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Mostrando postagens de novembro, 2011

Salve

Ernesto tinha um sonho... Encontrar um anjo, Mas sempre tristonho, Não sabia doar e criar nenhum arranjo... Era fato Que sem muito trato Queria receber sem doar... Apenas ficava a lamentar... Quis o destino Escrito pelo mesmo... Vir a doença Da falta de crença... O desânimo o tomou... O choro continuou. A reclamação aumentou! E Ernesto pobre ficou... A doença se agravou... E o câncer atacou! E a revolta o dominou... Por fim desencarnou... Pobre Ernesto... Blasfema contra Deus! Impondo sua felicidade... Em condições reprováveis... Contudo, Deus é misericordioso E lhe envia um coração bondoso! Seu anjo ditoso! Só assim Ernesto entende Que Deus a todos compreende, E ama eternamente! Envergonhado pede perdão! Admite que exaltou o coração... E aprende a lição... Salve! Diz Ernesto com emoção! Perdão de coração! Serei verdadeiramente um novo cristão! Sodré, o ritmista – 18.11.11

Surdos ao Chamado

Catástrofes, tragédias, vícios, desonestidade, trapaças mil... Desrespeito, falta de compromisso, insubordinação moral, despeito, inveja, ciúme... ódio, raiva, maledicência... Tantos são os sintomas infelizes presentes na sociedade e, por conseguinte, em grande parte de todos nós que a sociedade parece estar no meio de uma guerra moral sem fim. E o pior, parece que a maldade e a iniquidade estão vencendo! Quantos são chamados a cada dia para o caminho reto e não ouvem? Escutam, mas não assimilam, não aceitam, desdenham... Quando escutam e até se interessam, não conseguem deixar para trás os vícios da alma... A situação tem se tornado crítica para todos que assim agem e não se esforçam para escutar os chamados... Há muitos milênios o Senhor vem enviando seus mensageiros para nos chamar ao Teu reino. Como na parábola do Mestre do Festim de Bodas... “Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos”. Acontece que o tempo vai passando e pela visão limitada da sociedade, esses poucos milêni

Nossos Anjos

Entre as coisas do mundo existem as belas esculturas e as soberbas arquiteturas. Desde as traquinices dos meninos a brincar, quando réstias de soberba e orgulho começam a se destacar, os anjos do Senhor estão a procurar evitar os tropeços que seus tutelados estão para reiniciar... São noites veladas, em determinação apurada a fim de evitar a queda anunciada. Os anjos do Senhor são pais do infinito procurando abençoar os tutelados perdidos. Renunciam as grandes moradas do Pai para no charco pantanoso permanecerem ao lado dos que o ignoram na soberba ilusão de suas próprias e infelizes almas. Desconhecem-nos, ignoram-nos e preferem as ilusões dos sentidos oferecidas pelo mundo. Não sabem renunciar com sabedoria, pois renúncia não traz reconhecimento, por vezes só mostra desdita, incompreensão e desrespeito... Os anjos do Senhor são pacientes e esperam. Com lágrimas nos olhos do espírito respeitam as parcas escolhas de seus queridos. Envergonhados perante o Criador pedem por nós, o perdão

O Preto Velho

“Zi fio” chamou. O preto velho escutou. “Zi fio” mandou... O Preto velho fez. “Zi Fio” pediu... O preto velho ajudou. “Zi fio” amou... O preto velho também... “ Zi fio” chorou... O preto velho acudiu. O ombro largo deixou, Pra cabeça do “Zi fio” aconchegar... “Zi fio” mentiu... O preto velho assumiu... E no seu lugar, do mundo sumiu... Pra ressurgir no outro mundo com a fronte iluminada pelos anjos “Zi fio”! E “voismecê Zi fio”? Pra onde fugiu? Pro escuro e lamentação? Quanta aflição? E dor no coração! E quando o “Zi fio” chorou mais uma vez... E de Deus se lembrou... Então orou! Não foi os anjos, “Zi fio”... Que lhe acudiram do “mar bravo” de sofrimentos! Pelo qual estava “voismecê” mergulhado... Foi o Preto Velho “Zi fio”, Que te socorreu... E de branco ou de luz, Só tinhas os dentes alvos que reluzem... Pois como a cor da pele, a alma ainda escura, Procura ser humilde ajuda... A todos os “Zi fis”... Que antes foram os professores, Ensinando as amarguras... Que trouxeram pro Preto Ve

