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Mostrando postagens de julho, 2015

Suflê de Milho

Bianca era uma menininha Muito sapequinha! Embora desde pequenininha Ficara órfã e abandonada na vida... Viveu em orfanatos diversos E outros tetos nem sempre corretos Para uma criança que só tinha um desejo: Ter uma família amada sob um teto... Certa feita, numa casa nada bem feita Com uma família torta e nada direita... Achou melhor fugir quando lhe deu na telha Para não mais sofrer abusos e ficar contrafeita... Andou, andou e andou... Correu, correu e correu... Teve fome, mais fome e muita fome... Quase a vida se perdeu, perdeu... escapou-se... Mas Deus sempre olha seus filhos... Enviando então uma alma boa de um menino, Que carregava uma encomenda de suflê de milho Para uma cliente de sua mãe que sustentava muitos filhos... Vendo Bianca magra, suja e triste... Com certeza com muita fome! Já sem esperança de viver sem esta mesma fome... Parou, olhou-a e com o coração palpitando: o suflê de milho lhe deu. Ela a princípio as

Um Salto no Espaço

Outro dia em viagem ao céu Levantamos voo entre os arranha-céus... Rumo ao infinito, rumo ao além do que os olhos veem... Subimos vertiginosamente, Até parecer não mais subir Nem descer... ou para os lados mexer... Seguimos em frente para estrelas distantes Sem saber onde e quando pararíamos Apenas confiando nos irmãos mais experientes E extremamente bem-vindos! Como poderia compreender As luzes e os mundos Que a minha frente podia ver...? Seria loucura e sonho? Felizmente não! Era o mais real dos meus sonhos Perceber outros tipos de vida Outros planos e orbes Que nos ensinam pela simples diferença De ser... de ter... de evoluir e lutar... Desta curta e rápida viagem Voltei encantado, Mas também estarrecido Pela diferença infinda Entre eles e nós... Muito aquém na escala evolutiva! Obrigado Senhor pela misericórdia De oferecer-me paz e harmonia, E oportunidade de ver tudo isso Em sintonia com mentes mais evoluídas..

Um Santo Remédio

Doenças, dificuldades físicas e mentais geralmente têm o mesmo princípio que se transforma e subdivide-se em inúmeras consequências e manifestações. A causa é sempre decorrente do orgulho e do egoísmo da alma em crescimento. Isto não é novidade alguma. Conquanto, quantos de nós paramos realmente para refletir sobre o egoísmo e o orgulho que guarda no coração, em seu espírito? Uma reflexão sincera que não seja acusação deprimente e distorcida para mais ou menos e nem seja uma avaliação superficial que desconsidera o valor verdadeiro do nível destas dificuldades da alma... Ser sincero é analisar sem grande severidade, mas sem tanta condescendência, ou seja, equilíbrio! Identificadas as características as quais materializam estes vícios, passemos para o segundo estágio. O que fazer para combatê-los, suplantá-los pouco a pouco? Nada de extravagâncias e medidas radicais. Isso só funciona por poucas horas, dias e no máximo alguns meses... Talvez poucos anos... Um dos erros mais come

Sinta o Momento

Quantos de nós a andar pelas vias de uma cidade tem a real noção do que se passa a sua volta? Observe a paisagem, os transeuntes... Perceba o clima pesado ou sutil de cada ambiente... Quem de nós sabe observar o que se passa em seu próprio íntimo nos diversos momentos diários? Identifica as sensações prazerosas, esquecendo-se dos reclames e ansiedades cultivadas quase como uma obsessão... Qual de nós consegue realmente aproveitar as paisagens belas da natureza nas viagens e excursões as quais realizam mundo afora, com sinceridade de aproveitar, trocar boas energias e não apenas sugar o que há de bom sem doar nada de positivo em troca, seja por pensamentos, preces de gratidão ou um sorriso no rosto? Apenas quer registrar o momento com os recursos de tecnologia, muitas vezes para poder se orgulhar socialmente do que fez ou onde esteve como a dizer: “estou feliz e posso pagar por este prazer e vocês?” Nós, seres humanos ainda nos perdemos muito em infantilidades a qual não condiz mai

