Fatalidade
A
Fatalidade
851. Há uma fatalidade nos acontecimentos da vida, segundo o
sentido ligado a essa palavra; quer dizer, todos os acontecimentos são
predeterminados, e nesse caso em que se torna o livre arbítrio? — A fatalidade não
existe senão para a escolha feita pelo Espírito, ao encarnar-se, de sofrer esta
ou aquela prova; ao escolhê-la, ele traça para si mesmo uma espécie de destino,
que é a própria consequência da posição em que se encontra. Falo das provas de
natureza física, porque, no tocante às provas morais e às tentações, o
Espírito, conservando o seu livre arbítrio sobre o bem e o mal, é sempre senhor
de ceder ou resistir. Um bom Espírito, ao vê-lo fraquejar, pode correr em seu
auxílio, mas não pode influir sobre ele a ponto de subjugar-lhe a vontade. Um
Espírito mau, ou seja, inferior, ao lhe mostrar ou exagerar um perigo físico
pode abalá-lo e assustá-lo, mas a vontade do Espírito encarnado não fica por
isso menos livre de qualquer entrave.
A Fatalidade na
vida só existe no sentido de que temos a certeza absoluta de que um dia a vida
corporal termina e a morte da matéria chega para todos nós.
Contudo, não temos
como saber se desencarnaremos cedo ou tarde, de forma trágica, por doença ou naturalmente, nem mesmo se será amanhã ou depois, ou num
dia longínquo....
A Fatalidade tem
sido utilizada na humanidade há muito tempo para tentar explicar sem muita
lógica, os acontecimentos da vida, principalmente os negativos... Como há muitos
que desconsideram a questão da reencarnação, das vidas sucessivas, precisam de algo,
de alguma teoria que pudesse explicar tais acontecimentos, explicar a morte, a
má sorte e até mesmo o boa sorte de uns.
Contudo, acreditar
na Fatalidade é desacreditar em Deus e na sua bondade e justiça! Pois se há
fatalidade, o livre-arbítrio inexiste! Não teríamos com a fatalidade, o direito
de escolher nossos caminhos, pois tudo já estaria determinado e desta
maneira, nada do que eu ou você
fizéssemos, mudaria a determinação fatal
de um ou de vários acontecimentos...
Portanto, embora devamos respeitar, aceitar quem
acredita nas fatalidades, devemos ao mesmo tempo buscar raciocinar com bom senso. A Fatalidade é uma interpretação
equivocada das leis divinas que tira a responsabilidade do espírito sobre seus
próprios atos. Agora é hora de assumir
responsabilidades e não fugir, para que a nova humanidade surja com as virtudes
exaltadas pelo Mestre Nazareno!
Obrigado!
Efésio, o humílimo servidor do pai-
26.06.20
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