Esclarecendo Dúvidas: Liberdade Absoluta e Evolução da Arte
A
liberdade absoluta contribui na evolução da arte?
A liberdade é expressão do ser da mesma
forma que a arte. Juntas, podem construir belas imagens, emoções sinceras e
sublimes! Entretanto, quando mal direcionadas podem ser a derrocada das almas
invigilantes e infantis, que ainda não compreendem a finalidade da vida, muito
menos a necessidade de evolução para Deus1!
A liberdade é essencial para a evolução
da arte, mas apenas quando bem direcionada2.
Quando é útil, saudável, bela de sentir-se. A liberdade absoluta inexiste no
sentido que se deve haver um direcionamento para qualquer ação que se pense ou
faça, e o artista deve considerar os limites de sua obra!
Quantos são os artistas que exaltam o
belo para fins úteis perante a criação? Quantos são os que utilizam destas
belezas para incentivar a degradação dos valores morais3?
A liberdade deturpada utilizada por uma
arte que abusa das Leis Divinas não é livre. Condena-se a ela mesma, pois se
cria uma necessidade consciencial de que há algo equivocado e que deve ser
reparado4.
Exemplifiquemos. O corpo humano é de beleza
incomensurável! Entretanto, quantas são as manifestações artísticas que o
utilizam para incentivar a sensualidade, a pornografia, o desrespeito com o
próprio corpo não apenas no sentido sexual, mas na glutonaria, na vaidade, no
orgulho entre outros “desvalores” que só encaminham os admiradores e executores
destas artes aos vícios?
A liberdade absoluta que leva o homem a
exaltar os instintos que devem ser educados é perniciosa. Contudo, nada impede
o artista a utilizá-la. Entretanto, a arte evolui com a evolução do espírito.
Confundir liberdade de expressão com expressões infames, que deprimem a alma
como um todo é erro comum no aprendizado humano. Mas à medida que se conhece
mais do Universo, de Deus, essa confusão deve diminuir até se extinguir, naturalmente5.
A humanidade alcançará, um dia, a
liberdade absoluta de escolher o melhor caminho perante a arte. Isso ocorrerá
quando o homem tiver adquirido os valores sagrados do espírito perante as Leis
Divinas, pois não se pensará em desvios de conduta, mas em acertos para
acentuar a evolução individual e coletiva.
A arte utilizará da liberdade absoluta
dos justos! Esses procurarão utilizar a arte como meio maravilhoso de
aprendizado rumo ao Criador!
Portanto, a liberdade absoluta existirá
quando o espírito conquistar por méritos a evolução necessária para utilizá-la.
Antes disso, o absoluto pode ser comprometedor tanto para arte quanto para o
artista6, e é por isso
que existem os limites impostos pela sabedoria da Lei de Ação e Reação!
1 – “[...] É fato observado que o verdadeiro artista, o
artista enamorado do ideal da perfeição no Belo, ou gênio, e não apenas o
artista mercenário, jamais carrega perversidade nos próprios atos. Naturalmente
bondosos, parece que a comunhão constante com o Belo isenta-os da prática de
perversões contra o próximo [...]. Pois tudo indica que a Arte tanto empolga e
arrebata o seu cultor que frequentemente o aparta dos caminhos da redenção, ou
do amor a Deus e ao próximo.” (PEREIRA, Yvone A. Devassando o Invisível. 3. ed.
Rio de Janeiro: FEB, 2009)
2 - “A liberdade sem a fraternidade é rédea solta a todas as
más paixões, que desde então ficam sem freio: com a fraternidade, o homem
nenhum mau uso faz da sua liberdade.” (KARDEC, Allan. Obras Póstumas. São
Paulo, IDE, 2010)
3 – “O artista dispõe
de mais amplos recursos da inteligência; todavia, com eles... Se
desequilibrado, favorece a loucura. Se corrompido, estende a viciação. Se
enobrecido e generoso, surgirá sempre como esteio à virtude.” (EMMANUEL. Seara
dos Médiuns. 19. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010)
4 - “Que
fazes, portanto, dos talentos preciosos que repousam em teu coração, em tuas
mãos e no teu caminho? Vela por tua própria tarefa no bem, diante do Eterno,
porque chegará o momento em que o Poder Divino te pedirá: - ‘Dá conta de tua
administração’.” (EMMANUEL. Fonte Viva. 36. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008)
5 - “A caridade e o estudo nobre, a fé e o bom ânimo, o
otimismo e o trabalho, a arte e a meditação construtiva constituem temas
renovadores, cujo mérito não será lícito esquecer, na reabilitação de nossas
ideias e, consequentemente, de nossos destinos.” (LUIZ, André. Ação e Reação.
Rio de Janeiro: FEB, 2013)
6 - “[...] O grande desgosto que os acompanha quando
reconhecem que, no estado de encarnação, arrebatados pela Arte, esqueceram os
caminhos luminosos conducentes à redenção espiritual, o que nos leva à
conclusão de que a Arte, por si só, não redime ou santifica o artista. Ele
necessitará, além dela, do cultivo do amor a Deus e ao próximo [...].”
(PEREIRA, Yvone A. Devassando o Invisível. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009)
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