Força
Força
(L.E.)
820. A fraqueza física da mulher não a coloca naturalmente sob dependência do
homem?
Deus
a uns deu a força, para protegerem o fraco e não para escravizarem.
Deus
apropriou a organização de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar. Tendo
dado à mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade,
em relação com a delicadeza das funções maternais e com a fraqueza dos seres
confiados aos seus cuidados.
Na época em que foi ditada esta resposta dos espíritos, eles a fizerem
de acordo com o contexto da sociedade vigente de então.
Embora estivessem em pleno século do despertar das ciências, havia
ainda toda uma cultura enraizada na sociedade de que as mulheres eram
responsáveis pelos serviços domésticos, por cuidarem das crianças e do marido
que estaria fora para ganhar o pão material. Ela seria aquela que daria o
suporte moral, emocional e de acolhimento do lar.
Assim, ainda considerando a fisiologia de que o homem num aspecto
geral tem uma força física maior que a da mulher, esta por sua vez, em toda a
história humana sempre foi mais sensível aos sentimentos. Isto devido também a
questão natural, fisiológica da maternidade.
Contudo, tenhamos a certeza que, se esta mesma pergunta fosse
realizada na atualidade, provavelmente os espíritos superiores fizessem alguns
ajustes e complementos a resposta dada.
Talvez o primeiro deles seria de que a questão da força citada,
seria apenas força física e ainda assim, há um número considerável de mulheres
fisicamente fortes, mais fortes que muitos homens, devido ao seu esforço para
assim estarem.
O segundo ponto é que a força pode ser uma força moral, em que sua
personalidade se impõe de forma positiva ou não, sobre os outros. E isso
independe de sexo.
Diante de todo preconceito, racismo, misoginia enfrentado pelas
mulheres, elas têm conquistado seu espaço na sociedade, e essa conquista não
terá limites, pois é da vontade do Criador que os direitos e deveres dos homens
e das mulheres sejam mais equitativos à medida que a humanidade avança. Para
cada vez mais, andarem de mãos dadas.
Excetuando-se a gestação, a amamentação, não há o porquê das
mulheres terem a exclusividade de dever sobre a criação dos rebentos. Os homens
podem e devem assumir o seu papel de pais, na paternidade e ainda assim,
continuarem provendo o lar, já que é o que as mulheres já fazem há algum tempo.
Ou, para aqueles que se sentirem bem assim, os homens podem exercer este papel
de “cuidar”, enquanto a mulher exerce o papel de “prover”. Enfim, as
possibilidades são inúmeras e devem perder qualquer tipo de máscara de
preconceito.
Lembremos que estamos viajando pelas trilhas das encarnações, ora
em corpos masculinos, ora em corpos femininos. A força que temos é construída
com o acúmulo destas experiências passadas e presentes. Mas o principal foco de
nossas atenções não deve ser a força adquirida em si, mas o que faremos de útil
com ela?
Efésio, o humílimo servidor do Pai – 20.02.20
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