Um Ponto

É um toque do lápis no papel, Ou de tinta numa tela. Uma lâmpada ao longe, Uma estrela no céu... É também uma cidade no mapa, Uma nota da questão Da prova, seja na escola, Seja na vida... É na verdade um desejo, Ou talvez um alvo... Mas é apenas um: Uma coisa... Um símbolo! É um objetivo Que pode salvar sua vida! E a de tantas outros Que a sua volta vivem... Um ponto é o planeta Perante o Universo... Mas um ponto é sempre O foco importante... Pois o que seria do i Sem tê-lo acima...? O que seria da frase Sem sua finalização? Há ponto em tudo E para tudo! Para fechar feridas... Para lembrar feridas ou conquistas dolorosas... Na verdade, O ponto em que quero chegar É o ponto certeiro Do amor divino a nós... Pontinhos surgidos no infinito! Sodré, o ritmista no ponto certo do Universo para crescer ao ponto de ser bom... quem sabe um dia... – 09.01.15, psicografado por Jerônimo Marques.

A Culpa não é do Outro

Epifânio era homem sem eira e nem beira... Vivia quase sempre de bobeira Sem objetivos que lhe viesse à cabeça Para lhe mostrar que a vida poderia ser boa à beça... Enrolado nos próprios erros... A preguiça o dominava, Escondido de si sempre estava Com gritos de ecos mudos... Epifânio culpava a vida Que não lhe dera pai, Mas lhe oferecera brava mãe... Ao que ele desdenhava e culpava... Pobrezinha, tudo por ele fazia... Mas Epifânio sempre esbravejava e dizia Culpa sua: não me deu um pai! E agora só ele poderia educar e ensinar-me... Saía batendo o pé, de peito estufado! Sentindo-se vencedor de uma batalha, Que só ele lutava... Pois que sua mãezinha de coração esmigalhado Chorando ficava... Foi assim que nosso amigo vivia. Culpando os outros pelos tropeços que tinha... Quando ele mesmo via a pedra ou galho, Outras vezes um ferro e até objetos variados, Para tropeçar e cair... Machucar e chorar... E como menino deseducado, es

Sentindo um Aperto no Peito

Há diversos momentos na vida que somos acometidos pelas mais variadas emoções desencontradas as quais são consequências de infinitas causas... Muitas delas são apenas de ordem psicológica, outras, espiritual que podem ser acompanhadas daquelas de ordem material. O que está claro é que geralmente esse aperto no peito nunca é decorrente de uma causa apenas. As três ordens citadas estão quase sempre presentes, embora uma delas se destaque mais. Mas por que isso acontece? Quais são os motivos reais? Por que é tão difícil aliviar o peito opresso? As respostas se encontram efetivamente dentro de si mesmos. Não estão localizadas, entretanto nos órgãos do corpo que é apenas uma máquina, embora muito perfeita. As causas são provenientes de nosso espírito. Desta forma, termos que tratar do corpo, mas também do espírito. Quantos peitos opressos poderiam ser aliviados se conhecêssemos melhor a nós mesmos. Se reconhecêssemos nossas limitações e aos poucos começássemos a lidar melhor com elas

Uma Memória

Guardada nas profundezas da alma Esconde segredos distantes, Alegrias infindáveis, Ou tristezas constantes... Quando vista com bons olhos O aprendizado vem certo, Reto... Claro! Quando desvirtuada... A falta de senso aparece, O sorriso some, A vida escurece... Memórias são suspiros da alma... Uns são longos e marcantes, Outros curtos e “esquecíveis” Mas todos são na verdade! Aprendizados futuros, Que ensinam amor a todo o mundo! Sodré, o ritmista procurando a paz em memórias, às vezes fáceis, outras difíceis! – 02.03.15, psicografado por Jerônimo Marques.

