A Arte da Paixão

 

Arte da Paixão

A arte tem sempre um papel de ligar e despertar, e também iluminar, com certeza ampliar, provocar, ensinar, mostrar, e todo tipo de ação que trouxer ao ser a vontade de criar, executar e tudo mais que pensar...

Neste pensamento solto, quero aqui compartilhar, um enredo singular.

Terêncio era amigo de Eusébio. Os dois tinham em comum a paixão por Isabela, moça nobre de sentimentos e bela de alma e corpo.

Os dois sabiam despertar o melhor do outro sensibilizando quem os via pela arte que praticavam. O primeiro, poeta de mão cheia, o segundo grande escritor e compositor.

Numa certa noite descobriram que a além das letras possuíam em comum a mesma paixão pela mulher amada. Amiga de infância, que sempre os inspirara o melhor de si mesmos.

A bela musa, porém, não os via de modo algum como pretendentes, e sim como amigos confidentes.

Os dois então, combinaram que dali pra frente duelariam com a arte que possuíam para conquistar a bela dama quando possível. Quem a conquistasse com a honra e com a arte, seria digno do coração da amada e o outro abençoaria pela arte que praticava, a união daquele que a tivesse conquistado.

Começou então uma batalha diferente. Onde a mulher, a musa era então exaltada. A princípio, de forma tímida, os dois conquistaram, cada um com sua forma, seu jeito e personalidade, admiradores de suas obras que eram estímulos ao amor contemplativo e subjetivo...

Em momentos de plena sintonia, conseguiram captar de gênios da escrita em prosa ou poesia, belas peças que não só homenageavam a amada, mas também o amor em mais pura alçada!

Infelizmente, os resultados almejados não vinham e assim, os dois começaram a mudar os métodos e a forma. Passando a evocar diretamente a musa desejada.

Inicialmente, ela até se sentiu grata e exaltada. Porém, com o tempo foi constrangida pelos apupos quase obsessivos dos dois amigos, que a esta altura, já não eram mais tão próximos.

Com o tempo, e o desconforto aumentando a níveis extremos, a bela dama não tiveram mais, assim como os amigos deixaram de ser... O desequilíbrio surgiu, a sintonia caiu, as trevas vieram pela invigilância de todas as partes... Por fim... A tragédia surgiu com a loucura da pobre Isabela que num surto jogou-se nas águas de famoso rio da história humana...

Com a dor, os dois amigos, agora oponentes se acusaram primeiros com farpas de tintas, para depois chegarem ao duelo de fato... E ato consumado, os dois pereceram no débil ato...

Triste a história deste enredo, isso é fato... O que prova que a arte é grande instrumento, isso é exato. Conquanto, quando mal direcionada, provoca dores insuportáveis e com agravantes que deixarão cicatrizes de difícil trato! Tenhamos consciência, meus amigos da arte, que ela tem grande poder e depende de como você a utiliza! A responsabilidade de usá-la é incontestável, se para o bem, amém, se para o mau.... Recomeçaremos!

Jesair Pedinte e amiGOS 

 

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