Análise Íntima
Tenho necessidade de falar
sobre as minhas experiências no mundo a qual vivi e por Deus... Não esqueci,
infelizmente. Estive como vocês na carne, como espírita convicto...
Fui médium, participei desde
pequeno da evangelização levado por meus pais bondosos e atenciosos. Aliás,
posso dizer que fui muito bem orientado por eles. Depois passei de
evangelizando para evangelizador na mocidade a qual participei...
Tempos passados, acreditei
que estava na hora de deixar a evangelização infanto-juvenil a fim de desenvolver
a mediunidade. Fui palestrante, muito trabalhei em atividades de assistência
aos desvalidos, aos idosos, às crianças e a todo tipo de irmãos em desdita...
Mais do que isso, viajei
muito divulgando a doutrina. Participei e ministrei cursos por todo o país. Fui
e fiz muito, além de tudo, procurei formar uma bela família, baseando-me nos
princípios de Jesus.
Na carne acreditava-me um
verdadeiro trabalhador do Cristo! Tive meus méritos e graças a eles aqui estou para
vos relatar. Mas então, por que este tom de depoimento de dívidas, dificuldades
se fiz tudo isso na vida? Estudei e trabalhei em favor do próximo.
É justamente porque errei na
forma, na intenção, na metodologia do como fazer? Estudei e trabalhei tanto, entretanto
esqueci-me de burilar os vícios do espírito! A crítica azeda esteve sempre
presente! A maledicência não faltava um só dia... A reclamação sem motivo
estava sempre nos lábios ou nos pensamentos... Quando os companheiros não
aceitavam minhas opiniões com seus argumentos tão válidos quanto aos meus,
acabrunhava-me e sentia-me derrotado, como se o que importasse fosse apenas o
que eu pensava e não o que era melhor para o trabalho por Cristo!
Quando chamava a atenção,
faltava-me quase sempre a fraternidade com a desculpa de que deveria ser firme
e disciplinado, justificando a mim mesmo pela conduta de Jesus na porta do
templo de Jerusalém... Esquecendo que aquele foi um dos poucos casos em o qual ele
necessitou usar um rigor maior. Quase sempre esteve nos lábios do Mestre a
doçura, o perdão, a benevolência e sobretudo o amor!
Fui médium, palestrante,
dirigente, evangelizador, pai, tio, e tudo mais que muitos aqui são e ainda
serão... Mas não consegui desencarnar com a consciência tranquila, pois meus
vícios morais ficaram camuflados sem serem burilados, lapidados como deveria...
Caso eu possa deixar algum
conselho diria: analisem suas intenções enquanto trabalhadores da seara do
Cristo. De quase nada serve estudar e trabalhar pelo próximo sem lapidar e
renovar a si mesmo. Pensem nisso! Obrigado pela caridade em me ouvir...
Irmão José Martins –
21.10.14, psicografado por Jerônimo Marques
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