Esclarecendo Dúvidas - Ressignificando a Arte

Como transformar os conhecimentos mundanos da arte em conhecimentos iluminados que farão da arte atual, uma obra do bem?
Este é um novo trabalho para os que desejam transformar a arte acumulada na história humana, em arte divina, bela, útil ao crescimento da humanidade!
Não que nunca tenha havido arte divina na Terra. Basta observar principalmente o período clássico e renascentista e veremos quantas obras nas mais diversas modalidades artísticas foram inspiradas pelo Divino Amor de Deus sobre todos nós, componentes da humanidade terrena!
Conquanto, ainda é patente a falta de compromisso, principalmente no atual momento de transição terrena, em que a arte é banalizada1 e utilizada para fins apenas de divertimento, esquecendo-se muitas vezes o seu papel de educação e reflexão sobre a vida de forma integral!
Assim, diante de tudo isso, sendo inspirados a estimular essa mudança2, estamos aqui para propor essa revolução. Conquanto, que fique claro que nossa pretensão não é ideia isolada e única atualmente. Somos apenas mais uma pequena peça de uma engrenagem maior. Somos colaboradores e aprendizes interessados em auxiliar o Divino Amigo a mudar o que pensamos sobre a arte do mundo.
Somos como pequenas formigas carregando gotículas de água para aplacar o fogo que queima a floresta! Não estamos aqui reivindicando nada a não ser oportunidade de trabalhar em nome de Deus e contribuir com o progresso humano.
Esta revolução só será realizada por aqueles que já compreendem a necessidade de mudar os paradigmas do mundo materialista. Para isso, é preciso fazer uma auto avaliação sobre como começar e dar prosseguimento.
O que fazer então? Primeiramente, procurar se inteirar da arte e sua história como um todo. Como revolucionar algo que não se conhece? Que não se estuda3? Que não se pratica? Que não busca compreender e apreender seus conceitos, técnicas e evolução, assim como as tendências?
Segundo, é preciso estar seguro dos objetivos propostos. Transformar a arte mundana numa arte do bem4 de acordo com as Leis Divinas e não as leis ainda muito humanas, observando o princípio geral e universal: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.”
Trabalho árduo com certeza! E muito longo! Contudo, extremamente recompensador!
Terceiro, é preciso começar a aliar os dois conhecimentos5, ou ao menos os conhecimentos da arte de acordo com a história do mundo com este princípio geral e universal. Conquanto, é preciso se aprofundar neste princípio. É preciso procurar compreender as extensões das Leis Divinas6. Este material não está pronto e acabado e nem disponível com o foco na arte. Sendo assim, é preciso direcioná-lo, discuti-lo, revisá-lo, observá-lo, reinventá-lo, praticá-lo inúmeras vezes aperfeiçoando a nova teoria na prática diária!
Ressignificar a arte é trazer os conhecimentos e direcioná-los para o bem7. Seria simples se a humanidade ainda não pairasse na cristalização dos vícios morais. É preciso então fazer uma arte atrativa, bela, mas com os valores imortais do Criador!
Chega de “teatrinho”, de “musiquinha”, de “poeminha”, de “desenhinho” com conteúdo moral excelente, mas sem a beleza das obras observadas dia após dia nos meios de comunicação ou nas exposições do mundo. Chega de timidez e até preguiça de fazer mais, quando se pode fazer muito além!
O nosso papel de voluntários será de despertar o mundo para esta arte do bem! Despertando, iremos atrair olhares e curiosidades inclusive dos profissionais desta área que poderão ser úteis para expandir e realizar esta mudança para uma arte do bem! Precisamos “dar o pontapé inicial” com mais força de forma séria e comprometida!
Transformar a arte, limpando-a, iluminando-a com os Princípios Divinos exigirá muito trabalho, um trabalho digno de trazer os conhecimentos do mundo e utilizá-los para melhorar a qualidade de nossa arte espiritualizada, arte para o bem.
É pelo exemplo8 e pela boa vontade e seriedade que faremos belos trabalhos e atrairemos olhares tecnicamente capazes a fim de aliar o conhecimento do mundo ao conhecimento das Leis Divinas e transformar a arte em instrumento essencial para a evolução do mundo9, deixando para trás o papel apenas de divertimento, quando ela pode e será muito mais no futuro terreno!
