Esclarecendo Dúvidas: O Artista do Bem e a Arte da Reflexão

O que é ser um artista do bem? A prática de Santo Agostinho de refletir ao final do dia sobre as próprias atitudes é aconselhável para o artista?
O artista do bem é a pessoa que procura utilizar-se da arte para fazer, divulgar e compartilhar o bem! Buscando ensinar através do próprio exemplo aqueles que ainda não descobriram o caminho reto, o qual proporcionará a perfeição espiritual!
Ser um artista do bem é ser consciente de si mesmo, o qual busca elevar-se, renovar-se1, inspirando o próximo a se encorajar para alcançar esta renovação através da arte externada por seus talentos e exemplos!
O artista que se avalia honesta e conscientemente passa a conhecer melhor as próprias dificuldades e virtudes como artista e ser humano. Ciente de tais busca lapidar as imperfeições e potencializar as virtudes já existentes.
O artista deve ser um missionário do bem2! A inspirar vidas, atitudes positivas e relevantes ao bem comum! O artista consciente deve criar uma arte útil e bela, selecionar os trabalhos os quais realiza, mesmo que tal signifique menos fama, atenção, “status”. O artista do bem se prepara, estuda, aperfeiçoa-se em sua técnica a fim de ser um melhor instrumento para expandir e divulgar a arte bela da qual se torna médium3! Busca sintonizar-se com o Criador e a espiritualidade amiga, aproveitando suas virtudes de homem e de artista para realizar uma arte de pura beleza e bondade!
Há poucos artistas integralmente do bem na Terra. Mas há muitos candidatos que têm se esforçado para se tornarem exemplos no meio da arte! Portanto, cada artista deve procurar com afinco amor verdadeiro, transformando a própria vida em ideais nobres!
Parafraseando Kardec, “o verdadeiro artista é aquele que busca, esforça-se por reformar a si transformando-se pouco a pouco num artista do bem de forma integral!”. Desta forma, surge à importância de seguirmos a metodologia de Santo Agostinho de se avaliar todos os dias antes de se recolher sobre as próprias atitudes, as quais foram praticadas no decorrer do dia que se finda, aliando a razão aos bons sentimentos.
Avaliar-se é ter bom senso4! É aprender com os próprios equívocos, dificuldades, acertos! Todo artista deve também analisar a sua arte tanto no aspecto técnico quanto moral e espiritual! A arte e o artista da Terra têm muito a crescer, a compreender os aspectos da beleza, da bondade, da harmonia com o Criador!
Portanto, Artistas! Fazei como Agostinho de Hipona quando em vida! Analisai o que de bom fizeste com sua arte em cada dia! Qual o caminho que está a direcionando? A sua arte está alimentando os ideais mais nobres ou aos prazeres da carne5? Tem direcionado as pessoas para o bom caminhar ou desviado?
Buscando a reflexão sincera e verdadeira, provavelmente uma nova arte surgirá a fim de alcançarmos belos voos rumo ao céu do infinito!
Jesair e amiGOS – 07.11.14, psicografado por Jerônimo Marques.
1-     “Ante os tempos novos e considerando o esforço grandioso da renovação, requisita-se o concurso de todos os servidores fiéis da verdade e do bem para que, antes de tudo, vivam a nova fé, melhorando-se e elevando-se cada um, a caminho do mundo melhor, a fim de que a edificação do Cristo prevaleça sobre as meras palavras das ideologias brilhantes.” (LUIZ, André. Missionários da Luz. 45ª ed. Brasília: FEB, 2013)
2- “[...] Sempre que a sua arte se desvencilha dos interesses do mundo, transitórios e perecíveis, para considerar tão-somente a luz espiritual que vem do coração uníssono com o cérebro, nas realizações da vida, então o artista é um dos mais devotados missionários de Deus, porquanto saberá penetrar os corações na paz da meditação e do silêncio, alcançando o mais alto sentido da evolução de si mesmo e de seus irmãos em humanidade.” (EMMANUEL. O Consolador. 28 ed. Perg. 162. Rio de Janeiro: FEB, 2008)
3- “[...] As óperas imortais não nasceram do lodo terrestre, mas da profunda harmonia do Universo, cujos cânticos sublimes foram captados parcialmente pelos compositores do mundo, em momento de santificada inspiração.” (EMMANUEL. O Consolador. 28 ed. Perg. 167. Rio de Janeiro: FEB, 2008)
4- “Fazei o que eu fazia de minha vida sobre a Terra: ao fim da jornada, interrogava minha consciência, passava em revista o que havia feito e me perguntava se não havia faltado com o dever, se ninguém tinha do que se queixar de mim. Foi assim que consegui me conhecer e ver o que havia reformado em mim. [...]. Questionai, portanto, e perguntai-vos o que fizestes e com qual objetivo agistes em tal circunstância. [...] O conhecimento de si mesmo, portanto, é a chave do progresso individual.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Perg. 919 a. 182ª ed. São Paulo: IDE, 2009)

5- “A Arte não foi criada para satisfazer luxúrias e particularidades. A arte é uma força acima dessas atitudes irracionais e materiais. A Arte é universal, provinda do mais alto para servir como ferramenta de aprimoramento intelectual e humano. [...]. O problema da Arte está em vossas consciências. A solução para derreter este ‘iceberg artístico’ pelo qual vivem, está na consciência de cada um que se dispõe a fazer Arte, ou que assim vive da Arte. [...]. Faz-se necessário o questionamento sadio. A Arte deve ser repensada. O homem não deve deixar que apodreça sua capacidade de discernir, perecer em suas mãos tamanho patrimônio Divino.” (CALSONE, Adriano. Pintura Mediúnica: A Visão Espírita em Ampla Pesquisa. 1ª ed. São Paulo: Mythos, 2012)

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