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Mostrando postagens de agosto, 2011

Segue Adiante

No aprisco da primavera, uma saudade veio à mente de Renato que há muito vivia rodeado por muitos, mas sentia-se só no meio de tantos... Sensação estranha aquela. Saudosa e inexplicável. Enveredava seus pensamentos a memórias distantes de outras terras, de outros tempos... É verdade que ele passara por muitas atribulações. Sofrera e pagara inúmeros pecados que muitos não acreditariam e talvez tivessem desistido no meio do caminho. Era um homem de fibra moral inquebrantável e invejável. Entretanto, duro consigo mesmo, não se perdoava quanto aos seus próprios erros, por menores que fossem. Era como uma obsessão. Realmente era uma obsessão realizada por ele mesmo e que abriam portas ao quadro comum das influenciações... Inimigos passados estavam sempre próximos, esperando uma oportunidade. Para dizer a verdade, eram poucas as oportunidades, pois Renato sempre procurava fazer o melhor. Fazer o bem sem ostentar, sem pedir algo em troca. Era vigilante e se cobrava muito para estar sempre ag

Enquanto a Vida Passa

As crianças nascem em berços diversos, algumas protegidas outras abandonadas pelos homens que já vivem há anos sobre a carcaça pesada do mundo. Elas crescem sob diversos meios da vida. Na opulência e na pobreza, nas facilidades e nos caminhos espinhosos... E a vida passa. Segue seu rumo em caminhos cheios de luz e trevas. São oportunidades programadas ou adquiridas pelos atos realizados. E a vida? Simplesmente passa. Adolescentes do mundo se perdem perante os atrativos materiais devido à educação falha ou mesmo pela rebeldia interna de seus espíritos que não conseguem por a prova os aprendizados e falham como estudantes da moral. Adultos vão por vários desvios, atalhos e com facilidades provindas pelos vícios morais não combatidos continuam na seara da revolta e dos erros clamorosos... Idosos, nem com os sofrimentos passados, muitos de nós ainda não conseguimos educar o espírito endurecido e esquecemos, maldizemos a Deus, nosso Pai apenas porque não tivemos as conquistas sonhadas, a ri

Tudo é Real

Em meio às ilusões da vida que atraem olhares e forças, energias e esforços de todos nós para conquistas almejadas, verificamos que a realidade sempre acaba por nos surpreender... Muitas vezes de forma negativa e decepcionante. Motivo? Falta de senso moral. Abuso do senso egoístico que ainda impera em nossos seres volúveis e imaturos. Nossos sonhos ainda são aqueles que revelam nossa ignorância. Parecem e são sonhos infantis. Remetem apenas à felicidade material que buscamos. É por isso que muitos acusam Deus de ser injusto. Tantos outros acusam Deus de não existir. Parece engraçado, mas isto acontece com frequência. O interessante é não acreditar em Deus e acusá-Lo de não existir por Ele ser injusto. Quanta confusão! Sonhos materiais que excluem uns aos outros são os mais frequentes da humanidade! Se pudéssemos ver as mentes de cada ser humano, além de muitas aberrações e imagens, veríamos os sonhos íntimos de cada um. Provavelmente, nesses ainda veríamos uns aliciando os outros, humi

Puros no Coração

É certo que há vários caminhos a serem percorridos em direção ao Pai. Cogita-se que um ser criado por Deus pode se enveredar por estradas inimagináveis e incompreensíveis para qualquer mente. Desde os princípios espirituais até lograr a razão, o ser perde-se na contagem dos tempos. A evolução tão propalada é lenta, gradual e ocorre sem marcações de tempo, pois para o Criador, este último é e sempre será eterno, como Ele. Assim, a razão é conquista de poucos milênios para uns, ou há poucos milhões de anos para outros. Ela é uma dádiva conseguida adequadamente, meritoriamente através das oportunidades aproveitadas. Enganam-se os que pensam que os ditos irracionais não conseguem méritos maiores ou menores. Principalmente quando a razão começa a aparecer de forma rudimentar, os caminhos começam a se dispersar e diferenciar... Lembremos que os caminhos são longos e para cada ação há uma reação natural das coisas. Não se vê animais domésticos que têm reações tipicamente humanas, por vezes

