Esclarecendo Dúvidas: Relações de Justiça Entre os Artistas e a Arte
Qual
é a relação de justiça entre os artistas de diferentes níveis técnicos e fama?
É justo haver esta distinção?
Sempre é uma relação relativa1. Explicamo-nos! Existem
condições infindáveis para o artista retornar ao mundo material, para tal
dependerá dos méritos e deméritos adquiridos. As conquistas mundanas geralmente
contam de forma negativa para o espírito, enquanto as perdas materiais são louros
na espiritualidade, transformando-se em conquistas evolutivas2!
Além disso, cada espírito adquire um
nível de conhecimento moral e técnico de uma ou mais artes de forma gradual.
Geralmente estagia por diversas encarnações para se tornar um gênio da arte3. Assim, a justiça entre os
diferentes níveis técnicos está realmente no interesse, na vontade, no mérito
da dedicação realizada por eles perante a arte que é mostrada ao mundo. Tudo
vem do esforço, do crescimento interior.
A mágica da vida é a dedicação com amor
perante o aprendizado, seja ele qual for! Cabe destacar, que há também a
questão da prova e da expiação4.
O passado interfere no hoje que resultará no amanhã.
Quanto à fama, há ainda a questão do
livre-arbítrio5. O que na
maioria das vezes é um fardo pesado a quem a escolhe! Outras vezes, mesmo desviando-se de um planejamento,
escolhendo a fama, o artista pode aproveitar a prova e utilizá-la para o bem.
Observai os exemplos desta natureza em vossa sociedade. São uma minoria, mas em quantidade suficiente para acreditar na humanidade e num mundo
melhor6!
Enfim, é óbvio que existe justiça nesta
diferenciação. Fomos criados simples e ignorantes e detentores do
livre-arbítrio. Cabe recordar que cada escolha tem suas consequências, é justo
que haja esta distinção entre os artistas nos mais variados níveis técnicos e
morais. Afinal, artistas são seres humanos, que apenas são mais visados por
exporem os seus sentimentos através da arte! Há sempre justiça no Universo,
mesmo que pareça injusta aos olhos humanos.
Jesair e amiGOS – 13.09.13,
psicografado por Jerônimo Marques.
1 – “874
– Se a justiça é uma lei natural, como ocorre que os homens a entendam de
maneiras tão diferentes, e que um ache justo aquilo que parece injusto a outro?
- É que, frequentemente, aí misturam paixões
que alteram esse sentimento, como a maioria dos outros sentimentos naturais, e
fazem ver as coisas sob um falso ponto de vista.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182. ed. São Paulo:
Ide, 2009)
2 - “Nada
me impede, entretanto, de continuar como artista nas reencarnações vindouras,
pois não profanei as Artes nem cometi quaisquer deslizes nesse setor. Dependerá,
apenas, do meu livre-arbítrio. Mas, no momento, o que me preocupa mais é o
desejo de servir aos pequeninos e sofredores, aos quais nunca protegi. Em
minhas passadas existências, apenas servi aos grandes da Terra. Futuramente,
porém, será a vez dos humildes. E não desejo nem mesmo auferir proventos monetários,
pessoais, da Música. As Artes, em geral, deverão ser praticadas gratuitamente,
com amor e unção religiosa.” (PEREIRA, Yvone A.
Devassando o Invisível. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009)
3 – “163
– Pode alguém fazer-se artista tão-só pela educação especializada em uma existência?
- A
perfeição técnica, individual de um artista, bem como as suas mais notáveis características,
não constituem a resultante das atividades de uma vida, mas de experiências seculares
na Terra e na esfera espiritual, porquanto o gênio, em qualquer sentido, nas
manifestações artísticas mais diversas, é a síntese profunda de vidas
numerosas, em que a perseverança e o esforço se casaram para as mais brilhantes
florações da espontaneidade.” (EMMANUEL. O
Consolador. 28. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008)
4 – “A
felicidade real do Espírito culpado consiste no cumprimento exato da Lei de Ação
e Reação, que faz cada Espírito sofrer em si mesmo os danos causados ao próximo.
Expiações dolorosas, no hoje, redundarão em paz da consciência no amanhã,
quando sofremos dentro dos preceitos evangélicos. Nenhum Espírito caminhará para
frente, na senda do aperfeiçoamento espiritual, sem antes saldar suas dívidas
com a Justiça Divina.” (BARCELOS, Walter. Sexo e Evolução. 3. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2005)
5 - “264
– O que dirige o Espírito na escolha das provas que quer suportar?
- Ele escolhe as que podem ser para ele
uma expiação, segundo a natureza de suas faltas, e o faça avançar mais
rapidamente. Alguns se impõem uma vida de misérias e privações para tentar
suportá-la com coragem. Outros querem se experimentar nas tentações da fortuna
e do poder, bem mais perigosas pelo abuso e mau uso que delas se pode fazer, e
pelas más paixões que desenvolvem. Outros, enfim, querem experimentar-se pelas
lutas que devem sustentar ao contato do vício.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182. ed. São Paulo:
Ide, 2009)
6 – “A pura intelectualidade, desacompanhada de princípios
excelentes, que somente as verdadeiras qualidades do coração produzem, assim
como a Arte, por si só, com o séquito da vaidade, do orgulho, da falta de boa
moral, não permitem a ascensão do seu cultor aos planos rutilantes do Belo,
existentes no Além. O que equivale a asseverar que nenhuma conquista feliz, no
Além-Túmulo, será possível sem a renovação do Espírito, ou seja, a sua
re-educação moral.” (PEREIRA, Yvone A. Devassando o Invisível. 3. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2009)
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