Um Novo Olhar

Um sentimento pobre
Que insiste em não se afastar
Do coração que é rico ou desvalido
Enérgico ou sem qualquer sentido.
Juliano Coimbra era um enfermeiro
Daqueles que cuidavam de pessoas idosas
Em idade avançada e pouco grata...
Era tido como homem grande e bobalhão
Devido ao andar desengonçado,
Jeito mole e descompensado...
Grande e desalinhado...
Era um homem grande,
Principalmente de coração!
Foi quando um dia chegou a um lar
De um idoso inválido,
De coração endurecido!
Além de alto, gordo e desengonçado...
Juliano Coimbra era lento...
Nos gestos e pensares!
O que provocava irritações
Ao velho Genaro... Severo e impaciente!
Destratava o Coimbra sem razão...
Às vezes por pura diversão!
Só que Juliano era alma boa,
Paciente e caridosa...
Via nos gestos do vovô...
Um grito de socorro
Diante da solidão eminente e prática
Do fim de sua vida tão agitada.
Era o velho um pântano...
E Juliano uma bela flor,
Que nasce ali mesmo...
Na tristeza e impaciência, na dor!
Foram anos de dedicação!
Noites sem dormir, sem férias e quase sem família...
Juliano tinha tanto carinho pelo velho Genaro,
Que nos últimos dias
O velho não queria mais ninguém ao lado.
Rendera-se ao amor abnegado
De um empregado...
Juliano recebia seu ordenado
Todos meses... Contudo, fora ele que mais havia doado
Naquela relação profissional...
O cliente virou amigo,
E o prestador de serviços...
Virou o anjo protetor,
Alegre e inovador!
Quem não esperava por esse fim...
Comece a pensar no que é caridade,
Gesto de humildade,
Que não se encontra apenas no caminho da voluntariedade...
Mas nas boas intenções e doações de gestos, carinhos com humildade!
E também doação!
Mesmo na oficina de trabalho material...
Oficina de sentimento fenomenal:
O Amor Universal!
Tenhamos mais Julianos Coimbras
Nos trabalhos do mundo!
E este se transformará no jardim do Éden
Perdido nas eras remotas
Da evolução humana... Em todas as eras!


Sodré, o ritmista na lição da paciência e humildade extremas! 23.09.13, psicografado por Jerônimo Marques.

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