O Aniversariante

Era noite estrelada em Belém quando uma explosão bela e suave de luz surgiu num ambiente humilde, singelo e pouco provável para um Mestre da espiritualidade nascer.
Luzes se expandiram até os recantos mais longínquos dos céus como a saudar e reverenciar o pequeno menino que ali nascia no mundo. Era Jesus que, em meio ao aconchego de seus pais, espíritos missionários e iluminados que deixaram sua luz escondida para que o farol do Divino Mestre iluminasse com alegria e justiça a toda humanidade!
Eis nosso cordeiro amoroso! Na espiritualidade uma visão estonteante e inimaginável aos parâmetros humanos! A estrela de Belém foi apenas um anúncio e farol como a indicar o caminho daquela estrela que desceu dos céus à Terra!
Milhares de anjos do Senhor faziam reverência e guarda de qualquer vibração negativa que pretendesse adentrar nas cercanias. Contudo, apenas as vibrações daquele nascituro sublime eram o suficiente para desintegrar qualquer treva! Mesmo assim, em sua humildade, pediu ao Pai que pudesse ser amparado por seus queridos amigos e guardiães do Universo!
Sua humildade contrastava com a beleza de sua realeza, daquele Reino dos Céus! Imensa fila de entidades magnânimas acorria com o objetivo de beijar a fronte do enviado e de seus pais que sorriam diante do esplendor daquele espetáculo sublime!
Difícil descrever tal cena... Não há palavras terrenas que possam ser utilizadas para refletir, seja palidamente, o que houve naquele momento ímpar do nascimento de Jesus! Vários príncipes siderais, ou governadores dos demais orbes do sistema solar estavam presentes em reverência ao Amigo Amado que exemplificava materialmente, a partir dali o Amor Presente de Deus! Queriam oferecer seus préstimos humildemente ao Senhor da Terra, mesmo que este não se sentisse maior do que os demais!
Os seus olhinhos pequenos na matéria fechados em sono reconfortador nos braços de Maria, vigiados por José, via com os olhos da alma e sorria a cada visita fraterna.
Entretanto, ao se desprender em desdobramento, não com sua aparência infantil, mas a do espírito imortal, pediu licença aos visitantes presentes para lhes falar ao coração:
- Seja feita a vontade de Meu Pai que está no céu! Agradeço-vos de coração por aqui estar trilhando e cumprindo com os deveres de um filho responsável diante das obras confiadas a nós! Entretanto, o júbilo que recebo de vocês, meus queridos amigos não pode ser pleno em nossos corações se não acolhermos nesse banquete de luz, aqueles que permanecem em trevas! Deixem que venham, pois desde já anuncio: Vim para os doentes e não para os sãos!
Assim que o Mestre anunciou sua intenção, as entidades doentes e viciadas se aproximaram de seu espírito, apenas o seu corpo e de seus pais foram isolados para não haver nenhum prejuízo de vibrações densas e infelizes ao repositório humano delicado e recém-vindo ao mundo.
Jesus então, como um pai passou as primeiras horas, ao lado de seus visitantes, acolhendo, aconselhando, conversando, curando, sorrindo e amando cada um daqueles seres em desdita espiritual. Eram os piores doentes da alma que existiam nas cercanias da região. Não satisfeito, o Mestre em desdobramento, após atender o último com alegria no olhar em comunhão com a plêiade de entidades sublimes, falou novamente:
- Meus amigos e irmãos! Peço a vós mais um pouco de amor e auxílio! Desejo descer às regiões úmbrias do orbe para saudar nossos queridos irmãos que insistem em se esconder da luz e anunciar que o reino do Amor finalmente chegou à Terra e que eu estarei pronto para servir a este reino até que o último destes irmãos retornem ao seio do Criador santificados pelo verdadeiro amor!
Assim, liderados pelo Mestre toda aquela caravana de luz adentrou nas entranhas da Terra descendo aos umbrais enegrecidos por vibrações pestilentas, insalubres e até insanas...  Apenas os guardiões celestes permaneceram para manter o foco de luzes santificadas protegendo aquela família que continha o maior tesouro dos céus!
Ao amanhecer, volta o Mestre com lágrimas de gratidão aos amigos siderais que aos poucos se despedem de Jesus emocionados e desejando o melhor naquela tarefa amarga que realizaria na Terra daquele tempo e que até hoje se estende carinhosamente! Os primeiros raios do Sol surgiram... Há quem diga que naquele dia, o sol brilhou com mais intensidade e beleza nunca antes vista e sentida... Foi uma saudação ao menino Jesus!
Séculos depois, a humanidade ainda relembra seu nascimento e o comemora simbolicamente na noite de Natal... Só esquecem de que antes de receber as bênçãos do Pai, Jesus procurou servir, doar. E nós? Seguiremos seu exemplo ou estaremos apenas seguindo-o nos lábios e não no coração?
Desejo que Jesus continue nos abençoando o coração! Obrigado!
Efésio, o humílimo servidor do Pai – 21.12.12, psicografado por Jerônimo Marques.

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