Supere o Medo

Temos medo Do futuro... Do passado... Do presente... Das pessoas, Dos bichos, Dos empregos, Dos sussurros, Da natureza, Da morte, Enfim... Da vida! Porque temer se nosso destino é o mesmo? O do corpo é a sua morte. O do espírito é a vida eterna com muita sorte! Iluminemos nossas mentes, sejamos menos carentes... Saibamos não sermos descrentes e nem ausentes, mas pacientes! O futuro a Deus pertence! A nós cabe nos fazer mais conscientes... Das responsabilidades. E da busca infindável da verdadeira felicidade! Que se alcança somente e perante Deus com muita humildade! Sodré, o ritmista – 14.11.11

Frutos da Terra

Esta é uma reflexão para todos realizarem. Nós, seres humanos, somos os habitantes deste belo planeta azul... Encarnados ou desencarnados segundo as convenções e entendimento atuais da população terrena, somos responsáveis por este mundo que nos acolhe o espírito imortal... Somos frutos da Terra. O que somos é resultado de inúmeras encarnações e instantes na erraticidade. Tudo é reflexo do que plantamos. Somos como árvores plantadas no mesmo solo, recebendo o mesmo adubo, a mesma quantidade de água, raios solares, amor divino... Conquanto e em detrimento disto tudo, muitos de nós nos sentimos como árvores, donas dos frutos e queremos crescer nossos galhos além do necessário. Invadimos os espaços alheios e em consequência recebemos podas após certo tempo de invasão... Podas que nos ajustam e retornam as oportunidades igualitárias aos prejudicados... Mesmo assim, temos a opção de fazer o mesmo ou aprender com o erro. E mais, quando chega a hora de oferecer nossos frutos doces, belos e

Percebam meus Jovens

O valor da prece... Acompanhado do bom exemplo. Em tempos de recesso, onde o amor é escondido, deturpado e inferiorizado nas aparências... Um gesto suave, digno e totalmente humano da palavra amiga, da mão estendida, do tempo bem gasto em favor de um desconhecido e desfavorecido é benção divina que expande a eterna alegria! É preciso atentar-se mais às oportunidades da vida. Muitos jovens estão vivendo a se desculpar perante os compromissos que assumem empolgados para logo depois, nas primeiras dificuldades e empecilhos da vida, abandonarem ou relegarem à segundo plano o que deveria estar entre os primeiros planos da vida! Meus queridos jovens entendam e valorizem as oportunidades de fazer o bem. De despertar e trabalhar com alegria mediante as muitas agonias! Os sacrifícios que muitos pensam fazer nada mais são que compromissos que de joelhos pediram para cumprir antes de partir para a vida que estão a viver! Percebam o engano que há quando abandonam os trabalhos e atividades que assu

O Amparo

O Senhor está a te esperar... A luz da vida está a lhe iluminar... A verdade a te amparar... Quando a vida lhe rugir em dificuldades não espere que elas cheguem até você. Procure prevenir com atitudes benevolentes. Aquelas que amparam os que nos rodeiam. Difícil? Não vês quem precisa de tanto amparo? Por acaso estais cegos? Olhe com mais atenção por cinco minutos que seja e verá alguém precisando de amparo, carinho, cuidado. Não vê um ser humano em tais condições? Olhe para os animais que te rodeiam. Será que todos estarão sem fome? Será que algum não precisa de curativo para as feridas infelizes que sofrem de maus-tratos? Será que não gostariam de um carinho? Ande mais um pouco e logo verá um irmão necessitado. Precisando de uma mão estendida. Um ombro para chorar as mágoas. Água para matar a sede. Comida para comer. O pão do espírito para se saciar! Estão nos sinaleiros. Nas praças. Nas ruas. Nas calçadas. Nos terminais e pontos de ônibus, nas casas humildes. Nas marquises, embaixo d

