História de Constantino
História de
Constantino
Estava Constantino ao pé
De uma imagem do Cristo.
Concentrado e rogando auxílio,
Quando o padre responsável
Veio em seu auxílio.
Nosso amigo sofria privações
Provas e diversas complicações
Em sua vida íntima
Que era quase puro sofrimento...
Desde alguns anos,
Embora bem provido de riquezas
Fora acometido por maré de azar,
Que não estava escrito em qualquer lugar...
Primeiro, perdera a companheira de lutas
Que lhe dera três lindos filhinhos...
Ela lutara até o fim contra câncer maligno,
Que lhe desfigurou o semblante, mas lhe
enriqueceu a alma...
Em prol dos filhinhos em desamparo materno
Constantino seguiu firme,
Mesmo com o coração em lágrimas
Lutou como todo bom genitor faria...
Seguiu em frente, para logo em seguida
Num acidente que o deixou perplexo
Perdeu dois filhinhos...
Quando um automóvel descontrolado
Invadiu o passeio em que estava ele
E toda a família...
Conseguira nosso amigo
Salvar o menorzinho...
Entretanto a mais velha e o rapazinho
Voltara para o convívio materno com amparo
divino...
Demonstrando toda garra e honra
Constantino seguiu enfrentando a vida...
Mas logo, por descuidar dos negócios
O sócio lhe tirara tudo...
Voltou aos trabalhos mais simples,
Que um dia lhe sustentaram na juventude
Para colocar comida em casa
E educar o menorzinho...
Agora ele estava ali desesperado...
Não revoltado...
Mas sentia-se humilhado e quase sem forças
Por ver o seu último tesouro quase às
portas da morte...
Febre maligna lhe tirara as forças
E todos os recursos já havia tentando nosso
amigo
Embora pouco fosse à igreja, possuía muita
fé,
Bondade no coração!
Procurou então a velha paróquia de infância,
Que sempre ele doara muitos recursos,
Mas não para cobrar soluções
E sim para abrir o coração
Chorava baixinho enquanto falava ao padre
amigo
Entregando a Deus o seu “destino”
Só Lhe pedia força para enfrentar seu
martírio...
E o padre admirado, consolava-o com
carinho!
Tempos depois, vamos o mesmo Constantino
Já velhinho...
Amparado por homem bem forte e vivido
Era o mesmo filhinho de antanho
Que na mesma noite em que o pai chorara
Naquela mesma igreja, se recuperara do nada
E sem explicações da medicina...
Enquanto isso, no outro plano da vida
Víamos D. Ernestina
A esposa sorridente abraçando o marido
Já alquebrado, mas sereno...
Era a última vez que Constantino
Iria àquela igreja que tanto lhe
proporcionou consolo
E trabalho em prol dos irmãos em humanidade
Agora, era sua despedida,
Pois na mesma noite e sono reparador
Seu corpo serenamente não resistiria.
Completara assim uma vida simples
Cheia de fé e trabalho,
Resignação e exemplo no bem
Obrigado Constantino, agradeceram seus
filhos
Sua esposa e os anônimos
Um dia por ele assistidos!
Sodré,
o ritmista cumprindo a promessa de um dia contar a história de um admirável
trabalhador do Cristo
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