Pedinte de Amor

  Peço Forças Em destruir sou especialista Já vi inúmeras vidas arrasadas Outras tantas a passos largos Ao deserto das almas...   Para destruir tenho habilidade Separar amigos e amores, Plantar a discórdia De fétidos sabores....   Para destruir tenho força, Embora gaste sem motivos Apenas porque penso Um dia precisarei destruir algo ou alguém...   Há tanto tempo tenho destruído Caindo em diversas armadilhas Desta impensada atitude... Que não sei mais voltar sozinho.   O que faço Senhor? Não me diga só para confiar e seguir... Pois preciso parar a mão que rege a espada Educando-a para um trabalho bom...   Que Tu me dê forças E assim extirparei essa chaga De minha alma ainda tão leviana Mas em constante aprendizado! Sodré, o ritmista em ritmo de aprendizado não destrutivo – 16.03.18      

  Destruir para sempre? (L.E.) 733. A necessidade de destruição existirá sempre entre os homens sobre a Terra? A necessidade de destruição enfraquece entre os homens, à medida que o Espírito se sobrepõe à matéria, e é por isso que vedes o horror à destruição seguir o desenvolvimento intelectual e moral. A resposta para a pergunta parece ser óbvia se partirmos do princípio da lei de evolução ou progresso. Não! Não há destruição para sempre em qualquer lugar que seja do Universo! Por outro lado, é preciso compreender que este processo da não destruição é lento, gradual e no caso da Terra, demorará ainda alguns milênios para realmente ser apenas uma lembrança longínqua da história deste orbe. E quando mencionamos a destruição, estamos nos referindo a destruição que o ser humano causa desrespeitando as leis naturais. Pois que, toda transformação, todo recomeço, reforma, existe destruição. Mas uma destruição útil, positiva! A boa notícia é que até esta destruição natural vai

  Limites do Gozo (L.E.) 713. Os gozos têm limites traçados pela Natureza? Sim, para vos indicar o limite do necessário; mas pelos vossos excessos, chegais à saciedade e vos punis vós mesmos. O gozo é algo inerente à humanidade. Ao viver e também ao evoluir. Embora muitos confundam o gozo com o supérfluo, o excesso, isso não é verdade. Gozar é ter prazer, alegria, satisfação dos sentidos e das emoções. E sentir-se bem com algo ou com alguma situação não é, nem nunca foi pecado. A própria natureza indica claramente através dos sistemas criados por Deus, os limites de cada tipo de gozo. Todo excesso acaba causando uma reação não muito agradável. Um exemplo simples é a alimentação. Não há problema em comer um doce na medida em que o organismo aceita e não se ressente de forma alguma por isso. Ou seja, na quantidade sóbria, faz bem. Leva à satisfação, ao gozo e ainda proporciona energia para as atividades do dia-a-dia. Entretanto, ao se comer o mesmo doce de forma excessiva

  O Gozo do Egoísta Não basta querer Quero ter E não basta ter Quero ter muito além do necessário...   Não quero saber Nem pensar o contrário Quero gozar O que creio ser necessário!   Mesmo que não seja Não me importo se outros não tenham Desde que eu goze com certeza E tenha a minha alegria passageira!   É uma ode egoísta de minha alma Que não cessa os seus excessos Por falta de vigilância e crescimento Por falta de humildade e qualquer bom sentimento...   É assim que vivi até bem pouco tempo Esquecendo dos outros Pensando em mim mesmo Como se fosse eu, o centro!   Só com as consequências funestas Dos gozos excessivos que vivi É que depois de um tempo Acordei para a vida, ainda em tempo... Sodré, o ritmista reflexionando o egoísmo ainda latente de minha alma carente – 22.11.17    

  Meus Limites Até onde vai o que quero Ou o que gosto? Até onde a vida me limita? A resposta é complexa...   Muito sei, é o que vários acreditam... Poucos realmente sabem É a mais pura realidade...   Quero ir além Sem me preparar convenientemente Pois me falta o limite da paciência E falta mais ainda a persistência.   Quero tudo para mim Sem importar com o outro ao lado... Nem quem perde para que eu ganhe, Mesmo que seja a vida ou a liberdade...   Ainda não aprendi o limite do necessário Pois quero muito do que é supérfluo Acreditando ser meu direito Sem me importar com o direito alheio...   Pobre ainda sou Que não sei dos meus limites E nem disponho de vontade Para logo conhece-los! Sodré, o ritmista ainda longe de viver com o máximo do necessário – 07.12.17

