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Mostrando postagens de julho, 2011

Ouça a Voz

É sagrado o direito do aprendiz de ouvir a voz que lhe dirige o ensinamento. Contudo, mais imprescindível é saber ouvir, calar, para posteriormente colocar em prática com mais perfeição. Ao mestre que ensina tem-se o direito de ensinar, falar, gesticular, mas tem-se o dever também de praticar, exemplificar o que ensina. É algo que chega a ser óbvio, entretanto muitos deixam o seu dever de lado só se atentando para os direitos que lhes cabem. O direito é de todos. Destarte, ele sempre vem acompanhado de os deveres que sempre acompanham aqueles que sabem se portar perante a vida. Aos que têm mais posses ou mesmo reconhecimento, tudo isso não vem de graça. Ao contrário, resultado de esforços consideráveis e muitas vezes, sacrifícios do que mais se deseja. Aos que mais têm, mais se pede e mais deveres aparece. A vida de ninguém que está "lá encima" de outros socialmente é realmente como tantos imaginam. Apenas privilégios, honrarias e nada mais. Os deveres são enormes e as res

O Bem Sem Olhar a Quem

Matias era um rapaz alegre e divertido. Gozador da vida, boa praça. Estava sempre a sorrir, levava essa alegria por onde fosse. Era feliz e vivia sem preocupações grandes, pois os pais o sustentavam e tinham boa situação. Fazia o que lhe cabia, estudava, trabalhava com alguns bicos a fim de ter uma renda extra, além do que já ganhava de mesada das mãos carinhosas de seus pais. Era um jovem normal. Saía com os amigos. Bebia um pouco. Tinha uma vida que era boa e muito comum à sociedade. Trabalho, estudo e lazer. O trabalho e o estudo para ter dinheiro no lazer. Uma lógica tão antiga como as sociedades... Na verdade uma lógica egoísta, tanto quanto a existência humana! Contudo, uma lógica que não lhe dava dores de cabeça e nem mesmo um pouco de remorso. Sempre fora assim. O seu avô era assim, os seus pais, familiares, amigos e familiares destes também viviam assim. Por que ser diferente? Não havia motivos, aliás, isto nem sequer passava pela cabeça de nosso amigo. Matias era um cidadão

Cegos na Vida

A cegueira é um deficiência adquirida em vida atual ou anterior. Há casos em que se pede tal oportunidade como aprendizado, provação e oportunidade. A cegueira...Ela é um estado do corpo humano que impede verificar a luz que nos cerca e se reflete dos objetos a nossa volta. Vejam só... tudo se resume na luz refletida nos objetos e não na luz dos próprios. Contudo, não ter a visão da matéria pode ser tão benéfico ao espírito que se apresenta em raras vezes como dádiva, devido ao aproveitamento daquele indivíduo em sua prova obscura. Ter a visão é dádiva divina inquestionável! Sublime e perfeita! Entretanto há outras cegueiras desenvolvidas pelos seres humanos. A cegueira do amor, a cegueira do desrespeito, da falta de fé e fraternidade. Somos mais cegos do que aqueles que não veem as réstias de luzes do Sol. É muito grave este fato. Preferimos enxergar apenas o que nos é conveniente e somos capazes de não enxergar a necessidade dos outros que está aparente, transparente e impossível d

Esclarecendo Dúvidas - Ritmo da Vida

Quero lhe perguntar sobre o ritmo da vida, do Universo. É possível falar algo sobre isso? Hoje estava pensando nisso enquanto estava no curso de teatro. O ritmo ¹ vem de Deus! Pode soar engraçado, mas esta é a realidade. Tudo o que acontece no universo segue as Leis Divinas e a questão do ritmo faz parte desta máxima. O ritmo é a harmonia do Universo. Cada plano, cada mundo, cada sistema solar, galáxia e confins da Casa de Deus são guiados por ritmos variados e inimagináveis. A cadência que organiza a vida terrena é diferente da vida em Júpiter ou Marte, Vênus, Netuno... É diferente mesmo para os terráqueos encarnados e desencarnados. Mesmo dos desencarnados das trevas e os da luz. O ritmo da luz é imensamente superior ao ritmo das trevas ² . Em todos os sentidos. A luz tem uma velocidade de ritmos incompreensíveis para a maioria dos que pisam neste orbe em cada plano de vida. A natureza mesmo é rica para nos apresentar os mais variados ritmos. Tudo é harmônico, mesmo quando não parec

