Entre Idas e Vindas
Entre Idas e Vindas
Chegando ao Campo de Paz
estivemos frente a frente com o nosso EU. Momentos de tensão e
autodescobrimento... Momentos de encarar a verdade sobre mim mesmo... Momento
de reencontrar pensamentos que se perderam ainda na infância daquele corpo que
não mais me pertence...
É difícil encarar a si mesmo...
Desnudar a alma para reconhecer os erros e também os acertos. Sem importar se o
próximo consegue ir mais a fundo do que eu... Até porque ali, não era o momento
de competição e sim de reflexão.
A terra proporcionando a
energia necessária para tomarmos coragem de seguir em frente... O vento para
serenar nossos pensamentos e ir a fundo, onde talvez nunca havíamos ido, de
onde nunca havíamos saído...
A água para purificar nossas
dificuldades e aparentes sujeiras. Água para lavar nossa alma... E o fogo...
Para queimar os maus sentimentos, as verdades escondidas embaixo do tapete de
nossas atitudes...
Depois disso... Mais água, mais
pensamento e mais vida! Tudo sintetizado numa catarse intensa em forma de arte!
Ali estavam os responsáveis por
tudo aquilo! Os pais velhos, as mães velhas, pretos e pretas, índios fortes e
determinados, caboclos simples e sábios! Todos manipulando as energias dos
presentes combinando com as energias da fauna e da flora, dos quatro elementos
que materializam a força do mundo!
Cada pensamento... Cada
suspiro, cada lágrima que escorreu nas faces... Cada sorriso espontâneo e até
mesmo os forçados, geraram força de empoderamento das almas presentes! Essa
força gerou outras diversas energias para tratar os irmãos deste lado, que como
eu, necessitavam de tudo aquilo!
Cheguei a este Campo de Paz uma
vez mais... Desta vez melhor do que antes, mas ainda convalescente... Nesta
oportunidade pude renovar o que me era necessário a fim de seguir em frente.
Para ter a confiança de que a vida vale a pena! De que encarnar é o caminho
mais curto e sábio para aquele que busca a evolução eterna! Não o caminho mais
fácil, contudo o caminho mais necessário!
Obrigado queridos! Acompanhei o
drama íntimo de muitos de vocês para estarem ali... E vi o quanto são especiais
por terem a coragem de se despirem das máscaras e buscarem a renovação ainda em
vida... Coisa que nunca tive a coragem e a honra de realizar em nenhuma de
minhas vidas... Admiro-os e peço a Deus força para que eu possa fazer o mesmo
que vocês desta vez!
Agradeço a todos! Os pretos e
pretas velhas, os índios e os caboclos responsáveis por esta paz tão bela
incrustrada no centro desta terra do Evangelho.... Agradeço a vocês pessoas admiráveis
por lutarem e vencerem a si mesmos, ainda que acreditando estarem a perder a
batalha por vários momentos... A verdade é que já são vencedores, mesmo aqueles
que não se sentem assim!
Daqui para frente, quero
cultivar o EU sincero, pronto para lutar e sobreviver vivendo com coragem e
alegria, respeito e dignidade a cada momento! Quero também viver a arte do bem
viver, do amor para crescer! Quero ser quem sabe, um bom exemplo para mim e
para o próximo. Mas peço que Deus me proteja de toda vaidade e egoísmo... Ao
menos os mais evidentes. No mais, peço forças para vigiar-me e assim atingir as
metas do amor maior, presente divino conquistado à duras penas!
Pois só assim viverei a vida de
forma plena e sincera! Obrigado!
Arthur, um rebelde, agora com
causa e supervisionado – 02.04.18
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