A Chaga

 

A Chaga

(L.E.) 707. Os meios de existência, frequentemente, fazem falta a certos indivíduos, mesmo em meio à abundância que os cerca; a que se deve atribuir isso?

Ao egoísmo dos homens, que não fazem sempre o que devem; depois, e o mais frequentemente, a eles mesmos. Procurai e encontrareis, estas palavras não querem dizer que basta olhar a terra para encontrar o que se deseja, mas que é preciso procura-lo com ardor e perseverança, e não com fraqueza, sem se deixar desencorajar pelos obstáculos que, frequentemente, não são senão meios de pôs à prova vossa constância, vossa paciência e vossa firmeza.

A humanidade até então tem lutado muito em busca de uma felicidade baseada nos bens materiais. As posses, as riquezas e o poder tem sido a tônica dos desejos humanos da maioria da população terrena, ainda no século XXI depois da vinda de nosso senhor Jesus Cristo.

Ele que veio há tanto tempo atrás para justamente demonstrar que não é mais importante um bem da matéria, do que um bem do espírito, uma virtude, ainda não foi compreendido pela maioria de nós.

Entretanto, é preciso que se deixe claro que Jesus não condenou a riqueza e os bens. Pelo contrário. Ele mesmo afirmou, “dai a César o que é de César e a Deus o que é Deus” num claro ensino de que devemos viver no mundo com as coisas do mundo, mas sem esquecer do Criador e das virtudes a serem desenvolvidas por nós.

Ele, o maior de nós, não poderia condenar os bens do mundo, as tecnologias que avançam a todo instante para a melhoria da vida de todo planeta, mesmo que inicialmente, só os privilegiados detentores de dinheiro e poder tenham acesso. Aos poucos as tecnologias vão sendo popularizadas e compartilhadas com todos, embora o processo seja demorado, muitas vezes...

Mas o que acontece com tantos que tem posses, poderes e o que mais puderem ter no mundo, e que tantos gostariam de ter o mesmo, e ainda assim, não serem felizes?

O que acontece aos que não tem a posse, mas possuem inteligência e capacidade de transformar os recursos à sua volta, através da sua inteligência, trabalho, esforços, naquilo que necessitam e ainda assim não logram fazê-lo?

O que acontece com a humanidade quem tem tudo nas mãos para se tornar um mundo avançado e solidário, mas ainda insiste na aparente e enganosa felicidade para poucos, os considerados privilegiados?

Acontece simplesmente que a mesma humanidade ainda não se curou da chaga do egoísmo que não consegue abrir os olhos de ninguém para o sofrimento do outro. Não consegue deixar com que o bem seja compartilhado... Ele, o egoísmo, que é irmão do orgulho. Este dá forças para a humanidade agir cada vez mais assim...

Pobre humanidade! Enquanto continuar com este pensamento e hábito leviano, doentio, continuará se apresentando perante as comunidades universais que lhe rodeiam e esperam o mínimo de civilidade, como porcos que estão se chafurdando na lama fétida acreditando estar tomando banho aromatizado e reconfortante... Mudemos em nós para quem sabe o outro ao lado mudar para melhor também!

Efésio, o humílimo servidor do Pai 

 

 

 

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