Nem Sempre
Em dias gélidos o coração parece também congelar ao nos recolhermos dentro de nossos lares e decidir estar apenas embaixo das cobertas a nos proteger do frio, tomando bebidas quentes, ingerindo alimentos calorosos...
Em dias quentes temos as facilidades de nos proteger sob a sombra de um teto, há um ventilador ou ar condicionado a nos oferecer refresco. Temos água abundante e límpida para beber ou mesmo uma ducha, banheira e quiçá até uma piscina para nos banhar...
Em dias de festa temos comida abundante. Carne fresca e bem cozida ou assada. Molhos, massas, saladas, sobremesas maravilhosas e encantadoras. Possuímos a oportunidade de nos reunir com os nossos queridos amigos e familiares.
Em dias de turbulência econômica possuímos um emprego que nos sustenta e patrocina nossas facilidades e até mesmo os vícios ou futilidades da vida material...
Em dias de tristeza temos um coração amigo a nos consolar. Uma mãe a nos dar colo ou um pai para dar um conselho...
Em dias de alegria temos um amor para confraternizar, um amigo para nos confessar e alegrar... Em dias de paixão temos o carinho a nos amparar o coração.
Em dias de estudo temos os melhores mestres a nos ensinar... Em dias de trabalho os melhores empregos a nos guiar para o crescimento da vida e na vida...
Deveríamos nos considerar extremamente ricos apenas por ter tanto. Nem sempre é assim. Preferimos a reclamação. A lamúria, a revolta o medo, o egoísmo, o sofrimento, o isolamento, a gula, o ócio entre tantos outros comportamentos inalterados de séculos e mais séculos...
Será que nunca pensamos que estamos recebendo, recebendo e recebendo sempre? Quem muito recebe será cobrado em abundância pelo verdadeiro dono de tudo.
Nem sempre sabemos o que virá à frente. Temos a intuição, mas preferimos ignorá-la ou deixa-la em segundo plano. Mais importante é obter o que desejamos o mais rápido possível... E nem sempre importamos como e se alguém sairá prejudicado. O que importa é o que e o quanto ganharei com isso.
Nem sempre podemos dizer-nos seguidores do Mestre. Nem sempre somos bons como gostaríamos que fôssemos. Não por que não queiramos... Mas por que não conseguimos.
Sendo assim, nem sempre nasceremos com todas essas condições. Quem sabe na próxima vida quase nada teremos para valorizarmos o passado egoísta que hora é nosso presente?
Nem sempre teremos os recursos que agora temos. Sendo assim, o que esperamos para auxiliar o quanto pudermos?
Nem sempre teremos ao nosso lado um anjo protetor, pois aqueles que muito ficam para trás, devem trilhar caminhos com menos auxílio e mais esforço pessoal para que o aprendizado seja concluído.
Contudo, nem sempre virá a dor, pois pelo amor todo momento é dadiva do Criador! Obrigado!
Jesair Pedinte – 10.08.11
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