Ainda que Seja Tarde

Ainda que seja tarde é preciso recomeçar! Algo lhe incomoda em seu íntimo? A consciência lhe cobra por algum erro cometido ou pelo que deixou de fazer? De nada adianta se martirizar e entregar-se ao arrependimento cômodo... Ninguém se recupera de um equívoco lamentando-se indefinidamente e nem anunciando tal procedimento aos que lhe rodeiam, embora isto possa ser um começo, desnecessário, mas um começo. Deus não lhe pedirá contas, mas você mesmo. Portanto, em vez de choramingar, dizer-se longe do ideal de um homem de bem, melhor seria se procurasse sacudir a poeira e procurasse recomeçar do ponto em que parou. Não digo esquecer, pois é importante fixar na mente o mau procedimento a fim de superar a vontade de agir inutilmente para realizar com boa vontade, fazendo o melhor e buscando praticar o bem comum. Assim, da próxima vez, é provável que haja diferente e faça o que lhe é devido. O mais importante é ter a consciência do que é certo e errado. Há muitos por aí que nem mesmo

A Natureza das Folhas

Quando a folha cai ao chão Perde o contato com a árvore Que lhe ofereceu abrigo e seiva Saúde e beleza! Em retribuição ao tempo vivido Segura por galhos fortes Com seiva abundante e sadia A folha cai ao chão e se fixa... No solo passa por nova etapa Agora de apodrecimento Mostrando que a morte é dona De todo passamento... Com o apodrecer Oferece o adubo Para a mesma árvore florescer E mais: embelecer! Com mais sabedoria Deus ainda criou o vento Para levar as folhas de uma árvore À outra carente de vitalidade E nestas trocas de partes de vida Surge e ressurge, floresce Uma nova floresta de vida nova Abundante e bela! Sodré, o ritmista reconhecendo a vida e sabedoria da natureza, sempre bela – 19.12.14, psicografado por Jerônimo Marques.

Viagens

No espaço sideral Vejo estrelas astrais Em que os ventos de minha mente Levam-me para algo mais... Imagino meu ser Viajando no espaço... Flutuando na imensidão Como num eterno e diferente passo a passo... Vejo as grandezas de outros mundos Constelações ainda mais belas Que a Via Láctea soberba Em meus pobres conceitos... Observo um Universo Nunca antes visto... Com inteligências Até então desconhecidas! Sinto a paz nunca sentida, Que me envolve e sensibiliza! Afasta os medos, E outros meio receios... Volto então ao ponto de partida. Apesar da melancolia De reconhecer-me muito aquém Das paragens que visitei! Sinto-me motivado A lutar para crescer, Estudar e amar Para um dia vencer... Só então serei eu... Um ser a merecer Paragens belas, Em novos alvoreceres! Sodré, o ritmista em viagens que exploram novas possibilidades, sobretudo dias de felicidades! – 25.08.14, psicografado por Jerônimo Marques.

Testando a Fé

Nos momentos turbulentos da vida podemos avaliar melhor o que já conseguimos avançar perante os valores morais construídos pouco a pouco por nós. São nas dificuldades, adversidades que testamos realmente nossa fé em tudo que acreditamos. Uma fé raciocinada, a qual avalia com sabedoria os acontecimentos. Aqui é uma doença de um ente querido, acolá uma dificuldade física de nosso corpo tão frágil. Mais a frente, um problema financeiro gerando outros de relacionamento e até mesmo psicológico. Há também as decepções amorosas, acadêmicas, laborais... A falta de compreensão alheia, a dureza de corações que simplesmente não se importam com nossas falhas, lacunas de personalidade definida e senhora de si... Enfim, há dificuldades mil as quais nos acometem dia após dia que são oportunidades de crescimento, embora por vezes pareçam intransponíveis! São nestes momentos em que somos testados na fé! Acreditar num futuro melhor, quando já tivermos aprendido e superado toda problemática, o q

O Milagre

O milagre do ser Não é nascer Nesta vida que é benção de viver Para encarar firmemente o próprio ser. O milagre está no esforço Que se faz sem o coração exposto. Ao velho homem que insiste em morar No novo homem que hesita mudar... O milagre não está nas fantasias Que se inventam dia após dia... Nem nos maiores acontecimentos Da história humana já vivida. O milagre está na superação das próprias forças, Na simplicidade de um agradecimento sincero, Na constatação de que a vida existe E não se acaba e sim resiste! O milagre é a própria vida, Que se expande a todo canto E não nega o seu encanto De não se extinguir nunca! Esta é a vida! Sodré, o ritmista refletindo sobre o que é o milagre da vida! – 16.03.15, psicografado por Jerônimo Marques.

