Nossos Anjos

Entre as coisas do mundo existem as belas esculturas e as soberbas arquiteturas. Desde as traquinices dos meninos a brincar, quando réstias de soberba e orgulho começam a se destacar, os anjos do Senhor estão a procurar evitar os tropeços que seus tutelados estão para reiniciar...
São noites veladas, em determinação apurada a fim de evitar a queda anunciada. Os anjos do Senhor são pais do infinito procurando abençoar os tutelados perdidos. Renunciam as grandes moradas do Pai para no charco pantanoso permanecerem ao lado dos que o ignoram na soberba ilusão de suas próprias e infelizes almas.
Desconhecem-nos, ignoram-nos e preferem as ilusões dos sentidos oferecidas pelo mundo. Não sabem renunciar com sabedoria, pois renúncia não traz reconhecimento, por vezes só mostra desdita, incompreensão e desrespeito...
Os anjos do Senhor são pacientes e esperam. Com lágrimas nos olhos do espírito respeitam as parcas escolhas de seus queridos. Envergonhados perante o Criador pedem por nós, o perdão que nem de longe pensamos em pedir. Envergonhados, reconhecem-se falhos, incompetentes e humildes pedem com amor por novas oportunidades de amparar-nos... elas são dadas...
Entretanto, Deus, o Pai amoroso, o Criador de todos impõe alguns limites e metas a serem atingidas, não por eles, nossos anjos, mas por nós. Quando retornamos à presença destes amigos maravilhosos, envergonhados pedimos perdão e como pais amorosos dizem que não foram ofendidos e incentivam-nos ao novo recomeço... E lá vamos nós uma vez mais...
E mais uma vez falhamos... Então o Criador pensando na evolução e na utilidade, na alegria e no reconhecimento pelo muito que fazem nossos anjos, não os permite mais por algum tempo que nos tutelem uma nova oportunidade, pois necessitam auxiliar outros que querem crescer, ao contrário de nós. Humildes os anjos tomam as novas tarefas, não com muito pesar... E nós? Ficamos a blasfemar, sentindo-nos abandonados pelos que nos amam e por Deus... Injustiçados? Nós ou nossos anjos?
Sejamos sinceros. Ainda devemos muito. Não há como sermos injustiçados... Contudo, Deus é um Pai tão amoroso e sábio que ainda assim, permite que estes seres de pura bondade e amor ainda façam por nós, mesmo de longe. Distância que nós mesmos oferecemos e impomos.
Enfim, reconheçamos nossas falhas, e abramos os olhos para nossa potencialidade. Um dia estaremos no lugar de nossos amados anjos do senhor! Também sofreremos pelos nossos tutelados. Mas até lá, façamos mais. Sintonizemos mais com eles que nos amam tanto. Será um bom começo e um presente aos anjos de nossos corações!
Obrigado! Jesair Pedinte – 14.11.11

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