Do Branco Cinza ao Negro Alegre

 

Do Branco Cinza Ao Negro Alegre

Era um menino negro

Que nasceu numa fazenda

Onde as energias e o clima

Eram de cores cinzas...

 

Independente disso,

Belarmino que não tinha apelido

Nem mesmo um segundo nome sabido

Era um negrinho inteligente e polido!

 

Embora o coronel da fazenda

Fosse homem duro e inflexível

Sem saber porquê

Se ligou a Belarmino...

 

Juvêncio, o coronel

Não entendia como poderia amar

Um negrinho como Belarmino

Que o encantava ao infinito.

 

Deste amor crescente

Surgiram ideias descentes

Estimuladas pelo menino

Ainda adolescente...

 

Com o tempo

O coronel Juvêncio

Acabou com a escravidão

Nas suas terras que iam ao fim

Daquela imensidão...

 

As cores antes cinzas

Passaram a colorir

Como as cores do arco-íris

A sempre divertir!

 

O coronel, antes duro

Agora era outro homem

Alegre e humano

Amigo de todos

Principalmente dos seus ex-escravos...

 

Mais do que isso,

Ganhou um filho

Encontrou uma esposa,

A própria mãe de Belarmino!

 

Assim, descobriu

Que a vida lhe sorriu

Sacudindo suas crenças

De que uma raça deveria servir

Apenas por ser de uma cor de pele diferente...

 

Hoje, já de volta à matéria

Na pele de um negro sapeca

Tem a missão de levantar a bandeira

De que somos todos iguais!

 

Já Belarmino, agora irmão e amigo

Estará ao seu lado,

Lutando mais e mais pelo mesmo objetivo!

Continuando os laços de amizade

De tantas vidas!

Em que foram companheiros, amigos

Irmãos, pai e filhos sempre unidos!

Sodré, o ritmista compartilhando uma história tão bonita – 05.04.20

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