Esclarecendo Dúvidas: Dirigentes das Casas Espíritas e a Arte
Dentro
do movimento espírita atual, vários são os dirigentes e médiuns que não
consideram a arte como um trabalho. Por que isso acontece?
Falta de compreensão e mesmo ignorância
sobre este tipo de atividade. Como todas as outras, é um trabalho. Mas com suas
particularidades, o objeto de atuação sempre será a educação da alma imortal1!
Mas não vos preocupeis com tal
desconsideração. Aliás, esta tem um lado muito positivo, pois incentiva aos
trabalhadores da arte a fazê-la cada dia mais e com melhor qualidade! Essa é
uma característica muito forte da humanidade. Com a crítica, algumas vezes
justas, outras injustas, colocamo-nos em defesa daquilo que acreditamos ser o
certo e nos dedicamos com maior carinho e perseverança no que fazemos!
Outro motivo que incita este tipo de
acontecimento é a ausência de compromisso dos próprios trabalhadores da arte.
Ainda falta mais comprometimento, organização, preparo, estudo e muitas vezes
postura.
Quando nos referimos à postura é a de
levar a sério realmente o que se propõe a realizar. Não basta ter apenas boa
intenção. É preciso estudar2,
ter prática, tanto das Leis Divinas, quanto dos conhecimentos necessários para
que aquela arte trabalhada seja bem executada. Não basta apenas o amor sem o
conhecimento. O primeiro se torna limitado sem o segundo.
Quantos não são os grupos de arte do
movimento que dão todos os motivos do mundo para essas críticas? Simplesmente
por falta de uma postura comprometida com a verdade. A arte é sem dúvida um
trabalho magnífico3.
Kardec afirmou que a maior caridade
para com a Doutrina é a sua divulgação, e nada melhor para divulgá-la quando
essa estiver aliada aos bons exemplos4!
A arte toca as fibras mais recônditas do ser, desde que seja levada a sério! Hoje
a maioria dos encarnados que se dedicam à arte são jovens no corpo, que esses sejam
comprometidos com este ideal! Amanhã os jovens serão adultos e depois idosos.
Isto não significa que a arte deva ser abandonada, mas que cresça e tome forma
mais profunda, bela e boa.
Hoje, essa realidade está em transição
em muitos lugares, onde os dirigentes e médiuns têm se esforçado para adquirir a
postura mencionada. Percebe-se que diante de tal, às relações com esses e os
artistas está sendo edificado o respeito e a admiração, tendo até mesmo o apoio
que antes era quase inexistente.
Com o tempo e dedicação, ninguém mais
questionará que a arte é um trabalho importantíssimo para qualquer movimento,
principalmente aquele que se destina a educar as almas para Deus através do
amor! Perseveremos!
Obrigado! Jesair e amiGOS – 08.03.13, psicografado
por Jerônimo Marques.
1 - “[...] A Arte, por sua vez, auxiliará a evolução do
homem, elevando o espírito a patamares mais altos, na sensibilidade, na beleza,
na harmonia, na virtude. [...] Não resta dúvida quanto à excelência da arte em
geral, em particular na tarefa de evangelização sem seu profundo sentido de
educação do espírito, no desenvolvimento gradual das potências do espírito.”
(ALVES, Walter Oliveira. O Teatro na Educação do Espírito. 1. Ed. São Paulo:
IDE, 1999)
2 - “O estudo, em qualquer campo onde se pretenda eficiência,
é sempre exigência fundamental. Todo aquele que encara seu trabalho com
dedicação e seriedade não pode abrir mão dele. Sempre há algo que se precisa
aprender. [...]. Dedicação e estudo constituem os principais fatores para a
realização de um bom trabalho.” (GURGEL, Luiz Carlos de M. O Passe Espírita. 5
ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006)
3 – “Educar para a arte, com arte, pela arte, é, pois,
colocar o indivíduo em contato com as forças mais profundas de sua alma – é
trabalhar com camadas do inconsciente, é buscar o fio condutor que nos leva à
essência de cada um[...].” (INCONTRI, Dora. Meditações J. H Pestalozzi. 1.ed.
Bragança Paulista: Editora Comenius, 2009)
4 - “Não têm sido poucos os homens e as mulheres que se
reencarnaram nas fileiras da Doutrina Espírita, conduzindo altas
responsabilidades em torno da sua divulgação e vivência corretas. Nada
obstante, após alcançarem a notoriedade e mesmo certa responsabilidade no
Movimento, vêm tombando ante as facilidades [...], comprometendo-se gravemente
e gerando perturbação nos companheiros que, aturdidos, constatam que a sua não
era uma conduta exemplar, nem autêntica. [...] Normalmente compadeço-me desses
companheiros que permanecem equivocados, divulgando as notícias do Mundo
Espiritual, em que parecem não acreditar, já que se comportam de maneira
inadequada em torno da imortalidade da alma e da justiça das reencarnações.”
(MIRANDA, Manoel Philomeno de. Sexo e Obsessão. Salvador: Alvorada, 2002)
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