  Legítima Defesa (L.E) 748. Deus excusa o homicídio no caso de legítima defesa? Só a necessidade pode excusá-lo; mas se puder preservar a vida sem atingir a do agressor, deve-se fazê-lo. Situação extrema e grave! Tirar a vida de alguém por legítima defesa... Queira Deus que nunca necessitemos passar por isso! Entretanto, não tão raros são estes casos... O que fazer? Matar ou morrer? Como saber com certeza absoluta, sendo que tais situações são extremas e exigem avaliação e decisão em poucos segundos? A resposta dos espíritos amigos e superiores foi clara! Se há uma necessidade real e clara, a excusa é nítida! No entanto, caso seja possível preservar a própria vida, sem tirar a do oponente, que seja feito! Melhor ferir o oponente do que tirar a vida, seria uma saída... Entretanto, digamos que não seja possível, e a solução é realmente a morte do adversário. A nossa consciência nos cobrará muito menos do que aquele que matou sem necessidade, ou por pura maldade! Ainda

  O Resgate da Legítima Defesa Enrique e Rodolfo Nasceram e cresceram juntos Numa época em que era normal Os embates até a morte.   Amigos de infância Cresceram felizes Nos folguedos infantis E nas descontrações juvenis   Com o tempo, O mundo adulto apareceu A amizade se abalou Por um amor e paixões comuns...   Não sabiam ceder aos impulsos Enquanto a jovem leviana Brincava com os corações imaturos Até que um duelo surgiu como solução   Fortes e ágeis lutaram Mas no momento em que Enrique Seria o vencedor num golpe faltal De sua espada em punho Rodolfo rapidamente saca uma arma de fogo Escondida em seu coturno Baleando o amigo que matara Segundos antes...   Os dois se olham e choram Nos suspiros finais de Enrique Perdoam-se, mas a morte lhes separa Numa aparente eternidade...   Embora perdoado, Rodolfo não tem paz Esquece a moça leviana E leva triste vida até que um dia Já velho e infeliz Lhe bate a por

  Vagando em Pensamentos Quantos não são os que se destroem Vagarosamente, como um grande suspiro Em pequenos atos enlouquecidos E pensamentos entorpecidos.   A marcha social alcança inúmeros avanços Científicos, políticos, filosóficos... E ao mesmo tempo encontra muitos obstáculos Pelos diversos extremismos...   Seria bom entender que na prática O bom senso nunca é termo superado... Se a destruição se faz necessária Para a reforma a ser realizada, Não nos equivoquemos Nem nos adiantemos Para não custar o nosso bem maior O tesouro da vida concedida pelo Criador.   Conservar acima de tudo A paz, a harmonia O amor por toda a vida Estudando e trabalhando no e para o bem Independente de fé, de lugar, Do que quer que seja!   Pois no amor esculpido Pelos esforços do próprio ser Temos o dom divino a surgir-lhe Conservando a harmonia e paz Tão sonhadas noite e dia! Sodré, o ritmista em pensamentos sinceros de quando e onde e c

  Hora Certa para Destruir (L.E.) 729. Se a destruição é necessária para a regeneração dos seres, por que a natureza os cerca de meios de preservação e de conservação? Para que a destruição não chegue antes da época necessária. Toda destruição antecipada entrava o desenvolvimento do princípio inteligente. Por isso, Deus deu a cada ser a necessidade de viver e de se reproduzir. Há um ditado popular que afirma tudo ter sua hora. Embora nem todo ditado seja verdade absoluta, muitos guardam grande parte da realidade contido em si. É o caso deste. A destruição, como já tivemos a oportunidade de verificar em outras reflexões e estudos, é parte da lei divina ou natural necessária para o crescimento, a evolução dos seres, dos planetas e do próprio Universo. Entretanto, tudo na natureza segue seu curso harmônico, sem pressas e sem atrasos, no momento certo as transformações acontecem, sendo que estas transformações podem ser amenas, quase imperceptíveis, ou bruscas, utilizando-se

