Esclarecendo Dúvidas: A Arte e os Vícios Morais

A arte auxilia no combate aos vícios morais?
Quando a arte é direcionada com responsabilidade, disciplina, amor, sempre será uma ferramenta de combate aos vícios morais1. Mas quando ministrada de forma desregrada, desviada, será um incentivo para tais2.
A imperfeição moral impede ou prejudica a sintonia do artista com as vibrações sublimes emanadas pelos gênios do bem3. Sabe-se que o egoísmo e o orgulho são as chagas da humanidade, e por diversas oportunidades, o artista não reconhece as boas intuições, o amparo espiritual4; limitando-se aos próprios conhecimentos, mas abrindo sintonia com irmãos de baixo teor, corporificando no mundo uma arte imprópria para a evolução do espírito.
Dessa forma, o artista é influenciado negativamente, acaba muitas vezes obsedado e se não despertar a tempo pode determinar para si um caminho com os vícios morais, do gozo material sem prudência, tendo consequências infelizes; além das graves perturbações mentais e espirituais5!
Mesmo assim, por vezes, a espiritualidade utiliza o magnetismo do artista para realizar algo positivo, pois há os bons sentimentos em breves instantes, utilizados para fazer o bem, vibrar pelo bem! São lampejos, dádivas da espiritualidade amiga e benfeitora que se bem aproveitados, pode significar o recomeço para a boa arte que se propuseram a realizar quando estavam na pátria espiritual, mas acabaram se desviando.
Os vícios morais representam entraves para que a arte bendita seja produzida, propagada e realizada na Terra. Os artistas precisam reconhecer que são inspirados por amigos da pátria espiritual6, admitir que não se faz nada sozinho! Por mais que tenham méritos, é preciso ser justo com os gênios da arte da verdadeira pátria. Tendo a consciência de um trabalho conjunto, o egoísmo e o orgulho vão sendo eliminados gradativamente conforme o esforço de cada artista.
Dessa forma, a arte pode auxiliar no combate dos vícios, do estresse, da ansiedade. Pode contribuir para o bom humor e na vontade de compartilhar os bons momentos com o próximo. Ela pode educar para o bem em qualquer situação, mas para tal, é preciso querer, estudar, disciplinar-se e praticar o bem para enfim levar os bons resultados à uma grande apresentação!
A arte é grande aliada neste processo de combate aos vícios, ou melhor, de educação da alma imortal! Basta observar os diversos exemplos existentes no mundo! Artistas combatam as chagas em vossos corações, e assim estarão cumprindo a vontade do Criador: Amar a Deus sobre todas as coisas e o teu próximo como a ti mesmo7!
Jesair e amiGOS – 21.03.14, psicografado por Jerônimo Marques.
1 – “A arte bem compreendida é um poderoso meio de elevação e de renovação. É a fonte dos mais puros prazeres da alma; ela embeleza a vida, sustenta e consola na provação e traça para o espírito, antecipadamente, as rotas para o céu. Quando a arte é sustentada, inspirada por uma fé sincera, por um nobre ideal, é sempre uma fonte fecunda de instrução, um meio incomparável de civilização e de aperfeiçoamento.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1 ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
2 – “[...] Muito frequentemente a arte é aviltada, desviada do seu objetivo, escravizada por mesquinhas teorias de escola e, principalmente, considerada como um meio de chegar à fortuna, às honras terrestres. Emprega-se a arte para adular as más paixões, para superexcitar os sentidos, e assim faz-se da arte um meio de aviltamento. [...]. A verdadeira arte não procura os prazeres da mesa, da carne, e aqueles dos quais o espírito e o cérebro não participam.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1 ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
3 – “Conseguida a qualidade básica, o candidato ao serviço precisa considerar a necessidade de sua elevação urgente, para que as suas obras se elevem no mesmo ritmo. Falaremos tão só das conquistas mais simples e imediatas que deve fazer, dentro de si mesmo. Antes de tudo, é necessário equilibrar o campo das emoções. Não é possível fornecer forças construtivas a alguém, ainda mesmo na condição de instrumento útil, se fazemos sistemático desperdício das irradiações vitais. Um sistema nervoso esgotado, oprimido, é um canal que não responde pelas interrupções havidas. A mágoa excessiva, a paixão desvairada, a inquietude obsidente constituem barreiras que impedem a passagem das energias auxiliadoras.” (LUIZ, André. Os Missionários da Luz. 45 ed. Brasília: FEB, 2013)
4 – “O orgulho do homem é que fez a fonte das altas inspirações secar. A vaidade, que é o defeito de muitos artistas, torna o seu espírito insensível e afasta as grandes almas que concordariam protegê-los. O orgulho forma uma espécie de barreira entre nós e as forças do além.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1 ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
5 – “Intelectuais e artistas que despedem sagrados recursos do espírito na perversão dos sentimentos humanos, por intermédio da criação de imagens menos dignas, rogam aparelhos cerebrais com inibições graves e dolorosas para que, nas reflexões de temporário ostracismo, possam desenvolver as esquecidas qualidades do coração. [...]. Grandes faladores que escarneceram da divina missão de verbo, conturbando multidões ou enlouquecendo almas desprevenidas, suplicam doenças das cordas vocais, para que, atravessando afonias periódicas, desistam de tumultuar os espíritos por intermédio da palavra brilhante.” (LUIZ, André. Ação e Reação. 40 ed. FEB, 2010)
6 – “Quase todas as grandes obras tiveram colaboradores invisíveis. Essa associação se fortifica e se acentua pela fé e pela prece, que permitem às forças do Alto penetrarem mais profundamente em nós e impregnarem todo o nosso ser.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1 ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
7 - “[...] O grande desgosto que os acompanha quando reconhecem que, no estado de encarnação, arrebatados pela Arte, esqueceram os caminhos luminosos conducentes à redenção espiritual, o que nos leva à conclusão de que a Arte, por si só, não redime ou santifica o artista. Ele necessitará, além dela, do cultivo do amor a Deus e ao próximo, da excelência de uma fé inquebrantável nos princípios divinos, pois a lei que do Todo-Poderoso emanou, para orientar o trajeto evolutivo das criaturas, não foi diretamente para os artistas. Foi, sim, a mesma, invariável, eterna: Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.” (PEREIRA, Yvonne A. Devassando o Invisível. 3 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009)

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