Numa Estrada
O Sol raia no horizonte revelando pouco a pouco cada detalhe daquela face do mundo. Desde o menor dos seres cobertos pelo orvalho até o mais alto prédio construído pelos homens. Preguiçosamente o dia vai nascendo, a vida parece surgir e se movimentar.
Os sons antes bem espaçados e até raros começam a se confundir e criar uma sinfonia nem sempre agradável de se ouvir... Pessoas caminham nas ruas, calçadas e estradas, muitas delas preocupadas com o dia que se inicia, com as contas à pagar, com o trabalho, a escola, ou mesmo com o “nada” que fará durante o dia...
A cidade agita-se e o burburinho só cresce. Correria... Impaciência, desrespeitodas pequenas e das grandes coisas. “Ah, todo mundo faz, por que não posso também?”. “Ninguém está vendo”. “Estou atrasado”. “Ele merece por ter feito isso ou aquilo”.
Daí em diante os pensamentos antes calmos vão se agitando e transformam-se em ações sutis ou mais intensas que revelam o que é cultivado dentro de cada coração...Cresce uma corrente de energias negativas, de pensamentos desgovernados e doentes que atraem outros irmãos também doentes que se sentem vítimas e no direito de incentivar e passar adiante toda a raiva, toda mágoa represada sem olhar à quem se faz.
Não pensamos nós que poderia ser nosso pai, ou mesmo um irmão. Quem sabe até o amor de nossas vidas. “O que me importa se não conheço ou se não é alguém caro ao meu ser”?
Felizmenteno mesmo dia, em outra estrada de sintonia há outros de nós que pensamos diferentes. Cada detalhe do novo dia é um convite à reflexão e à prece. É um convite para os bons pensamentos e alegria interior. É um convite à gratidão para com o Pai por ter criado tudo o que nos permite viver e sobreviver.
Cada sorriso é um elogio correspondido com a mostra de dentes alvos, talvez nem tanto assim, mas a energia da alma que sorri é maravilhosa. E neste sorriso de bons pensamentos, aproximam-se aqueles que querem também ver alegria, bondade, respeito, compreensão e sabedoria.
É com o sorriso, o respeito e o bom senso que um destes recebem um gesto desagradável com paciência e entendimento de que aqueles que assim agiram estão doentes ou são apenas crianças com suas infantilidades, mas que são boas de coração. E a corrente negativa que se alastrava para por ali e se desfaz perante a corrente do bem que chega sem alarde, mas com muita paz e sabedoria! Daí em diante, os gestos antes agitados passam pela calmaria e harmonia onde quer que estes sigam.
Aprendamos todos nós. Somos responsáveis pelo bom ou mau dia que vivemos. Podemos ser agentes das correntes negativas, mas também podemos se quisermos ser agentes da estrada que leva às correntes do bem! Porque não escolher esta última?
Só temos a ganhar ao deixar de lado os nossos recalques e infelicidades. Melhor sermos incompreendidos no mundo do que verdugos agora e sofredores da vida eterna no futuro. Eduquemo-nos pedindo o auxílio dos que nos amam e nos querem bem. A luta vale a pena. Esta é a lei! Obrigado!
JesairPedinte – 20.05.11
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