Uso dos Bens

 

Uso dos Bens

(L.E.) 711. O uso dos bens terrenos é um direito para todos os homens?

Esse direito é a consequência da necessidade de viver. Deus não pode ter imposto um dever sem haver dado os meios de os satisfazer.

 

Não seria possível o ser humano viver na Terra material sem a matéria, isso é um fato. Porém, viver sem possuir os bens terrenos seria possível?

É preciso primeiro esclarecer que usar é diferente de possuir. Caso pensemos que é possível viver sem possuir bens, talvez seria relativamente possível. Embora muito difícil.

Muitos de nós caímos na tendência equivocada de que os bens são coisas erradas, que estão ligadas ao mal, às forças destruidoras do Universo... É como muitos por aí dizem: “oito ou oitenta”. Ou seja, estamos usando sempre os extremos, sem considerar os meios-termos.

O problema na verdade, não está nos bens materiais, nem em sua posse, mas justamente em como os utilizamos e na nossa relação com eles!

Jesus, embora não tenha possuído casa, cama, um local que poderia chamar só seu, um meio de transporte que não as próprias pernas, possuída ao menos, uma sandália e sua túnica que usava dia após dia. Algo que é perfeitamente normal e que nós possuímos aos montes, enquanto outros, mal tem as suas vestes que usam cotidianamente.

Era errado Jesus ter e usar sua túnica ou sandália? Claro que não. Vivendo em sociedade, deveria cumprir suas obrigações de cidadão e manter a coerência em viver entre os homens, sendo filho do mesmo Pai. Ele mesmo nos deixou claro que deveríamos dar à Cesar o que era de César e à Deus o que era de Deus!

Todos nós temos o direito de ter posses, bens, que na verdade podemos utilizar como um empréstimo divino. Mas é claro, aqui na Terra material, somos o proprietário perante a lei dos homens. Sendo assim, é um direito possuir, cuidar, administrar bem para que ao findar o nosso tempo na atual existência, tenhamos produzidos bons frutos como na parábola dos talentos que resume a lição colocada na questão acima.

Quando temos um bem, temos o direito sobre esse ou aquele bem, mas também temos o dever de bem administrá-lo! Quem administra deve saber como, se não souber, deve procurar, buscar os conhecimentos para tal! Faz parte da vida! Do progresso individual e também coletivo.

Por isso, Deus nos ofereceu a oportunidade da vida na matéria com seus bens administráveis, pois nós, os administradores divinos, somos os responsáveis para direcionar o que de bom recebemos de forma justa e saudável para nós e para os que nos rodeiam.

Efésio, o humílimo servidor do Pai – 02.01.17

 

Ter ou Não Ter

Parodiando nosso querido Hamlet

Personagem do ilustre e admirável Shakespeare

Na vida na Terra ou na matéria

Pode ser que surja essa grande dúvida:

Ter ou não Ter?

 

Ter posses variadas

Desde o dinheiro vivo,

Uma conta polpuda

Joias, calçados e roupas caras...

Carros, motos e até aeronaves

Casas, mansões, veraneios, arranha-céus...

Viagens luxuosas e outras contas caras...

 

Ou não ter nada disso

Alegando uma humildade

Que por vezes é só uma capa...

Ou melhor... Uma máscara...

 

A lição dos bens está longe

Do Ter ou Não Ter!

Está na verdade no uso que se dê...

Com leviandade e egoísmo

O coração endurece

Com humildade e fraternidade

O amor só espalha e cresce!

 

Portanto, use com sabedoria

Os empréstimos divinos

Para que tenha a consciência limpa

E a alma leve como uma bela pluma!

Sodré, o ritmista em reflexões para uma consciência limpa – 30.10.17

 

 

 

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Bora Viver

                                                Bora Viver…   Entre os meandros da alma buscamos sempre uma resposta para nossas dores, nossas dúvidas, ressentimentos, frustrações e lamentações… Direcionando nossas energias para encontrar respostas que não estão exatamente onde estamos focando os olhares ainda perdidos, talvez nublados por lentes ilusórias dos recursos atuais que usados de forma equivocada, parecem brinquedos que nos distraem de nossas metas de vida. Por vezes, é preciso parar um pouco, deixar de lado a correria do dia a dia tão intenso de obrigações para voltar um pouco ao interior do ser, para se reconectar com a natureza da vida, com os próprios sentimentos, com um olhar menos acelerado de viver e ainda tendo a oportunidade de buscar refletir e se avaliar como seres em evolução! Neste processo, o que vocês vivenciaram neste feriado,...
Leia mais

Livres

  Livres No atual estágio da humanidade passamos por um momento de muitas dúvidas sobre a vida eterna. Natural que este processo seja repleto de incertezas… Neste movimento cheio de possibilidades, muitos acabam por confundir pensamentos e por consequência, atitudes. Sob o pretexto da liberdade, do uso do livre arbítrio, acreditam que tudo podem nesta existência. Sim, podemos tudo pensar, pois o pensamento é como se fosse um rascunho da ação. Em nossa tela mental, tudo passa e se revela, inicialmente um pouco nublado, sem formas tão definidas, até que de repente, de forma mais elaborada, temos um pensamento quase concreto. É aí que as denominadas “formas-pensamentos” surgem com clareza na mente das pessoas. Neste estágio, já há uma responsabilidade maior do pensamento, pois eles são enviados a um destino certo, que pode ou não recebê-lo de acordo com a sintonia e auto-proteção do outro indivíduo, aquele que é objeto do pensamento.  Se o pensamento é positivo, marav...
Leia mais

Culpabilidade

  Culpabilidade (L.E.) 749. O homem é culpável pelas mortes que comete durante a guerra? Não, quando ele é constrangido pela força. Mas ele é culpável pelas crueldades que comete e ser-lhe-á levada em conta sua humanidade. A culpabilidade por um ato extremo como a morte de outrem é quase sempre caso melindroso de se abordar. Entretanto, quando estamos nos referindo às guerras, geralmente os que apenas seguem as ordens são os menos culpáveis dos atos infelizes. Embora, isso não signifique que estão isentos de responsabilidade perante o que praticam. Afinal, temos os livre-arbítrio e todos podem escolher o que fazer, ainda que hajam consequências. Há pouco tempo, uma película cinematográfica mostrou a história de um soldado americano que se recusou a pegar numa arma desde seu treinamento até chegar à guerra em solo japonês, quando da 2ª guerra Mundial. Para isso, sofreu represálias, escárnio e até mesmo diversas formas de tortura corporal e moral. Ainda assim, teve forç...
Leia mais