Esclarecendo Dúvidas: Mérito do Artista que Faz o Bem

Qual o mérito do artista que faz o bem pela arte através da verdadeira caridade e como ter certeza que esse não está agindo de forma egoísta?
Quando é feita de forma abnegada e sincera. Entretanto, não significa que os únicos a realizarem uma arte virtuosa sejam apenas os que nada cobram pelos seus trabalhos, pois não cobrar dinheiro não garante santidade, nem testifica qualidade da arte a qual se propõe apresentar.
Há muitos artistas, os quais vendem obras artísticas consideradas virtuosas. Portanto, tudo depende da sinceridade de sentimento do autor! Contudo, quando se alia a qualidade moral com a técnica e executa uma arte a qual incentiva ou realiza a caridade em favor do próximo, a tal se virtuosíssima aos “olhos” do Criador!
Portanto é preciso ter respeito com as Leis Divinas. Quando o coração está em paz e a consciência tranquila tem-se a certeza de que aquela arte atingiu ao menos um nível mínimo de virtuosidade!
O mérito do artista1 vai até onde ele consegue chegar com seus conhecimentos, inspiração, genialidade e esforços de levar a arte pautada por bons sentimentos, os quais tocam verdadeiramente os corações2. Para tal, o artista precisa ser o exemplo vivo de sua arte. Há vários exemplos na história da humanidade!
Leonardo da Vinci que viveu no século XVI, foi um grande artista devido a notável qualidade de suas obras, as quais, ainda hoje são consideradas obras magníficas da renascença. Caso ele não tivesse sido uma pessoa generosa, amável, cativante; hoje poderia ser considerado um bom artista com grande qualidade, mas talvez não muito simpático ou admirado...
Chico Xavier, apesar da influência dos espíritos, os quais psicografavam as obras, o médium era puro amor, portador de um coração maravilhoso. Há verdadeiras obras de artes entre os livros psicografados, dentre eles, está o famoso “Parnaso de Além Túmulo”, arte poética pura! Contudo, sua obra com mais de quatrocentos livros editados apenas se tornou referência, principalmente quando trouxe inúmeras revelações de vários aspectos espirituais e materiais, justamente por ele ter vivido como um homem de bem!
Em contrapartida, o artista talentoso que não consegue ter uma vida pautada pelos princípios da bondade, gentileza, justiça, alegria e boa moral pode até ter suas obras admiradas, mas estas quando vinculadas ao artista sem grandes dotes morais acaba não sendo tão apreciadas e lembradas no decorrer do tempo3. É algo que se torna inconsciente. Desta forma, o mérito do artista varia de acordo com seu talento artístico, mas principalmente quando aliado ao “talento moral” em se tornar um homem de bem através da arte a qual se propõe apresentar!
Para saber se o artista está agindo de forma egoísta, é preciso analisar detidamente as atitudes, intenções, verificar e pesar na balança as ações realizadas pelo artista e sua arte. Quando forem benéficas para o próximo e não apenas aos próprios interesses, teremos certeza que sua conduta é apropriada. Não há como errar, basta verificar os frutos. Não há árvore boa que dê maus frutos! Pensemos!
Jesair e amiGOS – 22.08.14, psicografado por Jerônimo Marques.
1-     “O verdadeiro mérito literário, [...], consiste em provocar o pensamento, as reflexões do leitor, em lhe criar uma atmosfera mental que contribua para desenvolver e enriquecer suas faculdades e forças morais. Sem dúvida, fazer pensar é nobre, mas o que é mais nobre e mais meritório é elevar a alma em direção às alturas onde todas essas faculdades se desenvolvam na luz e no amor.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1 ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
2-    “Sempre que a sua arte se desvencilha dos interesses do mundo, transitórios e perecíveis, para considerar tão-somente a luz espiritual que vem do coração uníssono com o cérebro, nas realizações da vida, então o artista é um dos mais devotados missionários de Deus, porquanto saberá penetrar os corações na paz da meditação e do silêncio, alcançando o mais alto sentido da evolução de si mesmo e de seus irmãos em humanidade.” (EMMANUEL. O Consolador. 28 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008)

3-    “Ponderemos, contudo, que se existe hoje grande número de talentos com a preocupação excessiva de originalidade, dando curso às expressões mais extravagantes de primitivismo, esses são os cortejadores irrequietos da glória mundana que, mais distanciados da arte legítima, nada conseguem que refletir a perturbação dos tempos que passam, apoiando o domínio transitório da futilidade e da força. Eles, porém, passarão como passam todas as situações incertas de um cataclismo, como zangões da sagrada colmeia da beleza divina, que, em vez de espiritualizarem a Natureza, buscam deprimi-la com as suas concepções extravagantes e doentias.” (EMMANUEL. O Consolador. 28 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008)

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