Sentindo o Efeito

Eram quatro horas da tarde. Miguel estava ali, sob o sol quente e escaldante. Buscando o alimento negado por cerca de dois dias. Apenas saciava a sede em fonte pública próxima de onde procurava ficar. A barriga roncava, os pés no chão já estavam no mínimo assados, cheios de bolhas, algumas já a sangrar. Aspecto triste e sujo. Talvez só não estivesse pior porque vez ou outra se enfiava no lado para tirar um pouco do calor que o envolvia e aliado a isto, a imundície que se apegava à sua pele diariamente... Procurava alguns restos de comida. Próximo a um shopping movimentado da cidade e daquele parque por onde perambulava enquanto a polícia não o molestava, ele revirava alguns cestos de lixo. Não raras vezes encontrava restos de comida. Com sorte encontrava sanduíches quase intactos que uma barriga rica menosprezara por algum fútil motivo. Nestas horas sentia como houvesse ganhado um prêmio com um bilhete de loteria. Com mais sorte ainda juntava os restos de alguns refrescos em um só copo

Irreal

É positivo pensar sobre a vida como ela é ou aparenta ser. Cada um tem sua visão particular dela por mais que a sociedade tenha uma visão geral. Tal visão é sobremaneira associada ao pensamento dominante daquela comunidade. Daquela plêiade de espíritos encarnados e desencarnados. As crenças, a cultura milenar ou nascedoura é sim o ponto certo para verificar a imagem dos viventes locais. Em que e em quem acreditam. Por quê? Para que lhes serve tudo isso? Nas crenças antigas temos uma infinidade de variações específicas, mas uma grande congruência dos pensamentos gerais. Falemos por exemplo do velho continente. Berço de inúmeros povos e costumes. Em regra geral, pouco se fala ou se acredita e mesmo se estuda sobre a espiritualidade. Em parte se explica pelo grande número de traumas passados provocado pelos líderes da fé. Líderes humanos influenciados e por que não dizer comandados pelos desencarnados de alta patente nos caminhos desvirtuados do amor... A irrealidade para estes é afirmar

Obtendo a Fé

As lágrimas vertidas diante do fel são bênçãos divinas que possibilitam ao ser reconsiderar posicionamentos, pensamentos e atitudes. São nestes instantes que temos grandes dúvidas quanto à bondade do Criador. A grande maioria pensa: “Por que Deus permite-me passar por isso? Estou tentando melhorar, auxiliar os demais, fazer o bem... Por que meu Deus? Será que não mereço algo melhor”? Sim. A resposta é exatamente essa. Todos merecem algo melhor. Uma vida melhor. Sonhos melhores, oportunidades melhores! Mas então? Por que sofro meu Deus? “Por que te quero bem” – poderia nos responder o Pai. Por que ainda que busquemos alcançar a maioridade espiritual com boas atitudes, ainda estamos endurecidos em determinadas capacidades e sentimentos. Não por mal, no entanto, é difícil que percebamos no íntimo os nossos equívocos adormecidos. Assim, Deus permite que venha a dor aproveitando lições esquecidas do passado, seja por resgate ou por provação. A dor desperta tais equívocos adormecidos e quand