Como um Teatro

Dizemos que a vida é como uma peça teatral: não é pra menos. As semelhanças são muitas. Não é por acaso que um termo muito comum usado pelos atores é que eles possam realmente “encarnar” os personagens. Encarnar é viver realmente aquilo para que o público reconheça todas as características que devem ser mostradas por aquela persona... Mesmo que os atores não tenham as características do personagem. Talvez hoje não tenham aqueles caracteres bons ou maus principalmente, mas podem já ter tido ou ainda estão adquirindo na própria existência. Assim acontece na vida. Quando encarnamos, estamos num novo corpo e este corpo leva todas as características do espírito que o comanda. O novo corpo é como um boneco de carne que se mexe de acordo com a nossa vontade, com as nossas características íntimas e desenvolvidas nas inúmeras oportunidades que tivemos na carne. Conquanto, há muito mais em comum entre o teatro e a vida. Vejamos o cenário e a iluminação... De forma imperfeita, artificial, o ho

Um Trago

Foi um trago Que iniciou o trato. Daquele que tinha vida Totalmente esculpida... E agora só espera a morte! Totalmente sem sorte... Começa assim, Um gole... Outro gole... Mais outro... E os amigos de antes, Vão mudando... Perdendo os nomes... Os valores... Os pertences... E principalmente o respeito. Por si mesmos! Uns pelos outros... É um gole atrás do outro! São horas fora de casa, Longe da família... Dos amigos que realmente amam! Dos que realmente se importam... E de gole em gole, A vida vai se esvaindo... Pelo buraco! Sem traços... O fígado... irritado... O pâncreas... eliminado... O sorriso...esfacelado! A vida...não mais deste lado... A morte faz o trato... A alma... um rastro... Enfim, ignore o trago! Não jogue a vida no saco... Sodré, o ritmista – 11.11.11

Solte

Solte o grito! Quando a felicidade não for por atrito... Solte a mão, Quando em discórdia houver tensão! Solte o coração... Pois nem de longe sou dono não... Solte a verdade! Pois ela é boa ao coração... Solte a fala... Pois quem não fala explode qualquer emoção! Solte a beleza... Com empolgação! Solte o véu... Para ver a vida por outra visão... Solte seu coração... E entregue-a ao Pai pela oração! Sodré, o ritmista – 11.11.11

Tropeço

Numa tarde de Sol O garoto ia pelo caminho... Caminho ainda por decifrar Na bonança e calmaria...   Edson caminhava sorridente, Sem ausência de algum dente... Lá estavam os pés... Um após o outro. Avançando em meio a prática contente Era o amparo e a humildade... Levantando um caído coração! Depois de um tropeção... Que lhe dera um grande arranhão!   Tropeço comum. Quando se vive auxiliando... Esquecendo mesmo de sorrir, Ou agradar a si! Foi no afã da dificuldade... De procurar a verdade, Que lhe sorriu a oportunidade! De fazer parte da extrema bondade! O tropeço ficou para trás... E o medo não lhe tomou mais... O tempo que lhe satisfaz. Nem a força que possui!   Chega de tropeço! Quer o caminho, Sem desequilíbrio! Apenas acertos e sorrisos que não cobram preço algum! Sodré, o ritmista – 09.11.11

Um Pé Aqui, Outro Acolá

A vida é feita de uma escolha após a outra. Não importa se temos nossas deficiências ou virtudes, as escolhas não param e serão sempre uma constante na existência de cada ser humano. Há escolhas fáceis e outras mais difíceis.   As fáceis são de menor responsabilidade, e as difíceis são as que por si só, necessitam de muito bom senso e discernimento. Existem pessoas que vivem assim. Com um pé aqui e outro acolá. Vivem de acordo com as Leis Divinas apenas quando lhe interessam e não lhe exigem um pouco mais de tempo, sacrifício e desprendimento. Já as que escolhem os caminhos mais difíceis, são aquelas que se baseiam na verdade, na perseverança e no amor sem distinção. Vivem escolhendo o que é certo e não o que lhes é conveniente... Os primeiros sabem apenas pedir e exigir. Os outros, que são uma minoria, sabem o que é certo. Pouco pedem e muito fazem sem quase nada exigir ou nunca exigir. Viver com um pé aqui e outro acolá é para os que ainda não têm coragem de servir aos interesses do

