Esclarecendo Dúvidas: A Arte e a Lei de Conservação



Qual é a relação entre a arte e a Lei de Conservação?
Arte e Lei de Conservação. Aparentemente poderíamos pensar não haver grande relação. Enganam-se aqueles que assim raciocinam, pois se esquecem do Princípio Divino, no qual é imprescindível a evolução de tudo no universo. Esquecem-se ainda que na criação nada se perde, tudo se transforma, melhora e aperfeiçoa. Para isso, é necessário conservar o que de bom foi alcançado.
A Lei de Conservação é coerente com as demais, mas principalmente com a Lei de Evolução e Destruição. O que a destruição deixa para trás é conservado e melhorado1, e passa por um processo de evolução.
Então, o que a arte nos diz sobre a conservação? Muito! Muito além do que se imagina... A arte em primeiro lugar, sendo força co-criadora do Universo, ferramenta imprescindível à evolução universal conserva em si os Princípios Divinos2! Conserva o conceito do Criador do universo. Conserva a verdade absoluta de que somos a imagem e semelhança3 de Deus, como Jesus mesmo nos deixou claro em seus ensinos.
Ela permite que se exalte a conservação do princípio da vida universal: o espírito que sobrevive a morte do corpo, conservando-se intacto em sua plenitude os aprendizados acumulados4! Observemos a pequena história da própria humanidade. O que os artistas que bem representaram a arte bela, provinda de celestes paragens, através da inspiração direta ou indireta dos espíritos ligados ao aprendizado da arte universal do planeta Terra, deixaram de suas vidas para a posteridade da história humana?
Deixaram apenas sua forma de vida? Deixaram o registro de quantos filhos tiveram? Quantas refeições, banhos, respirações realizaram? Quantas casas tiveram? Quantas vezes disseram “obrigado”? Não! O que mais marcou em suas histórias para registrar na história do mundo, foram suas obras de arte ao lado do avanço científico que deixaram uma mensagem sublime de moral e/ou de intelectualidade!
Quem não se assombra com as obras da antiguidade que ainda se conservam na face atual do mundo? Qual é aquele que não se pergunta: como fizeram isto? Como poderiam ser tão hábeis e inteligentes naquela época, sem muitos recursos?
O que a arte e o artista podem deixar para a posteridade são suas benesses de beleza, intelectualidade e moral elevadas. É certo que algumas obras infelizes no conceito da moralidade ainda são lembradas... Mas apenas até o tempo em que a humanidade não crescer em amor, verdade e bondade. Quando isto se der, cairão no esquecimento pela indiferença e até vontade de apagar equívocos da face do mundo.
O que o artista pode deixar para a eternidade, o que ele pode conservar é sua obra para o bem! Não importa qual ramo da arte. Quando ela está em sintonia com os mentores que governam a evolução do mundo, suas obras permanecem longo tempo na face da história do mundo, inspirando valores do bem! Até que sejam superadas para um novo patamar de evolução!
A obra de arte fica para a posteridade, enquanto o corpo do artista se esvai e se transforma nas entranhas do mundo para servir de elemento vital para novas criações!
Podemos dizer que a arte conserva ainda a lucidez do homem, da verdade, da harmonia e beleza da criação! Conserva sentimentos divinos ao procurar reproduzi-los com a maior perfeição possível! A arte conserva o bom senso e, sobretudo o amor que ainda está engatinhando no entendimento atual dos seres humanos!
Obrigado! Jesair e amiGOS – 09.11.12, psicografado por Jerônimo Marques.
1 – “Mesmo sendo veículo de tragédias e sofrimentos, a destruição nunca está sozinha no ambiente tempestuoso em que expõe suas forças. Junto dela, a Natureza cercou-se de recursos de preservação e de conservação, para que as forças aparentemente descontroladas não chegassem antes da época necessária. [...]. Através do instinto de conservação, o homem traz a força necessária para manter-se em pé diante das provas. É a voz secreta que o adverte de que ainda há muito que fazer pelo seu adiantamento. É assim que o Pai harmoniza as forças opostas diante da realidade de suas manifestações.” (ABRANCHES, Carlos Augusto. Vozes do Espírito. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005)
2 – “[...] A arte é, para o ser humano, o chamado campo divino. Quanto mais um ser, por sua vontade e por seus atos, se aproxima de Deus, mais ele está apto a sentir os eflúvios e as vibrações divinas. Segundo sua evolução, essas vibrações se traduzirão por criações de virtudes, com a palavra virtude sendo tomada em um sentido bastante geral. Em minha consciência ela significa tudo o que é digno de ser amado. A arte, portanto, é um dos meios de se sentir a grandeza de Deus. Devemos agradecer ao Criador por nos deixar sempre em relação com ele, e temos que nos tornar cada vez mais dignos disso. É preciso venerar e amar a arte, porquanto, através da imensidão do espaço, ela é a mensageira da imortal irradiação e do movimento divino universal.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1. ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
3 – “Lembramos aqui que todo espírito emanado de Deus não possui somente uma centelha da inteligência divina, ele desfruta ainda de uma parcela do poder criador, poder que ele é chamado a manifestar mais e mais no decorrer da sua evolução, tanto nas encarnações planetárias quanto na vida do espaço.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1. ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
4 – “[...] Tendes artistas maravilhosos que criaram obras admiráveis em todos os domínios. Os artistas da Renascença constituíram, devo vos dizer, uma plêiade inspirada por um número não menor de grandes artistas do espaço. Esses artistas da Renascença haviam encontrado sua fonte criadora na Antiguidade grega e latina. Após terem vivido na Grécia, no Egito e em Roma, retornaram ao espaço. Lá seus conhecimentos se ampliaram, adquiriram um brilho, uma aparência particular e, quando reencarnaram, deixaram o paganismo para celebrar, em todos os domínios, a glória de Deus, da qual eles tinham se impregnado durante sua última passagem nas esferas celestes. Suas vidas anteriores sobre a Terra haviam sido consagradas a um trabalho de base, isto é, à preparação dessa pequena chama que devia ser como um dos pólos atrativos da essência divina. É por essa razão que a obra dos pintores, dos escultores e dos músicos dessa época tem essa cor de piedade, de doçura, de quietude [...].”(DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1. ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)

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