Uma Flor Jovem
Meu nome é Rafaela. Não sou tão
pequena como as outras garotinhas que vieram aqui para falar contigo. Digamos
que eu seja uma mocinha. Até porque espírito não tem idade, só aparência. Estou aqui para falar um pouco sobre
muitas coisas.
Primeiro, de como cheguei ao plano espiritual. Desencarnei cedo. Com doze anos num acidente. A última recordação que tenho foi quando o carro estava indo de encontro a outro. Foi um desespero tão grande que “apaguei” antes do choque e só acordei aqui, do outro lado da vida. No Instituto Flor de Luz. Foi a tia Camila que me recebeu. Ela foi minha tia de verdade e havia morrido uns cinco anos antes de mim. A tia Camila logo me disse que eu agora não vivia mais no corpo.
Primeiro, de como cheguei ao plano espiritual. Desencarnei cedo. Com doze anos num acidente. A última recordação que tenho foi quando o carro estava indo de encontro a outro. Foi um desespero tão grande que “apaguei” antes do choque e só acordei aqui, do outro lado da vida. No Instituto Flor de Luz. Foi a tia Camila que me recebeu. Ela foi minha tia de verdade e havia morrido uns cinco anos antes de mim. A tia Camila logo me disse que eu agora não vivia mais no corpo.
Confesso que não me assustei. Afinal frequentava
as aulinhas da evangelização no Centro Espírita da minha cidade no interior do
Estado de Goiás. Sabia de muita coisa. Gostava de ler aqueles livros pra adolescentes
espíritas. Fiquei triste. Afinal, não poderia ver mais pais e nem meus dois
irmãozinhos tão cedo. No acidente eu fui a única que morri, pois uma peça do
outro carro veio de encontro à minha cabeça. Não entrarei em detalhes.
Agora que expliquei como foi a minha
chegada na espiritualidade, vou dizer o que faço. Primeiro, estou crescendo! Hoje
estou com a aparência de uns quinze anos, apesar de ter apenas um ano e meio
que estou no plano espiritual. Tenho estudado muito, participado de algumas
oficinas, experiências e cursos no Instituto Flor de Luz, no Grupo Fraterno e
no Grupo Oficina de Sonhos. Aliás, eu não perco nenhum ensaio!
É tão legal o que vocês fazem! Aliás, o
que nós fazemos! Ou vocês acham que são privilegiados? Pena que vocês não são
tão disciplinados! Às vezes vejo que você – Tio, fica meio impaciente com tal
situação, mas demonstra que tem que ter paciência né?! Faz parte. Continue a se
esforçar.
A minha rotina no Instituto Flor de Luz
é acordar cedinho. Umas seis horas, tomar meu café e arrumar meu quarto e da
minha colega. Após essa arrumação, vou para as atividades de estudo que me
propus a realizar. Três vezes na semana estou no Instituto, dois dias no
Instituto do Grupo Oficina de Sonhos e dois dias no Grupo Fraterno. Aos
domingos acompanho as atividades que são realizadas pela manhã no GOS.
A tarde, após nosso almoço que é mais
simples, menos gorduroso e mais saudável, tenho as atividades práticas nos locais
que estou no dia. Seja no Flor de Luz, no GOS ou no Grupo Fraterno. A noite,
cuido da minha higiene pessoal, lazer e gosto de escrever. É uma vida normal.
Não muito diferente da que existe na Terra.
Ainda não posso trabalhar como uma
trabalhadora oficial do Instituto Flor de Luz. Contudo, nas práticas
vespertinas, temos oportunidades de auxiliar e trabalhar em prol do próximo.
Seja com arte, trabalhos manuais, enfim. De acordo com o aprendizado e
utilidade, mas sempre orientadas e sob a supervisão de um espírito mais
experiente.
Esta é a primeira vez que escrevo pelo
aparelho mediúnico. Não sabia que era tão legal e ao mesmo tempo tão difícil. Mas
tudo bem! A tia Abigail disse que se eu fizer tudo direitinho, com muita
disciplina e desapego, até o fim do ano eu poderei visitar minha família que
ficou na Terra e também poderei iniciar minhas atividades como trabalhadora
oficial do Flor de Luz. O que vou fazer? Anotar nomes das novatas. Contar
histórias para as crianças. Ajudar nas aulas de evangelização. Coisas simples.
Iniciamos pelo simples, o que já é muito pra quem sabe fazer pouco.
Obrigada por me “escutar” e escrever
minhas palavras. Confesso que saiu meio diferente do que imaginei, mas ficou interessante!
Afinal, agora somos parceiros!
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