Sábio Conselho

Sempre ouvi dizer que em boca fechada não entra mosquito. O que é um engraçado ditado popular poderia ser encarado como um sábio conselho. Não estamos aqui para dizer que não devamos falar, comunicarmos uns com os outros. Longe disto. Até porque seria um contrassenso diante das Leis Divinas. O Criador nos “deu” uma boca e um aparelho fonador completo e perfeito não foi com o objetivo de não ser usado. Ferramenta que não se usa enferruja... O sábio conselho pode ser associado ao fato que da mesma forma, o Criador nos ofereceu dois ouvidos e um aparelho auditivo completo. Reparemos! São dois ouvidos e uma boca e não o contrário. O dobro de um ou a metade do outro! Será que foi por acaso? Mas o acaso não existe. Sendo assim, porque Deus faria desta forma? Porque ficaria feio? Talvez isso também seja uma justificativa, entretanto, totalmente secundária! Precisamos fechar mais a boca quando a língua fica coçando para movimentar-se a falar mal dos outros! Falar grosseiramente! Mentir! Agr

O Pão Nosso de Cada Dia

O menino que chora, A mãe que se humilha Buscando alimento... Ao filho que agoniza... O pai que trabalha Horas a fio, Sente o aperto Da barriga vazia... O moço novo, Que procura um emprego, Usa suas forças... Mesmo diante do Sol escaldante... Quando o possível patrão o renega, Quando o outro o enxota... E a vergonha o humilha... A barriga ronca em sinfonia... Só que Deus não se esquece... E sob as bênçãos do Mestre, Os discípulos da última hora, Assistem os famintos que a sociedade humilha... É o pão de cada dia! Que renova as forças físicas! Mas também a alma fria... Que se enche de amor sem rebeldia! Sodré, o ritmista – 07.11.11

Em Pleno Despertar

Suave melodia invade o ser quando após noite bem dormida abre os olhos para um novo dia na Terra. Em pleno despertar, o homem necessita agradecer a vida pela que tem. Dádiva oferecida pelo Criador! Agradecendo por tais novas oportunidades também pode pedir forças e coragem para suportar as adversidades do dia! Força e coragem para ser paciente e humilde! Pode ainda pedir em favor dos outros. Não importam se sejam favorecidos ou “esquecidos da sorte” que na verdade não existe tal como pensam a maioria de nós... Em pleno despertar podemos muito! É um novo dia! Uma nova oportunidade de recomeçar cada passo, cada estrada, cada caminho! Em pleno despertar podemos construir o amor que ainda falta em nós!  Podemos e devemos procurar assim pensar e sobretudo agir.  Enfim, podemos começar bem o dia com uma prece ou simplesmente esquecer... E tudo se repetir... Os erros de sempre, as desavenças, dificuldades...   Em pleno despertar fale com Deus! Ele te escutará! Obrigado! Jesair Pedinte –

Agulha no Palheiro

Surge um momento da vida, ela grata e bem vinda... No qual o maior dentre todos é o menor... Neste instante, o orgulho torna-se pequeno, a vaidade desaparece e a torpeza não é encontrada, nem por brava reza... São instantes onde são chamados aqueles que não têm medo dos que são desconsiderados e não amados. Sabem escolher entre a verdade e a superficialidade. Sentem como agulhas no palheiro da ignomínia rodeadas de escuridão... Esteja então atento ao movimento... As agulhas vão se multiplicando e as palhas recrudescendo... Não almeje ter mais e sim ser mais... Amoroso, carinhoso, caridoso, espirituoso, afetuoso, respeitoso... Almeje o bem e não olhe a quem... Sábios são os simples, os humildes que não querem suplantar aos outros. Sábios são os que procuram a verdade do espírito em detrimento da falsa verdade do mundo! O momento é este e não há como adiar. Deixe reinar em seu coração o amor para doação! Dê tempo, dê conhecimento e sobretudo dê amor a quem sente dor! Multiplique as

Fique em Paz

Fique em paz... Garoto que não deseja mais... Violência e falta de educação, Desrespeito e ingratidão... É na vida que começa, Que o coração se acerta. Procurando mais... O caminho da evolução! Deixe de lado a tristeza... E também a revolta... É dureza não sentir amor, Mas esteja firme ante a dor! Esteja em paz... No seu coração! Mesmo que ao redor... O mundo lhe der a dor... Esteja em paz... Lembre-se de quem sempre olha por ti... Deus o Pai! Jesus o filho! E nós, os espíritos amigos! Guiaremos para ti... Pessoas de bem! Que os acolherão... E te darão carinho e proteção... Aliada a orientação... Do corpo e da alma... Para que esteja em paz! Sodré, o ritmista – 04.11.11