Seja Parte do Bem

Em tempos de guerras... Onde a iniquidade, a discórdia, a revolta, o descontrole, a raiva e a não aceitação dos defeitos e dificuldades alheias são sensações normais e dão ibope ao mundo como um todo. As guerras, externas e internas acontecem continuamente. Diante deste quadro tão desesperador, tão incômodo aos homens de bem, o que fazer? A resposta é curta e clara... Agir pelo e para o bem! Ser do bem! Fazer parte do bem é uma opção no mínimo vantajosa, feliz em seu término. Entretanto, toda escolha há consequências e os caminhos a serem percorridos não são fáceis como gostaríamos. Agir e ser parte do bem trás muitos sacrifícios e mudanças por vezes substanciais à vida de quem escolhe este caminho. São escolhas em que nos levam a ter menos tempo para o lazer, para a família, para os amigos, para os gostos pessoais. Parece um caminho sem volta em que nos isolamos em parte, pois muitos não entendem e não estão preparados para se sacrificarem também... Contudo, com o tempo e os ensinos d

Reflexões com o Médium

Filho, Boa noite! Tudo bem contigo? Boa noite, Amigo! Tudo bem com a graça de Deus! Filho, gostaria de fazer algumas reflexões contigo sobre determinadas questões.   Sim, o que seria? Pense um pouco sobre sua vida. Procure ser sincero contigo mesmo. Suas opções nos últimos tempos. Ações e pensamentos. O que tem sido positivo e o que tem sido negativo. Procure analisar sobre seus trabalhos materiais e “morais". Suas atividades de lazer. Seu descanso. Sua família e amigos. Sei que por vezes preferes calar-te para não causar atritos, realmente devemos evitar e nos calar em grande parte das vezes. Contudo, em alguns momentos procure de forma calma e serena questionar algumas situações que vives. Tudo com muito carinho e sobriedade. Mesmo que isso comece apenas pelo pensamento realizando uma prece e após isso, se sentires seguro passe a externar com mais carinho ainda. A palavra dita nem sempre é cruel enquanto criticamos. Tudo depende da forma. Os questionamentos, as observações são i

Sinta

No orvalho da manhã. Ao nascer do Sol... Na lua que se apresenta esplêndida! Nas águas silenciosas dos rios a escorrerem até o mar... Sinta o cheiro da vida que palpita, Sem escolher com privilégios Os artífices da bondade. São oportunidades dadas aos que se dedicam com afinco, Com esmero e boa vontade. Os quais são esforços e horas de sacrifícios que nem sempre são compreendidos... Esta é a tarefa dos verdadeiros bons filhos do Pai. Agir em favor do mundo melhor. Da evolução individual... A mesma que proporciona a de todos os demais irmãos. Ser firme nas decisões, justo nas ações, bondoso nas opiniões... Sério no trabalho, alegre nas relações... É o que Deus espera pacientemente... Até que aprendamos sabiamente A viver e doar eternamente... Para sentir em nós o sublime sentimento maior: O amor! Sinta o amor e verá crescer dentro de ti a paz tão almejada... Apenas sinta! Jesair Pedinte – 12.08.11

Nem Sempre

Em dias gélidos o coração parece também congelar ao nos recolhermos dentro de nossos lares e decidir estar apenas embaixo das cobertas a nos proteger do frio, tomando bebidas quentes, ingerindo alimentos calorosos... Em dias quentes temos as facilidades de nos proteger sob a sombra de um teto, há um ventilador ou ar condicionado a nos oferecer refresco. Temos água abundante e límpida para beber ou mesmo uma ducha, banheira e quiçá até uma piscina para nos banhar... Em dias de festa temos comida abundante. Carne fresca e bem cozida ou assada. Molhos, massas, saladas, sobremesas maravilhosas e encantadoras. Possuímos a oportunidade de nos reunir com os nossos queridos amigos e familiares. Em dias de turbulência econômica possuímos um emprego que nos sustenta e patrocina nossas facilidades e até mesmo os vícios ou futilidades da vida material... Em dias de tristeza temos um coração amigo a nos consolar. Uma mãe a nos dar colo ou um pai para dar um conselho... Em dias de alegria temos um a

