Esclarecendo Dúvidas: Arte e Caridade
Como
fazer a caridade através da arte?
Através de uma arte voltada para os
bons sentimentos e exemplos, mas com o máximo de técnica possível. A arte precisa
ter as asas do conhecimento e da sabedoria harmonizadas entre si1.
É preciso ter a consciência de que a
arte deve ser concretizada pelo o amor2,
sem segundas intenções. Quando há interesse escuso e pessoal por trás, deixa de
ser caridade para quem a pratica3,
pois essa é sempre um gesto puro de amor!
Há diversas formas de utilizar a arte para
o bem comum. Fazer um evento artístico com o objetivo de arrecadar recursos e
direcioná-los a uma causa nobre. Os “doutores da alegria” que leva a arte aos
hospitais a fim de auxiliar e amenizar a dor do próximo4, que muitas vezes se encontra sem vontade de viver. É
uma inspiração divina que independe de religião.
Há artistas que divulgam com devoção uma
arte do bem para o grande público. Esta é uma forma de fazer caridade, mesmo que
esses ganhem dinheiro, o importante é a intenção. É preciso divulgar cada vez
mais os bons exemplos e comportamentos, as boas ações para inspirar o resto da
sociedade a ser paciente e amável; mesmo que seja realizado do trabalho
material, ganhando uma renda para tal. Isto pouco importa para Deus, o
importante é que seja feito de coração!
Quanta arte há no ensino das crianças,
dos jovens, dos adultos, dos idosos? Arte que eleva a alma e incentiva a reflexões
sobre as coisas boas da vida material e espiritual! Toda arte direcionada para o
bom e o belo é uma caridade!
A arte do bem proporciona reflexões importantes
para o crescimento moral e intelectual do espírito. Une as pessoas em um mesmo
ideal. Promove e incentiva as virtudes de forma lúdica e atraente. Eleva os
sentimentos. Exalta a beleza da criação e do amor fraternal. Promove a paz. Ensina
o bem5!
A arte ensina o homem a se tornar um
anjo, para isso basta utilizá-la como um bom instrumento6 e ela será uma caridade maravilhosa de ser vista, ou
melhor, realizada!
1 – “Temos
a certeza de que, pelo esforço da Ciência e pela sublimidade da Arte,
desfrutaremos, mais tarde, o bem-estar e o conforto, com absoluta exclusão do
egoísmo.” (PERALVA, Martins. Estudando o Evangelho. 6 ed. Rio de Janeiro: FEB,
1992)
2 – “[...]
A arte, por si só, não redime ou santifica o artista. Ele necessitará, além
dela, do cultivo do amor a Deus e ao próximo, da excelência de uma fé
inquebrantável nos princípios divinos, pois a lei que do Todo-Poderoso emanou,
para orientar o trajeto evolutivo das criaturas, não foi diferente para os
artistas. Foi, sim, a mesma, invariável, eterna: Amor a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a si mesmo.” (PEREIRA, Yvonne A. Devassando o Invisível.
3 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009)
3 – “Antes,
porém, da caridade que se manifesta exteriormente nos variados setores da vida,
pratiquemos a caridade essencial, sem o que não poderemos efetuar a edificação
e a redenção de nós mesmos. Trata-se da caridade de pensarmos, falarmos e
agirmos, segundo os ensinamentos do Divino Mestre, no Evangelho. É a caridade
de vivermos verdadeiramente nele para que Ele viva em nós. Sem esta, poderemos
levar a efeito grandes serviços externos, alcançar intercessões valiosas, em
nosso benefício, espalhar notáveis obras de pedra, mas dentro de nós mesmos, nos
instantes de supremo testemunho de fé, estaremos vazios e desolados, na
condição de mendigos de luz.” (EMMANUEL. Vinha de Luz. 24 ed. Rio de Janeiro:
FEB, 2006)
4 - “A
caridade real é essa doação de algo pessoal e único que trazemos dentro de nós
e que somente nós podemos oferecer. É o esforço de esquecimento do eu para
louvar os outros. É a anulação do direito que nos compete para consagrar o
direito de alguém. É o silêncio de nossa voz para que se faça ouvir uma voz
mais frágil que a nossa. É a luta contra os incômodos pessoais para dilatar o
bem-estar alheio. É a muda sufocação de toda tristeza nossa para acentuar a
alegria no coração de outrem.” (_______. Seareiros de Volta. 6 ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2005)
5 - “Caridade
é fazer justiça, é corrigir o defeito, é animar o tímido, é proteger o ousado, é
exalçar a verdade, é enobrecer o humilde, é semear a paz, é pugnar pelo bem, é
estabelecer a concórdia, é servir o amor, é esquecer agravos, é desculpar as
falhas alheias, e é, acima de tudo, adorar a Deus.” (LACERDA, Fernando de. Do
País da Luz. 8 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003)
6 – “O
Senhor renova diariamente nossas benditas oportunidades de trabalho, mas, para
atingirmos os resultados precisos, é imprescindível sejamos seguidores da
renunciação ao inferior.” (LUIZ, André. Os Mensageiros. 47 ed. Brasília: FEB,
2013)
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