Esclarecendo Dúvidas: A Prece Auxilia na Arte?

No que a prece pode auxiliar nos trabalhos artísticos voltados para o bem?
Primeiramente, a título de recordação, a prece é uma conversa com Deus em que a criatura aproxima-se do Criador1 podendo louvar, pedir e agradecer.
Louvar é adorar! Conforme mencionado anteriormente, a arte pode ser uma forma de adorar a Deus. Consequentemente, a prece pode ser uma manifestação da arte! Aliás, quantas peças, músicas, poesias dentre outras formas artísticas exaltam a Deus em forma de oração2? Conquanto, este seja um preâmbulo interessante para refletir, voltemos à pergunta. A prece pode e auxilia muitíssimo os trabalhos de arte voltados ao bem! Como isso pode ser realizado? De várias maneiras!
Quando vamos iniciar uma atividade artística podemos e devemos realizar uma prece pedindo a Deus e seus prepostos que inspiram a arte divina para abençoar o local3 em que a atividade será realizada. Nisto, as energias deletérias são isoladas pelos irmãos de limpeza e proteção, que são encarregados de manter a sintonia e vigilância. Diante desta atitude fica mais fácil, ocorrem menos impedimentos e dificuldades, para os espíritos amigos do belo e do bom aproximarem-se daqueles que se dispõem a trabalhar em parceria4, seja por via mediúnica direta ou apenas intuitiva, que é a mais comum! Essa etapa acontece com mais intensidade nos momentos de criação!
Entretanto, como toda arte, por mais que tenha sido considerada “finalizada” está em constante aperfeiçoamento, tal processo ocorre com frequência. Pode-se apenas mudar a intensidade, principalmente no início da criação, pois há mais trabalho a se realizar. A prece auxilia então o equilíbrio dos pensamentos5, da sintonia individual e coletiva,  pois sempre há mais de uma pessoa envolvida na criação e execução do trabalho artístico, seja ele qual for.
A prece afasta os irmãos infelizes que buscam deturpar e alterar mensagens de educação e crescimento coletivo6. Mais do que isso, ela os encaminha para reiniciar a caminhada de volta, pois isolando suas ações negativas, os conserva por perto a fim de que estes irmãos possam procurar observar com atenção o trabalho sério voltado para o bem e assim, começar seu retorno ao caminho reto rumo ao Criador!
Destarte, é de suma importância a seriedade em todas as etapas da criação e nos ensaios, quando se refere às artes cênicas e musicais principalmente, mas não de forma exclusiva.
A prece desacelera o ritmo cardíaco e aguça a atenção dos sentidos. Ela abre os canais mediúnicos, ou melhor, os chakras7. Num segundo momento, quando já sintonizados com os amigos espirituais, muitos deles artistas desencarnados que agora contribuem para uma arte que eleva os sentimentos, aproximam-se e inspiram8 a criação e auxiliam na melhoria das capacidades artísticas inerentes daquele que busca o processo criativo ou executa para um fim maior, a arte do bem.
Sendo assim, o sistema simpático começa a dominar suas ações no organismo físico e perispiritual, partindo do segundo para depois alcançar os efeitos no primeiro. O artista fica mais alerto, sua circulação sanguínea aumenta principalmente na área cerebral a fim de facilitar as sinapses acelerando o número de pensamentos recebidos ou estimulados para aqueles artistas que são intuídos ou médiuns conscientes, ou em casos específicos, acelera-se a região do chackra trabalhado e do membro do corpo que executará o trabalho artístico, quando o artista atua como médium semi-mecânico ou mecânico.
Por exemplo, um pintor poderá receber uma espécie de energia potencializadora na região dos chakras coronário e frontal que se irradiará para os olhos e braços, mãos, ou em alguns casos em que existe uma deficiência física, na boca, nos pés, ou seja, a parte do corpo que irá executar a ação artística e seus devidos chakras e parte nervosa que está ligada diretamente a esta execução.
Uma “onda benéfica” invade o artista que cria muitas vezes com um certo “frenesi”, no sentido de que a ação flui rápida e harmoniosamente! Um estado alterado e contagiante! Aos olhos de um leigo, talvez seja até apavorante. Por vezes, assemelha-se a pequenas “convulsões”, termo a título apenas de comparação, em áreas específicas a fim de colaborar com a atividade artística.
Quando o trabalho é coletivo9, as energias de todos aqueles são sintonizadas com a prece. Por isso, muitas vezes, mais de um tem as mesmas ideias de criação, pois que todos estão naquela faixa vibratória. É muito importante orar em todas as ocasiões, mas no trabalho coletivo, ainda se faz mais necessário!
A prece só tem efeitos benéficos para quem a usa com o objetivo sincero de construir e realizar a arte do bem! Conquanto, lembremos que ela deve ser sincera e seguida de ações positivas, caso contrário, será como âncoras jogadas para o alto. Sobem quase nada e descem rápida e desastrosamente!
A prece deve ser realizada antes, durante e depois de qualquer atividade10, qualquer trabalho com arte! Antes para pedir sintonia, agradecer a oportunidade de estar realizando cada atividade na educação do espírito através arte! Durante para manter o equilíbrio, ou reencontrá-lo diante dos imprevistos e situações estressantes que possivelmente o artista presencia e atravessa no caminho da arte divina! Por fim, depois, para agradecer o amparo, a proteção e ainda obter forças para analisar sinceramente o resultado dos seus esforços!
Aqueles que desejam transformar-se em artistas do bom e do belo, consequência do homem de bem, devem sempre ter a prece como uma das principais aliadas no decorrer do seu caminho evolutivo.
