Esclarecendo Dúvidas: Esquecimento do Passado e Liberdade de Criação

O esquecimento do passado prejudica o artista a ter uma maior liberdade de criação?
É importante destacar que o esquecimento do passado não tem o objetivo de limitar a liberdade de criação, a não ser que este espírito necessite de tal limitação1, conforme a Parábola dos Talentos contada por Jesus.
Do contrário não há motivos para afirmar que o esquecimento do passado prejudica a criação do artista. Até porque, caso ele tenha em sua programação reencarnatória um compromisso em torno da arte, seja ele qual for, com toda certeza esse espírito terá se preparado no plano espiritual2. Através de cursos, atividades, trabalhos, estudos que voltem suas capacidades e talentos em determinada área artística em prol do bem.
Durante o período reencarnatório o que foi aprendido no plano espiritual não será esquecido, pois a própria programação de vida lhe dará todas as condições necessárias para que ele direcione sua encarnação para o planejado3. Conquanto, a realização destes planos dependerá de sua vontade e perseverança, mesmo quando vierem os problemas, as dificuldades o desanimarem e o sofrimento lhe tirar as forças nesta direção. Deve perseverar e assim, vencer!
Desta forma, o esquecimento do passado não atrapalha em nada o artista. Pelo contrário, por vezes o auxilia a não cometer os mesmos equívocos cometidos em outras oportunidades em que pode ter falhado em semelhante situação ou prova. Quantos são aqueles que pensam: “Seria bom esquecer tudo e recomeçar do zero. Caso pudesse voltar atrás faria tudo diferente!”.
Portanto, a encarnação e o esquecimento do passado servem exatamente para isso: recomeçar e escrever uma nova história pelos trilhos do bem!
Jesair e amiGOS – 09.08.13, psicografado por Jerônimo Marques.
1 – “220 – Em mudando de corpo, podem perder-se certas faculdades intelectuais, deixando-se de ter, por exemplo, o gosto pelas artes?
Sim, conspurcou-se essa inteligência ou se fez dela um mau emprego. Ademais, uma faculdade pode permanecer adormecida durante uma existência, porque o Espírito veio para exercitar uma outra que com ela não tem relação; então, aquela fica em estado latente para ressurgir mais tarde.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182ª.ed. São Paulo: IDE, 2009)
2 – “[...] Os artistas da Renascença constituíram, devo vos dizer, uma plêiade inspirada por um número não menor de grandes artistas do espaço. [...]. Após terem vivido na Grécia, no Egito e em Roma, retornaram ao espaço. Lá seus conhecimentos se ampliaram, adquiriram um brilho, uma aparência particular e, quando reencarnaram, deixaram o paganismo para celebrar, em todos os domínios, a glória de Deus, da qual eles tinham se impregnado durante sua última passagem nas esferas celestes.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1. ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
3 - “218 – O Espírito encarnado conserva algum traço das percepções que teve e dos conhecimentos que adquiriu nas suas existências anteriores?

Resta-lhe uma vaga lembrança que lhe dá o que se chama de ideias inatas. [...]. Os conhecimentos adquiridos em cada existência não se perdem. Libertado da matéria, o Espírito os conserva. Durante a encarnação, ele pode esquecê-los em parte momentaneamente, mas a intuição que deles guarda ajuda o seu adiantamento. Sem isso, deveria sempre recomeçar. O Espírito parte, em cada nova existência, do ponto em que chegou na existência anterior.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182ª.ed. São Paulo: IDE, 2009)

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