Obrigado! Jesair e amiGOS – 07.09.12
1 – “[...] Em nossos dias, muito frequentemente a arte é aviltada, desviada do seu objetivo, escravizada por mesquinhas teorias de escola e, principalmente, considerada como um meio de chegar à fortuna, às honras terrestres. Emprega-se a arte para adular as más paixões, para superexcitar os sentidos, e assim faz-se da arte um meio de aviltamento. Quase todos aqueles que receberam a sagrada missão de conduzir as almas para o alto se eximiram dessa tarefa. Eles se tornaram culpados de um crime, recusando-se a instruir e a esclarecer sociedades, perpetuando a desordem moral e todos os males que se precipitam sobre a humanidade. [...] A verdadeira arte não procura os prazeres da mesa, da carne, e aqueles dos quais o espírito e o cérebro não participam.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1.ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
2 – “A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto. Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional. Na mente do ser encontra-se a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos. O indivíduo que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.” (ÂNGELIS, Joanna. Jesus e Vida.  1.ed. Salvador: LEAL, 2007)
3 – “O estudo, em qualquer campo onde se pretenda eficiência, é sempre exigência fundamental. Todo aquele que encara seu trabalho com dedicação e seriedade não pode abrir mão dele. Sempre há algo que se precisa aprender. [...]. Dedicação e estudo constituem os principais fatores para a realização de um bom trabalho.” (GURGEL, Luiz Carlos de M. O Passe Espírita. 5 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006)
4 - “Colaborar na cristianização da Arte, sempre que se lhe apresentar ocasião. A Arte deve ser o belo criando o bom. Repelir, sem crítica azeda, as expressões artísticas torturadas que exaltem a animalidade ou a extravagância. O trabalho artístico que trai a natureza nega a si próprio. Burilar incansavelmente as obras artísticas de qualquer gênero. Melhoria buscada, perfeição entrevistada. Preferir as composições artísticas de feitura espírita integral, preservando-se a pureza doutrinária. A Arte enobrecida estende o poder do amor. Examinar com antecedência as apresentações artísticas para as reuniões festivas nos arraiais espíritas, dosando-as e localizando-as segundo as condições das assembleias a que se destinem. A apresentação artística é como o ensinamento: deve obsesrvar condições e lugar. ‘E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.’ (Filipenses, 4:7).” (______. Arte e Espiritismo: Textos de Allan Kardec, André Luiz e Outros Autores. Rio de Janeiro: CELD, 1996)
5 – “O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita. No círculo acanhado do orbe terrestre, ambos são classificados como adiantamento moral e adiantamento intelectual, mas, como estamos examinando os valores propriamente do mundo, em particular, devemos reconhecer que ambos são imprescindíveis ao progresso, sendo justo, porém, considerar a superioridade do primeiro sobre o segundo, porquanto a parte intelectual sem a moral pode oferecer numerosas perspectivas de queda, na repetição das experiências, enquanto o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas.” (Emmanuel. O Consolador. 28. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008)
6 - “A época em que a fé religiosa era ardente e sincera é também aquela em que a Arte religiosa produziu as mais belas obras primas; o artista se identificava com o seu assunto, porque o via com olhos da alma e o compreendia; era o seu próprio pensamento que representava; mas a medida que a fé o deixou, o gênio inspirador partiu com ela. Não é, pois, de admirar se a Arte religiosa está hoje em plena decadência; não é talento que falta, é o sentimento. Dá-se o mesmo com o ideal em todas as coisas. As obras de Arte não cativam senão quando fazem pensar. Pode-se admirar o talento plástico do artista, mas ele não pode suscitar um pensamento que não existe em si; pinta um mundo que não vê, não sente nem compreende; assim, por vezes, cai no grotesco; sente-se que ele visa o efeito e empenhou-se a fazer algo novo, torturando a forma: eis tudo.” (______. Arte e Espiritismo: Textos de Allan Kardec, André Luiz e Outros Autores. Rio de Janeiro: CELD, 1996)
7 - “A pura intelectualidade, desacompanhada de princípios excelentes, que somente as verdadeiras qualidades do coração produzem, assim como a Arte, por si só, com o séquito da vaidade, do orgulho, da falta de boa moral, não permitem a ascensão do seu cultor aos planos rutilantes do Belo, existentes no Além. O que equivale a asseverar que nenhuma conquista feliz, no Além-Túmulo, será possível sem a renovação do Espírito, ou seja, a sua reeducação moral.” (PEREIRA, Yvone Amaral. Devassando o Invisível. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009)
8 – “[...] É o agente mais poderoso, na ordem moral, para despertar as almas adormecidas, tocando a mola que nelas existe e que lhes aciona as fibras sensíveis, em correspondência com o sentimento ou faculdade elevada que lhes cumpre desenvolver.” (AGUAROD, Angel. Grandes e Pequenos Problemas. 7.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006)
9 - “[...] A Arte, por sua vez, auxiliará a evolução do homem, elevando o espírito a patamares mais altos, na sensibilidade, na beleza, na harmonia, na virtude. [...] Não resta dúvida quanto à excelência da arte em geral, em particular na tarefa de evangelização sem seu profundo sentido de educação do espírito, no desenvolvimento gradual das potências do espírito.” (ALVES, Walter Oliveira. O Teatro na Educação do Espírito. 1. Ed. São Paulo: IDE, 1999)

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