Sempre Assim

 

Sempre Assim

Era o que eu afirmava a mim mesmo quando deixava algum espírito falar o que quisesse, fazer o que desse na telha. Para mim, médium que se dizia inconsciente, mas nem tanto, assim que o espírito se aproximava eu acreditava não ter mais responsabilidades sobre o meu corpo, sobre minha fala, meus atos.

Não raras vezes percebi a vontade do espírito em ser descortês, em utilizar palavras e termos de baixo calão. Não raras vezes via a vontade do espírito em chutar, esmurrar, estapear, se jogar ao chão... E sabe o que acontecia? Tudo o que o espírito queria.

Quando era chamado a atenção, ficava ofendido e dizia: “é sempre assim. Não falto ao trabalho, ofereço-me para ajudar e sou ainda questionado. Sou inconsciente, não tenho controle sobre mim”.

Em parte, era verdade, mas isso não significava que eu não pudesse amenizar os efeitos. Acomodei-me em minhas desculpas e passei a não estudar quase nada e quando estudava, nada se aplicava a meu ser, caso fosse algo para me disciplinar.

E fui assim, sempre assim... Indisciplinado! Joguei fora o talento que o Senhor me emprestou... Fui o servidor preguiçoso que nada faz e não multiplicou, apenas se acomodou...

Resultado? Fui lançado por minha consciência onde há trevas e ranger de dentes... Além disso, hoje percebi que minha indisciplina afastou outros médiuns que temeram agir igualmente e estimulou outros a não estudar, não se vigiar e muito menos a se aperfeiçoar, afastando-se das orientações de Jesus, reafirmadas por Kardec: “Amai-vos e instrui-vos”.

Não façam como eu! Deus os abençoe!

T.H. Vieira 

 


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