Gesto Sublime
Um dia eu fui...
Saí de casa para não mais voltar,
Pois necessitava de amparo do ar...
Suspirando pensamentos de amor
Para os necessitados compartilhar!
Um dia despi-me de corpo e alma,
Esquecendo os títulos e posses
Em favor dos pequeninos
E esquecidos deste mundo...
Ou daquele pedacinho de mundo,
Que eu conhecia até então...
Um dia saí do lugar
E parei de olhar para mim
Observando no horizonte
Rostos encovados,
Mães chorosas,
Crianças sem lar,
Pais para cuidar!
Um dia ouvi o chamado
Que parecia estar dentro de mim...
Para ajudar o próximo
Não importasse quem fosse...
Onde quer que estivesse,
Com quem andasse
E o que tivesse feito...
Um dia, decidi parar de pensar,
Sonhar e meditar...
Passei a executar
Em nome do Cristo
O amor ensinado
Pelo Crucificado!
Fui e servi!
Amei e andei como pude...
Vesti-me com o necessário,
Alimentei-me o suficiente,
Mas doei tudo que tinha,
Principalmente o pouco amor
Que aos poucos crescia em mim....
À medida que eu doava mais
Do meu ser em nome dos que me procuravam
Como a última esperança
De ter conforto e carinho
Como se o próprio Cristo ali estivesse!
Servi então!
Até o fim de meus dias
Sem reclamar ou parar,
Descansar ou conquistar bens...
Apenas corações sem senões...
Ainda hoje continuo servindo,
Amando e despertando do rico ao pobre,
Do negro ao branco, amarelo ou
vermelho...
Do velho ao novo...
A todos indistintamente...
Pois eu sou e sempre serei... A caridade!
Sodré,
o ritmista procurando lembrar que ela, a caridade nunca desiste, mesmo que
parece tarde... – 05.12.14, psicografado por Jerônimo Marques.
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