  Entre Idas e Vindas Chegando ao Campo de Paz estivemos frente a frente com o nosso EU. Momentos de tensão e autodescobrimento... Momentos de encarar a verdade sobre mim mesmo... Momento de reencontrar pensamentos que se perderam ainda na infância daquele corpo que não mais me pertence... É difícil encarar a si mesmo... Desnudar a alma para reconhecer os erros e também os acertos. Sem importar se o próximo consegue ir mais a fundo do que eu... Até porque ali, não era o momento de competição e sim de reflexão. A terra proporcionando a energia necessária para tomarmos coragem de seguir em frente... O vento para serenar nossos pensamentos e ir a fundo, onde talvez nunca havíamos ido, de onde nunca havíamos saído... A água para purificar nossas dificuldades e aparentes sujeiras. Água para lavar nossa alma... E o fogo... Para queimar os maus sentimentos, as verdades escondidas embaixo do tapete de nossas atitudes... Depois disso... Mais água, mais pensamento e mais vida! Tudo

  Homicídio (L.E.) 746. O homicídio é um crime aos olhos de Deus? Sim, um grande crime, porque aquele que tira a vida do seu semelhante, corta uma vida de expiação ou de missão, e aí está o mal. Ceifar, tirar, retirar, eliminar, matar, subtrair... Sinônimos do infeliz ato do homicídio que ainda está distante de ser apenas uma lembrança triste na história da humanidade. Há pelo menos quatro milênios, a humanidade tem a consciência de que esta ação vai contra as leis divinas. O decálogo recebido por Moisés deixa bem claro que não devemos matar. Vamos um pouco mais além. No decálogo diz-se: “não matarás”. Quando Deus envia esta mensagem à humanidade, ele não se refere apenas aos seres humanos. Mas também à todos os outros seres da criação. É claro que o processo de reeducação dos hábitos deve começar daquele que é mais palpável, fácil de compreender. Assim, temos a primeira reflexão de que tirar a vida de um outro ser humano é errado, devendo ser evitado a todo custo para

  Um Alerta Tirar o que não é seu Atrapalhar o plano divino Para aquele que aparentemente É o seu inimigo...   Mas na verdade é só um amigo Com opiniões diferentes, vidas diferentes, Conceitos que se alinham Num passado exclusivo...   Pobre humanidade! Que ainda resolve as diferenças Na mais pura barbárie... Muitas delas no ventre Este ninho acolhedor!   Tiram-se as vidas Não só com armas Mas também com desvios Na saúde e educação Segurança... A velha corrupção!   Enfim, quem quer continuar Neste caminho com saída penosa Deve ter em mente As consequências desastrosas! Sodré, o ritmista em alerta aos homicidas de corpo e também de sonhos em vida – 27.06.18  

  Direito Sobre os Animais (L.E.) 734. Em seu estado atual, o homem tem um direito ilimitado de destruição sobre os animais? Esse direito é regulado pela necessidade de prover à sua nutrição e à sua segurança. O abuso jamais foi um direito. Chegamos há um pouco mais de uma década ao século XXI. O homem tem vivido a era tecnológica a cada instante. Como nunca houve algo igual em sua história. Caso não houvesse tantos abusos e interesses egoístas, talvez já estaríamos num nível ainda maior. Acontece porém, que a evolução do intelecto tem se sobressaído consideravelmente sobre a moral. Uma progride geometricamente e a outra apenas aritmeticamente... Embora a destruição faça parte da lei divina, cada vez menos o direito de tirar a vida de um ser vivo pode ser considerado normal. Isto porque, mesmo que vagarosamente, a moral humana tem aumentado consideravelmente nestes últimos milênios, mas principalmente nestes últimos três séculos. Talvez poucos já tenham refletido de for

  Para Eles Aquele que anda sobre a Terra E perde a vida para nutrir O ser humano forte e viril Inteligente e crescente...   Recebe o carimbo da coragem Do sacrifício e da gentileza Da alta espiritualidade Que nunca lhes deixa sozinho!   A fim de que a vida tome Um novo ciclo de harmonia Sem qualquer tipo de carnificina E comemorações de repastos sem sentido Para os que doam suas vestes da última vida... Sodré, o ritmista em homenagem aos animais que renteiam novas vidas – 07.04.18