Sentindo a Humildade

Não é fácil meus amigos. Estar aqui neste plano depois de anos de lutas e esforços pretensos para o bem.
Estive como vocês na lide espírita, nos estudos, nas palestras, nos trabalhos assistenciais e procurei ser bom pai, bom filho, bom irmão, bom esposo, bom amigo... Sinceramente muitos me consideram realmente que fui bom. Têm recordações felizes de meu ser. Muitas foram as preces que recebi, graças a Deus. Contudo, não agradei a todos, longe disso.
Sem querer eu infelizmente prejudiquei alguns, pisei nos sentimentos de outros...
Desconsiderei tantos irmãos de caminhada que passaram despercebidos em horas comuns do meu dia. Oportunidades que tive e foram deixadas para trás por que achava que não tinha como fazer nada naquele momento... Mas na verdade podia... Desculpava a mim mesmo dizendo “estou ocupado, sem tempo, já ajudo os outros no centro e em outras atividades”.
E sabe o que é pior? Muitas vezes nem dedicava uns segundos para rezar por aqueles que agi de forma egoísta e não parei um pouco, não dei um pouco de atenção quando podia. Entretanto, pasmem... Só rezar ainda é pouco. Não são os mentores que falam isso para mim, mas minha própria consciência. É difícil chegar aqui e admitir...
Na verdade, comecei a admitir todas estas faltas já no leito de desencarne... Quando vim para este lado sendo recolhido e amparado com carinho... Mesmo tendo a oportunidade de ter todo o sentimento bom para meu coração, toda assistência destes amigos espirituais... Mesmo com tudo isso, um sentimento de vazio tomou conta de meu coração... Não foi fácil reconhecer que não consegui fazer tudo que deveria. Na terra ainda sou considerado uma boa pessoa, mas para meu íntimo, faltou-me muito, pois percebi que o egoísmo e o orgulho ainda tomam conta de meu ser.
Caso eu possa deixar algo para vocês é apenas a minha história, meu relato humilde que agora sinto e necessito. Quem sabe auxiliem vocês a sempre estarem atentos a fazer o máximo que puderem pelos outros, sem descuidar da família e dos amigos. Tarefa difícil, mas recompensadora.
Obrigado! Wallison de Sousa – 23.04.13, psicografado por Jerônimo Marques.

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