Recado aos Pais

Surge na relva, Olhinhos a piscar... O vento leva Um coração a ninar... Como uma melodia que não se esquece, Na vida que se aquece, Não diga que se entristece! Alegre-se! Diante dos olhos a brilhar... Retirando nossa solidão insistente, Abra os braços e sorria! Estenda as mãos e receba entre as suas... As de um pequeno irmão que de ti precisa! São como estrelas no céu! Agora em nossos corações... Prontas para brilhar Sob nossa orientação! Então papai e mamãe, Ore por nós! Que estamos por vir! Ore com amor ao Pai do Céu! Que não se esquece de nós... Nem hoje, nem ontem... Muito menos amanhã! Receba nosso carinho! E bênçãos... Fazendo o bem... No mundo inteiro! Obrigado! Sodré, o ritmista

Um Pé de Moleque

Era uma noite chuvosa. Daniel preparava para deitar-se. Homem feito, pai de família com filhos crescidos. Aposentado. Vivia tranquilo financeiro e emocionalmente. Tinha uma boa formação, família unida, esposa maravilhosa. Quase um conto de fadas real. Eu disse, quase... Mal sabia que tudo aquilo que possuía havia se consolidado de forma trágica... trazia em sua consciência um peso que por vezes parecia maior do que poderia suportar. Chegava a ficar mal, ofegante, vermelho quando essas “crises” lhe acometiam. Fizera inúmeros exames e nada... Constataram que poderia ser estresse, mas era a consciência que lhe cobrava... Motivo? Há muitos anos, na sua juventude nutria uma afeição de amizade muito grande. Era o melhor amigo de Carlos. De certa forma o invejava, mesmo que inconscientemente, aquele que sempre o auxiliava em seus problemas e confusões. Era o amigo pra todas as horas. Estendia a mão quando ele caía e auxiliava a empurrá-lo ainda mais para cima quando já estava em alta... Inici

Partir

A hora da partida não é sempre uma desdita. Há os que partem para logo voltarem... Outros que partem por longo tempo e fazem uma viagem que os transformam para sempre... Partir não é deixar para trás os que amamos ou odiamos. É encontrar um novo caminho para quem sabe encontrar a si mesmo... Deveríamos vez ou outra partir daqui para ali, de lá para cá, de um ponto ao outro do globo ou de si... Há os que partem sem deslocar o corpo físico, conquanto deslocam o espírito imortal à paragens distantes de harmonia ou desequilíbrio. Partir pode ser um estado d’alma. Podemos partir sem deixar ninguém para trás. O que importa se os corpos se afastam, mas o coração nos liga? O amor é ciência divina que não engana ser algum. Partir não será motivo de “partir” o coração. Quem parte necessita aprender e ter experiências novas, quem fica necessita saber viver um tempo sem ter aquele que parte à sua mercê! Partir é renovar o ser, é melhorá-lo e burilá-lo diante da dor que se constrói pela aparen

O Relógio

Construído pela marca do homem que um dia decodificou a passagem do tempo, o relógio é invenção do homem para o homem. É elemento de disciplina e sobretudo para situar-se diante do tempo infinito! Sem ele, o homem provavelmente estaria muito mais confuso e quiçá, nem conseguiria situar-se para a evolução... Um pequeno espaço de tempo, menor que uma inspiração marca a vida em segundos. Em poucos deles podemos marcar a vida de alguém com um sorriso, um olhar amoroso, um beijo carinhoso... Na junção de sessenta pequenos espaços temos o minuto que nos garante algumas respirações, algumas ações, um abraço demorado, um acordar preguiçoso, uma leitura pequena, uma corrida rápida e intensa, um pequeno jogo a dois... Na evolução do tempo, juntos os minutos formam as horas que nos deixam aparvalhados com tantas opções de atitudes, pensamentos, descansos, lazeres, possibilidades, imediatas é verdade, mas que constroem o caráter humano. A medida que o tempo marcado pelo relógio cresce a humani