, Desprezível, Talvez iludível! O que parece ser belo à distância Pode conter diversas imperfeições Quando estamos próximos... O feio pode ser belo E o belo pode ter sua fealdade... Quantas vezes nos enganamos, Quando não enganamos a nós mesmos? Parece papo de maluco... Assunto esquisito, Sem sentido... Mas faz um bom sentido! Não deixe nunca de pensar, Analisar e recordar. Busquem vocês mesmos confirmar Tirar as próprias conclusões... Para ter paz nos vossos corações! O bom senso evita Julgamentos levianos, Assim como um outro olhar Uma nova perspectiva nunca vista, Pouco compreendida! Seja correto e coerente, Nunca ausente! Não julgue sem conferir Para ninguém mais ferir! Sodré, o ritmista revendo o que já foi visto, dito e também escrito... – 27.06.14, psicografado por Jerônimo Marques.