Simples Assim

Dias atrás Aguinaldo estava andando pela rua e de repente uma pequena mãozinha lhe apareceu meio de frente, meio de lado. Ao mesmo tempo escutou uma voz infantil lhe dizendo: “Tio, me compra um lanche...”. A primeira reação de Aguinaldo foi olhar para sua companheira de um diálogo que provavelmente ele gostaria de se esquivar. Ao vê-la, olhando meio para baixo, meio de lado... Nosso amigo viu uma pequena menina que lhe pareceu ter seus 10 anos... - Quantos anos têm garotinha? - Treze! – respondeu. - Parece ter menos. - É verdade tio... Mas é que eu como muito pouco, trabalho muito pra ajudar minha mãe e meus três irmãos. Como eu sou mais velha, eles comem primeiro e se sobrar algo, aí é a minha vez! Disse com um jeito melancólico, mas sorrindo no fim provavelmente imaginando o gosto de qualquer comida que lhe tirasse a fome... Aguinaldo sentiu o nó apertar na garganta. Não, não era sua gravata e sim o peso da consciência. Olhou seu relógio. Eram meio-dia e quinze. Pensou, por que não?

O Selo de Amor

Humberto nascera em berço esplêndido. Rodeado de carinho, amor, criados e todo tipo de facilidades. Possuído de beleza rara e até mesmo invejável aos que o rodeavam. Orgulho de seus pais, ainda jovens e despreparados para a vida de genitores. Mesmo assim, amorosos e dedicados. Cercado de pessoas a lhe atender as menores necessidades desde tenra idade. Esta era a primeira prova de nosso querido amigo. Viera com a missão íntima de vencer a ilusão das matérias. Desde cedo mostrara-se um garoto amoroso, um pouco tímido e muito humilde. Não gostava de grandes regalias, o que vez ou outra enfadavam seus pais e avós que o queriam como um “grande” de acordo com sua posição e riqueza... Mas Humberto preferia estar sempre com os criados... Com os funcionários... Não podia sair à rua e lá estava ele a parar e conversar com mendigos, pedintes, abandonados da sorte e do mundo... Por vezes estava ele a estender suas mãozinhas a estranhos, a sentar-se no chão ao lado de cegos pedintes e ajudar a ped

Esclarecendo Dúvidas - Medo

Gostaria que nos esclarecesse sobre a questão do medo de viver. O medo, sentimento muitas vezes confuso e ambíguo. É grande o número daqueles que sentem alguma fobia em vida. Temores que podem ser relações de uma vida anterior, isto acontece muito mais do que imaginamos. Podem também ter causas nesta mesma vida, apenas porque desde muito cedo, a pessoa cultivou movimentos, pensamentos e ações de forma inadequada: o medo pode decorrer de várias causas fundamentais 1 . Esta inadequação não significa qualquer tipo de loucura, mas sim de auto-ilusão para com alguma coisa. As decepções provindas desta auto-ilusão criam traumas muitas vezes difíceis de controlarem e de apagarem das almas que as possuem. O medo de algo é um temor de si mesmo. As próprias fragilidades, de achar que não é capaz de sentir coragem para enfrentar os desafios que a vida oferece. O medo torna-se uma doença quando atrapalha o ser humano a fazer o que lhe cabe, paralisa o espírito encarnado a evoluir. O temor é arm

Jesus Está Aqui

No meio de nós. Entre os doentes, os saudáveis, os justos e também os injustos. Aos fracos e aos fortes. Aos ímpios e aos verdadeiros obreiros de tua causa. Jesus está aqui. À altura do peito, onde se encontra o coração, sede da emoção verdadeira dos humanos. Tiremos de nós o preconceito bobo de que somos privilegiados, pensando que nosso amigo maior está aqui só por causa de nós e não por todas as suas ovelhas...É preciso refletir um pouco mais sobre tudo isso. A escola da vida reflete o nível moral de seus alunos, contudo ela procura fazê-los avançar como todo bom professor. Jesus veio pelos doentes e não pelos sãos. Ele veio e ainda está aqui. Dia após dia, trabalhando duro. Ou vocês acham que ele ficaria de braços cruzados com toda essa movimentação terrena. Logo ele que não tinha onde repousar a cabeça, nem mesmo teve uma pedra para cumprir sua missão de travesseiro. Jesus está aqui ainda e vela por nós. Inspira-nos às melhores atitudes e ações. Exemplifica por ser sempre aquele

