Sofrimentos Voluntários

 

Sofrimentos Voluntários

(L.E.) 726. Se os sofrimentos deste mundo nos elevam pela maneira que os suportamos, elevam-nos, também, aqueles que criamos voluntariamente?

Os únicos sofrimentos que elevam são os sofrimentos naturais, porque eles vêm de Deus. Os sofrimentos voluntários não servem para nada quando eles nada fazem para o bem de outrem. Crês que aqueles que abreviam sua vida nos rigores sobre-humanos, como fazem os bonzos e os faquires e certos fanáticos de várias seitas, avançam em seu caminho? Por que, antes, não trabalha para o bem de seus semelhantes? Que eles vistam o indigente, consolem o que chora, trabalhem por aquele que está enfermo, sofram privações para o alívio dos infelizes, então sua vida será útil e agradável a Deus. Quando, nos sofrimentos voluntários que padecem, não tem em vista senão a si mesmos, é de egoísmo; quando sofrem pelos outros, é de caridade: tais são os preceitos do Cristo.

Sofrer voluntariamente é um direito de cada ser humano, pois Deus nos facultou do livre-arbítrio, ou seja, o livre poder de escolher suas ações presentes e futuras.

Entretanto, Deus, em momento algum, deseja o nosso sofrimento. Então, porque há tanto sofrimento no mundo?

Infantilmente, muitos de nós, não raramente colocamos a culpa no Criador. Culpa essa que pertence exatamente a nós mesmos. Por termos o livre-arbítrio, nós escolhemos passar por um caminho bom ou ruim. É claro que apenas a livre escolha não explica os sofrimentos, mas também outra das leis divinas: causa e efeito, ação e reação!

Aquele ou aquela que trilha o bom caminho, provavelmente terá benefícios na caminhada. Do contrário, terá dificuldades, sofrimentos.

Por que então, muitos que fazem o bem sofrem? Simplesmente, porque provavelmente fazem o bem agora, mas num passado mais ou menos distante, não o fizeram, e pela lei de causa e efeito, estão colhendo os efeitos, de forma minimizada, por conta do anúncio feito por Jesus: “um gesto de amor, cobre uma multidão de pecados”! Felizmente não colhemos o mesmo sofrimento que causamos. Provavelmente não suportaríamos.

Há ainda o sofrimento como provação. Sim, há o sofrimento em que não é por conta de uma colheita passada, mas um pedido de aprendizagem feito por nós mesmos. Afinal, nenhum de nós pode saber tudo. Entretanto, buscando a sabedoria divina, percebe-se que algumas dificuldades marcam mais o espírito e ensinam verdadeiramente.

O problema da evolução do espírito não é sofrer, mas saber sofrer quando este momento chegar. E também saber sorrir quando a felicidade vier. Deus não é um juiz a nos julgar.

Por fim, sofrer é bom, desde que haja utilidade verdadeira. Sofrer por sofrer não é inteligente e não auxilia em nossa evolução! Pouco ou nada se aprende. Então para quê autoflagelar-se? Sofrer por algo que não vale a pena, ou qualquer outro motivo? Se pudermos sempre escolher, que escolhamos seguir em frente, mesmo que doa, tudo passará! Sofrer deve ser encarado apenas como aprendizado, oportunidade de crescimento, mais do que isso, adoece o espírito!

Efésio, o humílimo servidor do Pai – 22.01.18

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