Esclarecendo Dúvidas - Uso de Objetos em Reunião Mediúnica

Existe alguma influência em utilizar apetrechos como relógios, alianças, correntes durante o trabalho mediúnico? Essa é de teor positivo ou negativo? Por quê? Com certeza há influência. Isto fica claro até mesmo nas obras básicas do codificador e em outros estudos como o da psicometria 1 ou mesmo dos apetrechos, talismãs, objetos condensadores de energias utilizados mesmo pelos magos antigos. Todo objeto recebe e absorve as energias provenientes do ambiente e da pessoa que o possui. Cada objeto, de certa forma, atrai as energias que produzimos 2 e absorvemos dia a dia, sejam elas, positivas ou negativas. Como ainda estamos num mundo de provas e expiações, no qual a maioria da população, entre encarnados e desencarnados se apresentam como espíritos de vibrações baixas, a maioria das vibrações e energias absorvidas pelos objetos são destas últimas: negativas. Sendo assim, fica claro que os objetos pessoais em sua maioria, com raras exceções ficam “carregados” de energias mais densas. I

Um Dia Especial

Era o primeiro dia da primavera. Como logo se imagina, muitas flores, natureza em seu esplendor de exuberância e beleza! Flora e fauna vivendo momentos de alegria e realeza... Crianças correndo e brincando, pais alegres ao verem seus rebentos felizes. Toda uma atmosfera sublime criada pela união e tranquillidade. Entretanto uma família passava. Eram três vidas em desarmonia perante aquele quadro alegre. Culpa deles. Poderia até ser, mas isto não indicava que assim deveria permanecer. Esquálidos, em farrapos, tanto físico, quanto moral. Duas crianças e uma mãe de olhar triste, longe e angustiado olhava aquele quadro como surreal. Inalcançável! Simplesmente um sonho bom demais para ser vivido e nem mesmo imaginado. Ora, a vida nunca lhe sorrira para lhe indicar um momento como aquele, por que poderia ter esse direito de sonhar? Era melhor manter os pés firmes, mesmo que trêmulos de fome... Vergonhosamente. Humildemente e quase sem coragem de assim proceder. Aquela mulher, corajosa disp

Já Está na Hora

Quantos são os alertas? Os avisos de que a hora é chegada... São milhares de mentes que de uma forma ou de outra estão sintonizados com as vibrações planetárias de que os tempos de mudanças já se iniciaram e que as mais graves ou intensas podem estar para acontecer. A vida na Terra, desde sua criação há bilhões de anos é decifrada ou marcada por ciclos de transformações. Esta não está sendo a primeira e nem será a última. A diferença está no nível das transformações. Se antes a maioria delas era praticamente transformações materiais, de conformação e mudanças, alterações dos elementos químico-físicos do orbe, tanto a nível material quanto espiritual. Sim, pois devemos começar a ter a consciência de que o que os encarnados consideram espiritualidade ainda é muito material do ponto de vista do Criador! Sendo assim, as transformações nunca ocorrem só no plano físico dos encarnados, mas e também no plano um pouco menos “físico” dos desencarnados como nós. Como dizíamos, a diferença agora é

Sentir e Viver

Era o mês de maio que estava correndo... Aquelas primeiras noites mais gélidas da madrugada goiana começava a se fazer mais intensa. Nestas ocasiões, marquises, toldos, sacadas e o que mais desse uma proteção mínima quanto ao relento servindo de teto perante o desabrigo seria uma dádiva divina aos corpos cansados, trêmulos e por vezes desiludidos, desesperançados, humilhados. Quantas vidas nas ruas são jogadas dia após dia... E quem faz algo? Poucos... Marco era um rapaz de seus vinte e poucos anos. Na rua já era diplomado, vivia perambulando há cerca de dez... Quinze anos... Sem família que nem mais se lembrava quando havia feito parte de uma, vivia a esmo. Era um “abandonado da sorte”. Já furtara, já se drogara e por incrível que pareça havia desistido. “Aquilo não era pra mim” – pensava. Vivia de bicos, e pequenos furtos para se alimentar. Vigiava carros, ajudava nas feiras. Vez ou outra se juntava a um bando, mas como não gostava de violência, logo se afastava... Vivia assim, sobre