Livres
Livres
No atual estágio da humanidade
passamos por um momento de muitas dúvidas sobre a vida eterna. Natural que este
processo seja repleto de incertezas…
Neste movimento cheio de
possibilidades, muitos acabam por confundir pensamentos e por consequência,
atitudes. Sob o pretexto da liberdade, do uso do livre arbítrio, acreditam que
tudo podem nesta existência.
Sim, podemos tudo pensar, pois
o pensamento é como se fosse um rascunho da ação. Em nossa tela mental, tudo
passa e se revela, inicialmente um pouco nublado, sem formas tão definidas, até
que de repente, de forma mais elaborada, temos um pensamento quase concreto. É
aí que as denominadas “formas-pensamentos” surgem com clareza na mente das
pessoas. Neste estágio, já há uma responsabilidade maior do pensamento, pois
eles são enviados a um destino certo, que pode ou não recebê-lo de acordo com a
sintonia e auto-proteção do outro indivíduo, aquele que é objeto do
pensamento.
Se o pensamento é positivo,
maravilha! Ou seja, se leva uma boa vibração, de alegria, respeito,
fraternidade, humildade e outras virtudes mais, é o que se espera do bom uso de
nossa liberdade.
Quando o pensamento se
transforma em fala, o peso desta é maior. Alguns usam a palavra para acolher,
para sorrir, ensinar e vibram na frequência das virtudes. Outros, nem tanto
assim. É normal, para o nosso estágio evolutivo, confundirmos um pouco essa liberdade
da fala e utilizá-la de forma equivocada. Tudo pode ser dito, mas é preciso
alguns cuidados. O tom de voz pode dizer mais do que as palavras. Pode ser
paciente ou raivoso. Pode ser intenso ou carinhoso, sério ou desinteressado.
Não que sejam um a antítese do outro. Depende de cada situação. A questão aqui
é: utilizo de forma coerente, para expressar meus sentimentos sem ferir o
próximo? Jesus mesmo foi carinhoso, mas também foi intenso, sério, descontraído
e até raivoso, mas não se deixou levar pelo desrespeito. Alguns confundem a
sinceridade a todo custo, com a falta de gentileza. Tudo pode ser dito, mas a
responsabilidade do que sai de nossa boca, deve ser pesada.
O que sai de nossa boca, por
vezes muda o destino do outro, ou, de uma população inteira. Tanto para o bem,
quanto para o erro. Podemos salvar vidas, ou desencaminhá-las. Podemos alegrar
corações ou destruir reputações. Podemos elevar, mas também humilhar.
A questão é: precisamos de ter
responsabilidades sobre o que pensamos, o que dizemos, pois comunicar-se com
liberdade, exige, assumir as consequências do que transmitimos. Se bom, a
consciência nos oferece a paz. Se ruim, nós mesmos iremos cobrar os equívocos
realizados.
Ao sermos livres, somos donos
do nosso destino. Conquanto, não podemos esquecer que essa liberdade é sempre
acompanhada da lei de ação (seja pelo pensamento ou palavras ou atos) e reação.
Tudo o que fazemos, produz um efeito: se positivo, é mérito de nosso
crescimento, se negativo, há que se corrigir a rota, recomeçando, reconhecendo
o erro, pedindo perdão e mais, pensando e agindo diferente para não voltar a
cair nas malhas da liberdade mal utilizada. Pois que, não é por castigo, ou
maldade de um Criador que “gosta” de ver seus filhos sofrerem, mas sem o
aprendizado, a consequência é o reparo, seja pelo amor da mudança ou pela
corrigenda da dor involuntária. A lei divina prefere o amor, mas não descarta a
dor. A escolha de um ou outro, é simplesmente nossa. De mais ninguém!
Jesair Pedinte de cuidados
sobre uma liberdade ainda hoje mal compreendida.
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