Estenda as Mãos

É na seriedade de um trabalho que se começa uma possível e verdadeira realidade: mudar-se constantemente e evoluir por todo o sempre.
Palácio um menino bom e ingênuo. Perdeu-se em poucos anos pela preguiça, falta de orientação e muita liberdade em casa. A cabeça vazia não lhe promoveu saúde. Vida? Muito menos! Desperdiçou-a, nos descaminhos dos vícios aparentes e bem reais. Pouca orientação e ainda menos exemplos positivos foram modelando e traçando objetivos, personalidade algo complicada, que se aliando ao histórico do indivíduo de outras existências, quase nada bom ficava...
Assim, com o tempo, brigas, revoltas e discussões, por vezes até normais na adolescência, tomaram proporções insuportáveis na idade de jovem-adulto. Culminou então com a saída de casa por escolha própria. Embora fosse sempre bem sensato e econômico com o dinheiro da mesada que recebia... As poucas moedas e notas duraram poucos dias e logo veio o encontro com a rua e seus perigos constantes.
Voltar para casa? O orgulho não deixou e esse o encaminhou rapidamente para a verdade das ruas... Quanta dificuldade, fome, tristeza disfarçada em sorrisos pobres, amarelados, velhos e até adoecidos...?
O vício moral se transformou em material... Do cigarro comum para a maconha... Da cerveja para a pinga... Da preguiça para a falta de higiene combinada com a falta de dinheiro a fim de comprar o necessário. Da falta de dinheiro, o roubo, o crime por vias diversas...
Palácio que tinha a vontade de ser alguém na vida... Continuou sendo ele mesmo... Voltou para as ruas como em outras existências... Ainda não aprendera a lição do trabalho, da boa vontade, do amor a si mesmo e ao próximo, ao progresso!
Virou um mendigo como tantos outros. Muitas vezes apenado por estar sujo, desconsiderado pela sociedade que só vê cara, mas literalmente não vê coração. Sofreu! Apanhou bastante, humilhou-se muitas vezes para ter algo de comer e uma roupa mais quente para cobrir-se do frio...
E foi numa destas noites que recebeu o incentivo. Um lanche bom, bebida quente, roupa e coberta aconchegante. Comeu, bebeu e se cobriu... Mas principalmente ouviu palavras fervorosas que mexeram na sua essência, proporcionando-lhe profundas reflexões. Não mais dormiu e nem descansou até encontrar uma nova chance. Viu que o orgulho só lhe atrapalhava...
Voltou aos seus entes queridos... Pediu perdão humildemente... Solicitou nova chance e os que o amavam lhe deram... Esforçou-se e concluiu seus estudos, passou por tratamentos de desintoxicação, arrumou emprego... Conheceu uma jovem e com ela se casou. Teve filhos e consciente os educou com bons exemplos, sempre frisando os anos tristes e sombrios acompanhados somente pelas drogas e homens desconhecidos.
Assim como fora um dia ajudado, procurou auxiliar com alegria, anonimamente, contudo sobriamente ao lado de alguns poucos amigos.  Era hora de retribuir e deixar para trás o homem velho “inaugurando” o homem novo!
Assim, Palácio chegou ao fim da vida feliz, embora ciente que deveria ainda recuperar no caminho do bem as dívidas assumidas quando a revolta e dor permeavam o seu coração! Ao Pai pediu nova chance para encaminhar outras almas errantes como ele. Tarefa difícil, mas que sabemos ser ele capaz!  Agora? É hora de cuidar, pedir, agradecer, orar e as mãos sempre estender!

Wellington – 08.09.14, psicografada por Jerônimo Marques.

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