A Paz que Eu Quero

Milhares de mensagens, reflexões, pensamentos e falas da humanidade atual têm focado no tema da paz há décadas, mas a cada amanhecer tem sido comentado como se fosse um grito de socorro dos que desejam um pouco mais de tranquilidade para viver. A paz que eu quero pode não ser a mesma da qual luto por ela... Mas lutar? Pela paz? Não seria um contrassenso!?
Nem toda luta é armada, violenta, a qual elimina vidas. É preciso combater a favor da paz, sem prejudicar negativamente o próximo. É necessário eliminar o orgulho, egoísmo, ira, vaidade, ingratidão, ódio.
Será que lutamos realmente pela paz ou apenas desejamo-la sem ou quase nada fazer? Qual a paz que eu quero quando alguém me dirige um olhar estranho ou reprovador devido um ato que realizei. Busco manter a calma ou prefiro revidar o olhar repreensivo, seja com palavras, gestos infelizes, às vezes chegando a agressão física.
Qual a paz que eu quero quando vejo uma criança sem estudo, negligenciada pelos pais, pelo poder público e principalmente pela sociedade? Cruzo os braços, critico os genitores, as autoridades...? Menos eu....
Qual a paz que desejo quando torço por meu time? Incito a violência, uso palavras de baixo calão, provoco, ofendo em nome do jogo, do time e da torcida?
Qual a paz que eu quero quando vejo alguém sofrendo, seja qual for a situação e mesmo podendo auxiliar, apenas passo...? Às vezes até rezo, mas esqueço de estender a mão...
Qual é a paz que quero quando vejo outros povos da Terra se digladiando? Fico indiferente? Não faço nem sequer um momento de vibração em prol destes irmãos...
Qual é a paz que quero quando não respeito minha família, amigos, companheiros de estudo ou trabalho? Qual é a paz que quero?
A dos braços cruzados e palavras na ponta da língua ou da boca silenciosa, mas de braços ágeis que sempre estão prontos e auxiliam?

Efésio, o humílimo servidor do Pai – 08.08.14, psicografado por Jerônimo Marques.

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