Gênio Falho
Gênio Falho...
No
cérebro e no coração está o segredo para balancear o gênio do artista. Amaro
era um rapaz muito talentoso para diversas artes na vida. Desde cedo tivera
contato com vários artistas, já que seu pai era grande admirador da arte do
mundo. Viajara para outros países com os genitores visitando museus e obras
belíssimas.
Apresentava
talentos para desenhar, pintar, escrever e cantar. Aos poucos também percebeu a
facilidade para interpretar. Tudo o que muitos artistas desejam ter em
potencial. Parecia ter nascido feito para aquilo...
Desde
cedo, destaque em todas as artes que buscara exercitar. Ultimamente se
interessara mais pela música, além de cantar, passou a tocar diversos
instrumentos com facilidade e pouco tempo de treino e aprendizado.
Chegou
em sua juventude sendo sempre admirado. Mas tinha o sonho de ser reconhecido
pelo público, se tornar uma celebridade. Fazer e acontecer. Ser amado e até
invejado!
Entretanto,
por mais que tentasse, algo sempre o afastava deste sonho. Algo sempre dava
errado. E com pouco tempo viu que por mais talentoso que fosse, era preciso
estar na regra do “jogo” da arte no mundo. A arte das grandes massas, nem
sempre é a mais bela e sintonizada com o alto. Aliás, na maioria das vezes não!
Sintonizava-se
Amaro com os mais diversos espíritos da arte trazendo ideias belíssimas. Mas
com o tempo e a falta de resultados que ele gostaria, começou a suprimir essas
ideias. Desconsiderá-las por não levá-lo ao sonho tão almejado!
Amaro
desgostou-se com o seu próprio talento... Não compreendeu o que a vida queria
dele. Não quis ser um mensageiro, um mestre das artes. O tempo foi passando, as
oportunidades foram diminuindo e sua vontade no campo da arte foi se esvaindo.
Muitas ideias e oportunidades foram deixadas para trás. Muitos projetos que
adviriam com esse trabalho não saíram do campo das ideias que tentavam ser
inspiradas à Amaro, sem sucesso algum.
No
final das contas, seus amigos espirituais e anjos da arte, gênios da humanidade
que trabalhariam com nosso amigo, o deixaram à mercê da própria sorte. Seu
amigo e mentor espiritual, aflito, ainda tentou direcioná-lo ao bom caminho, ao
trabalho anônimo em prol da humanidade, nas comunidades e no meio em que vivia,
mas nosso amigo não se animou a mudar de ânimo.
Assim,
não como castigo, mas pela necessidade de resgatar débitos que poderiam ser
resgatados pela lei de amor e trabalho em favor do outro utilizando a arte como
ferramenta libertadora de mentes fechadas e infelizes, nosso amigo acabou
sofrendo com a dor de um acidente que o impossibilitou fisicamente de tocar,
cantar, escrever, interpretar... Perdeu movimentos, desfigurou-lhe a beleza
física que tanto amava em si mesmo... Passou da confiança e harmonia interior
para a revolta plena...
Viveu
mais de meio século e retornou por um outro acidente, agora no coração, causado
pela revolta inflexível, a falta de vontade de viver e buscar superar a si
mesmo. Voltou a este plano, com seu planejamento intacto. Nada cumpriu... Agora
começa a reconhecer que falhou e que terá que recomeçar... Infelizmente, com
muito mais dificuldades e dores, mas quem sabe, por isso mesmo, agora ele se
motive melhor para fazer dar certo.
As
oportunidades de servir são infindáveis, basta aproveitarmos! A arte é só mais
uma delas!
Jesair
Pedinte e amiGOS
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