Divisão

O fim dos tempos... O tempo do fim... Crises... Catástrofes... Todo tipo de dificuldades materiais e morais. Resumindo, o momento de transição planetária tão anunciado por vozes do espírito e da matéria há milhares de anos, principalmente nas últimas décadas cresce e favorece a constatação da veracidade dos fatos.

Contudo, o mais importante não são os fatos em si, mas o nosso comportamento, a nossa visão e atuação perante tais acontecimentos. Há cerca de dois mil anos o Mestre pisou na matéria árida e seca da Terra. E ao nos referir desta maneira, não mencionamos apenas à constituição física do orbe, mas também e especificamente aos sentimentos nutridos e cultivados pela humanidade.

Há cerca de dois mil anos o Mestre veio trazer a divisão! Sim, a divisão do que é bom, belo, útil, justo, sereno, tranqüilo, perfeito, sincero, verdadeiro e amoroso do que é oposto a estes sentimentos e estados do ser. Não há um caminho do meio. Ele mesmo disse “não se pode servir a dois senhores”; “vá e não peques mais”; “a árvore boa produz bons frutos, a má não pode fazer omesmo”; “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim”; “vá, vende tudo que tens, dê aos pobres e depois vem e me segue”; “eu e o Pai somos um”!

Não resta dúvida que o Cristo materializou seu verbo entre nós. É inquestionável que dali em diante não há duvidas sobre o fato que o mundo foi dividido para todo o sempre! E a divisão não pode ser desfeita e nunca será apagada, pois está na mente, na consciência de cada ser humano que compõe esta humanidade! No cerne de cada ser, a consciência destas palavras está presente, mesmo naqueles que não são cristãos e nem mesmo conhecem o governador da Terra.

A palavra, o verbo de Cristo foi disseminado em várias línguas e culturas por outros missionários. As palavras usadas tiveram e têm o mesmo sentido das que Jesus utilizou. Talvez, nenhum dos outros irmãos tenham sido tão perfeitos como foi o Mestre, mas isto não invalida seus esforços e nem mesmo a divisão do que é bom e do que não é.

A divisão que se avista e se confirma a cada instante na história do mundo não pode ser interpretada como injustiça divina. O Pai não se utiliza de um sistema injusto, mas sim da lei sábia, amorosa e perfeitamente justa. Colhemos o que plantamos. Sendo assim, o mal tem sua colheita, caso não se plante nunca o amor. “Amor transforma uma multidão de pecados”. A lei é perfeita e a divisão dos que buscam segui-la dos que não se importam com ela é sábia.

De que lado estamos nós? Para onde queremos ir? Para a esquerda ou direita do Pai? Chegou a hora de escolher por conta própria o caminho. E para os que escolherem o caminho de Deus, haverá muito trabalho em favor de todos, inclusive os que escolherem o “outro lado”.

A divisão será apenas da morada, mas aos que têm coração a divisão é fortalecimento e apoio aos que não querem ter paz. Oremos e auxiliemos a cada minuto. Estejamos alertas e abertos pelo amor aos que se apartarem de nós! Obrigado!

Jesair Pedinte

18.05.11