Obrigado! Jesair e amiGOS – 14.09.12
1 – “659 – Qual é o caráter geral da prece? A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele, aproximar-se dele e colocar-se em comunicação com ele. Pela prece pode-se propor três coisas: louvar, pedir e agradecer.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182.ed. São Paulo: IDE, 2009)
2 – “[...] A prece, que se exercita de múltiplas formas, através não somente de palavras, mas de pensamentos elevados, de trabalho no bem, de serviço digno ao semelhante, é a busca constante de Deus.” (_______. Tempo de Transição. Prefácio de Francisco Thiesen. 2.ed. Rio de Janeiro: FEB, 1990)
3 - “A prece tem um outro papel importantíssimo, que é o de higienização do ambiente fluídico em que se encontra aquele que ora. No momento em que o precista passa a receber fluidos de qualidade superior, passa também à condição de repulsor dos fluidos inferiores do ambiente. Estes fluidos vão sendo progressivamente substituídos pelos fluidos de qualidade superior, que estão sendo recebidos. A prece representa, portanto, um benefício para todos os que nos cercam. É como uma lâmpada que acende e afasta as trevas.” (GURGEL, Luiz Carlos de M. O Passe Espírita. 5.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006)
4 – “Pela prece, o homem chama para si o concurso dos bons Espíritos, que vêm sustentá-lo nas suas boas resoluções, e inspirar-lhe bons pensamentos; adquire, assim a força moral necessária para vencer as dificuldades [...].” (KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 300.ed. São Paulo: IDE, 2004)
5 – “Quando o ser humano se aperceber das infinitas possibilidades de que dispõe através da oração, conceder-lhe-á mais atenção e cuidados. Força dinâmica, responsável pelo restabelecimento de energias, é constituída de vibrações específicas que penetram o orante, mantendo-lhe a vinculação com as Fontes Inexauríveis de onde procedem os recursos vitais. Em razão da intensidade e do hábito a que o indivíduo se permita, torna-se valioso instrumento para a conquista da paz e a preservação da alegria, nele instaurando um estado de receptividade permanente das vibrações superiores que se encontram espalhadas no Cosmo, preservando a saúde, gerando-lhe satisfação íntima e proporcionando-lhe inspiração nas mais variadas situações do caminho evolutivo.” (MIRANDA, Manoel Philomeno de. Sexo e Obsessão. Salvador: LEAL, 2002)
6 – “Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.  182. ed. São Paulo: IDE, 2009)
7 – “Palavra sânscrita que significa roda. Igualmente conhecida, em páli, como Chakka. [...] Centros vitais que se encontram em perfeito comando dos órgãos fundamentais da vida, espalhados na fisiologia somática, a saber: coronário, também identificado como a flor de mil pétalas, que assimila as energias divinas e comanda todos os demais, instalado na parte central do cérebro, qual santuário da vida superior – sede da mente -, responsável pelos processos da razão, da morfologia, do metabolismo geral, da estabilidade emocional e funcional da alma no caminho evolutivo; cerebral ou frontal, que se encarrega do sistema endocrínico, do sistema nervoso e do córtice cerebral, respondendo pela transformação dos neuroblastos em neurônios e comandando desde os neurônios às células efetoras; laríngeo, que controla os fenômenos da respiração e da fonação; cardíaco, que responde pela aparelhagem circulatória e pelo sistema emocional, sediado entre o externo e o coração; esplênico, que se responsabiliza pelo labor da aparelhagem hemática, controlando o surgimento e morte das hemácias, volume e atividade na manutenção da vida; gástrico, que conduz a digestão, assimilação e eliminação dos alimentos encarregados da manutenção do corpo; genésico, que dirige o santuário da reprodução e engendra recursos para o perfeito entrosamento dos seres na construção dos ideais de engrandecimento e beleza em que se movimenta a humanidade.” (ÂNGELIS, Joanna de. Estudos Espíritas. 7. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1999)
8 - “[...] A arte propicia a interação espiritual, com os canais superiores da vida, favorecendo a intuição. Consegue atingir caminhos que somente a razão não consegue alcançar. A arte pode nos levar a sentir vibrações sutis, ampliando nossa sensibilidade, favorecendo nossa sintonia com sentimentos elevados e nobres, com vibrações elevadas que estuam pelo universo de Deus. A arte pode trabalhar com o intelecto e com o sentimento e, ao mesmo tempo, estimular a vontade para os níveis superiores da vida, auxiliando o desenvolvimento das potências do Espírito imortal, filho de Deus, que somos todos nós.” (ALVES, Walter Oliveira. O Teatro na Educação do Espírito. 1. Ed. São Paulo: IDE, 1999)
9 - Os homens reunidos por uma comunhão de pensamentos e de sentimentos têm mais forças para chamarem para si os bons espíritos. Ocorre o mesmo quando eles se reúnem para adorar a Deus. Não acrediteis, por isso, que a adoração particular seja menos boa, porque cada um pode adorar a Deus pensando nele.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182. ed. São Paulo: IDE, 2009)
10 – “Ora, ensinar uma prece para o início das reuniões significa recomendá-la, procedimento que é perfeitamente compreensível. Vimos do mundo externo, com a mente fortemente condicionada pelas muitas horas de vinculação às exigências da vida física, carecendo, portanto, de uma mudança de faixa vibratória a fim de reverter a sintonia do superficial para o profundo, intento que alcançaremos por meio da prece. Primeiro, faz-se uma leitura de curta duração como preparação e atividade de transição, para fixar a atenção e o interesse, e, em seguida, mergulha-se na oração com a alma vibrante e ungida. Imediatamente se estabelecerão contatos com os Planos mais altos da Vida, com os bons Espíritos encarregados de nos conduzir no trabalho de intercâmbio espiritual, eles que estarão em prece também.” (Projeto Manoel Philomeno de Miranda. Consciência e Mediunidade. Salvador: LEAL, 2003)

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