Caí e Agora me Levanto
Andava eu pelas ruas
Trocando as pernas
Uma após a outra...
Os passos eram vacilantes,
Trêmulos e inconstantes...
Tanto que cambaleava
Como um embriagado
Bem caracterizado...
O que era uma inverdade...
Apenas tropeçava aqui e ali
Devido aos pensamentos desgovernados,
Que me assaltavam constantemente...
Descobrira que tudo que eu pensava sobre mim,
Toda a inteligência e pompa que sempre achei
possuir...
Era na verdade uma máscara e capa frágil
Para esconder a verdade de meu ser...
Não estava preparado para reconhecer aquilo...
Passar por tudo que passei...
Dizem acertadamente que quanto mais alto,
Maior o tombo...
Realmente! Eu estava muito acima...
E o tombo foi gigantesco!
Inquestionável! Irretocável!
A máscara caíra, a capa se soltara,
O desespero me assumira!
Reconheci-me despreparado
Para amar! Para doar!
Não sabia praticá-los...
Muito menos recebê-los!
O tombo foi estrondoso!
Só que se quebraram as correntes,
E com brio na alma,
Vontade nos gestos
Recompus-me sem pompa e orgulho!
Apegando-me ao que de mais simples possuo!
Levantei-me!
E hoje recomeço minha caminhada,
Agora confiante de que sou alguém que necessita
De ensino e amparo para reparar os erros de outro
dia!
Sou frágil e reconheço
Que devo ser perseverante na agonia!
E tenho a ti, meu Deus, que alegria!
Sodré, o ritmista reerguendo-se da própria desdita
– 16.08.13, psicografado por Jerônimo Marques.
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