Ler e Amar

A paixão da humanidade pela literatura é quase tão antiga quanto os dias em que as línguas foram criadas e codificadas para serem grafadas nos diversos materiais da história. Desde a pedra bruta, até as telas de computador ou as folhas de papel. É uma paixão tão antiga quanto o próprio homem terreno. Uma paixão que registrou a história humana e seus mais diversos aspectos de forma verdadeira ou nem tanto assim. Ler nem sempre foi oportunizado para todos e ainda não é... Entretanto, já houveram inúmeros avanços e esforços quanto a isso. Com os mais variados interesses. Desde o desinteresse e a alegria de ver outros lendo e compreendendo melhor o mundo a sua volta até as manipulações realizadas pela pouca instrução. Leituras manipuláveis... A palavra muitas vezes tem mais poder do que a ação. Pois cada palavra leva uma ideia, planta esta ideia nas mentes mais variadas. E uma ideia implantada profundamente é difícil de ser esquecida. Hoje em dia até se lê razoavelmente bem. Muitos lêem,

Lute por um Ideal

Muitas vezes na vida temos nossos dilemas, inseguranças e falta-nos um rumo certo para tomarmos. Tudo parece escuro e os caminhos desencontrados. Todos nós passamos por isso. São os momentos de provas, de oportunidades que nos chegam para sabermos se realmente estamos vivendo e aprendendo o que queremos e precisamos ou desejamos. São nessas horas que devemos procurar ter um ideal fixo e voltado para o bem comum. Este ideal fará com que possamos angariar forças a fim de vencer esses aparentes obstáculos que nos apavoram e desnorteiam-nos. Lutar por um ideal não é apenas fazer de tudo, sem medir consequências, não importando os meios de se alcançar a permanência ou a construção deste caminho. O ideal é um objetivo íntimo que pode e deve ser compartilhado com os que estão a nossa volta, principalmente se for um ideal que busca um bem maior, sem egoísmos ou pretensões orgulhosas. Lutar por um ideal de vida é viver de forma sensata e amorosa perante o criador. Um ideal pode se apresentar

Esclarecendo Dúvidas - Compartilhando a Arte

Gostaria de voltar a um assunto já abordado, a arte. Qual é a nossa responsabilidade em levar o pouco que sabemos e construímos para os que “achamos” pouco possuir? Pergunta interessante. Principalmente pela forma de questionar. Não é difícil saber que a responsabilidade da qual pergunta é grande. Sempre que estamos imbuídos num ideal que foge ao conceito de trabalho remunerado, ou um trabalho por obrigação, nos sintonizamos com a espiritualidade amiga. É o que já viemos discutindo nos últimos dias. Tudo se resume às intenções, sintonias e à própria mediunidade como um todo. Ao estarmos de forma sincera voltados para um trabalho que sirva 1 os outros, sem esperar receber nada em troca, nem reconhecimento ou agradecimento, Deus está “lá”, ou melhor, está dentro de nós observando-nos e nos abençoando, facilitando nossos “caminhos” para que possamos levar o conhecimento o mais longe possível. Jesus quis nos mostrar ao dizer “conheças a verdade e ela vos libertará”. Foi assim que Paulo de

Esclarecendo Dúvidas - Sintonia

Gostaria que falasse um pouco sobre a sintonia. O que é? Como se conquista? Com quem podemos nos sintonizar? Mais alguma observação? Sintonia é o fato, a ação de todos os seres já individualizados realizam para trocar experiências, pensamentos, ideias, palavras, ações conjuntas. Todos nós estamos em sintonia com algo o tempo todo 1 . Até os que pensam não estar sintonizados com nada, na verdade se sintonizam com energias latentes e por vezes desconhecidas do universo. A questão não é como se conquistar a sintonia, até por que a sintonia por si só é algo natural e que está em todo o universo. Devemos voltar a nossa atenção para o conceito acima colocado, que nos dá um pouco de restrição de pensamento para que possamos abordar o assunto sem nos perdemos de um referencial. Ao considerarmos a sintonia uma ação de seres individualizados, podemos perceber que ela acontece a partir de um momento da evolução de todo ser criado por Deus. Antes dela aparecer, alguns resquícios e pré-sintonias vã