Nova Oportunidade
Diante de várias oportunidades que tive
na Terra insisti em cometer os mesmos erros. Fracassei pelo poder e o abuso de
autoridade, concedidos por Deus a fim que eu auxiliasse o progresso moral e
intelectual dos irmãos em humanidade, além da minha própria evolução.
Nas diversas reencarnações fui
sacerdote, comandante de legiões e exércitos, político influente, líder
espiritual por diversas vezes. Atuei como artista aclamado, homem de negócios e
até professor. A beleza também me foi conferida e mal aproveitada.
Quantas e quantas vezes retornei a
pátria espiritual e só então percebia os erros cometidos. Pedia perdão, chorava
e ganhava nova oportunidade. Não sei por que o Senhor permitiu as minhas
diversas reencarnações como uma pessoa influente em alguma área da vida humana.
Certo dia, meu amigo e mentor
esclareceu-me sobre tal questionamento. Ele apresentou-me um pensamento que
surtiu mais efeito do que o próprio arrependimento: “- Você recebeu tantas
bênçãos porque Deus confia no seu potencial de influenciar as pessoas para o
bem comum através de seu magnetismo pessoal!”
Nada mais disse e nem precisava... Eu
preferiria que tivesse dito que Deus havia me oferecido oportunidades não
merecidas, mesmo sabendo de um possível desvio do caminho reto. Optaria em
ouvir que eu havia ganhado um presente do Eterno e não ofereci a devida importância
e agora não poderia reclamar das oportunidades... Mas não! Ele colocou
corretamente a responsabilidade sobre meus ombros... Tudo o que aparentei ser através
das “máscaras” eu poderia ter sido realmente de coração. Só que deveria ter
aproveitado as chances...
Deveria ter sido um bom líder
espiritual, não só falando e aconselhando, mas exemplificando! Um bom político
não apenas com palavras, mas com ações pelo e para o bem da comunidade a qual administrei,
essa que via em mim um raio de esperança... Deveria ter sido um bom artista levando
luz e reflexões belas, positivas e educativas ao espírito da humanidade em vez
de influenciar aos sentimentos negativos, aos vícios morais das almas ainda tão
infantis e a procura de guias de conduta na vida eterna...
Deveria ter sido um bom comerciante,
honesto e que em vez de acumular tesouros onde as traças corroem, poderia ter
reunido bens do espírito imortal. Poderia ter oferecido oportunidades de
emprego e de vida melhor aos irmãos que me pediram auxílio. Poderia ter sido um
bom professor da vida e não fui... Nunca tive tal interesse! Desperdicei cada
chance. Infelizmente, foram desculpas pálidas à própria consciência, voz de
Deus em minha alma.
Hoje me preparo novamente para o
retorno ao plano material. Estarei amparado pelos amigos da Pátria Espiritual.
Tenho ciência de meus dotes intelectuais, mas confesso que me falta muito
moralmente. Espero que meus genitores me auxiliem a conduzir no caminho do bem,
da disciplina, da honestidade, do respeito, do esforço do trabalho honesto e
para o bem comum e não pessoal.
Regressarei com o foco na evolução
moral... Serei médium que lutará para ser disciplinado e honesto. Serei
evangelizador a fim de promover a auto-evangelização. Serei novamente
professor, e trabalharei com arte... Duas grandes responsabilidades de condução
ao espírito imortal para que possam refletir de forma lúdica para o bem maior
que é o amor em Deus!
Enfim... Serão muitas responsabilidades
novamente e tudo isso avalizado por Deus e os amigos da espiritualidade. Mas
hoje, pela primeira vez reconheço o medo de fracassar. Peço que orem por mim, para
não falhar uma vez mais perante os compromissos assumidos... Que assim seja!
Hebert – 17.12.13, psicografado por
Jerônimo Marques.
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