O Caderno

Um caderno em branco É onde surgem linhas e rabiscos, Desenhos e outros riscos... Lições com ou sem prejuízos. Em suas diversas folhas Letras se formam, Palavras surgem, Frases se acumulam... Por ventura, até mesmo textos surgem... Exercícios que exercitam a mente E as vezes até o corpo ou o coração... Mistura de emoções! Com ele sonhos são abordados, Guardados e imortalizados... Receitas são escritas e compartilhadas, Versos surgem na astúcia do poeta! Às vezes... Lágrimas enrugam a página... Fragrâncias exalam perfumes Que foram ali derramados, Desenhos de lábios belos carimbam Com amor as páginas que se tornam cartas... Ah! O Caderno! Rascunho de livros belos... Laboratório de mentes brilhantes, Oficina de trabalho constante! Sodré, o ritmista que ainda rabisca versos soltos em cadernos rotos... – 02.02.15, psicografado por Jerônimo Marques.

Reclamar é Inútil

Sentindo o peito arfar pela possibilidade de ser útil... Quantos não gostariam de sentir esta sensação a qual alguns podem até reclamar. A humanidade é realmente interessante... Enquanto uns nada ou pouco têm e desejam apenas ter a oportunidade de viver, trabalhar, servir e ser útil... Outros estão colhendo os frutos deste mesmo desejo, mas reclamam da carga muito pesada que dizem carregar: conforme o seu olhar perante a vida... Reclamam de tudo... Do trabalho, cansaço, falta de tempo, falta de lazer... Reclamam quando chove ou tem sol... Atormentam os amigos, familiares, colegas... Afirmam estarem cansados ou enjoados... Nada está bom! Tudo é motivo para lamentar... Quando agradecem a Deus é mais por conveniência e “da boca para fora” do que de coração... É momento de parar e refletir um pouco... Buscar o agradecimento pelas oportunidades concedidas, mudar a forma de encará-las, mudar o jeito de ser perante a vida a qual é tão abençoada! Este mundo não cabe mais reclamações sem

Saber Sentir

Sente-se mal por toda coisa Que lhe chega e desagrada, Mas se alegra por vezes inutilmente Por cada coisa descabida... O homem é um ser cheio de sensações As quais o iludem e desviam do caminho Caso não se aperceba Das consequências infelizes do aparente “destino”... Por vezes se sente bem Em vibrações pesadas e imbecilizantes Decorrentes de atos horripilantes Para o ser eterno perdido em si mesmo... Não percebe que as sensações Podem ser perigosas armadilhas, As quais levam o ser a escolhas torpes E medidas sem sentido... Por outro lado, As sensações valorizam a vida, Aproximam os seres, Produzem literalmente a vida! Sensações do bem Espalham a verdadeira paz O verdadeiro amor Em todo seu esplendor! Sensações! Use-as com sabedoria E aprenderá com boas sintonias A verdade que acalma e ensina, alegra e humaniza! Sodré, o ritmista sentindo sensações inesperadas de alegria – 22.05.15, psicografado por Jerônimo Marques

Um Servo de Deus

É aquele que confia em Sua Palavra Que não é dita de forma articulada, Nem é mostrada sem motivos, Ou de formas torpes, Sem sentido... O servo de Deus sabe Quando deve falar... Quando deve calar-se Para não ferir o próximo... Não prejudicar a saúde e o bem estar alheio... O servo de Deus conhece A si mesmo! Com seus limites E também suas virtudes... O tamanho de seus passos E sua própria força para carregar os outros... O servo de Deus vive Cada dia como se fosse o primeiro! Mas também o último Valorizando cada instante ao lado Dos que ama e respeitando Os que não ama, e por vezes nem se afiniza... O servo de Deus serve A quem necessita! Seja no lar, No trabalho e estudo... Seja na rua, ou na diversão justa, Ou mesmo na obrigação que não é bem vinda... O servo de Deus é justo Procura não julgar! Esforça-se por não falar mal... Busca apreciar o que é bom E quem é bom, mas respeita O que desgosta e até mesmo o f