Esclarecendo Dúvidas: Arte e Lei de Destruição

Qual é a relação da Arte com a Lei de Destruição?
Extremamente íntima e importante! Ao contrário do que muitos podem imaginar, a arte necessita da destruição1 para surgir em sua plenitude de beleza e bondade perante as Leis Divinas!
Tudo que surge pela arte passa por um processo inicial de preparo e desconstrução, melhor dizendo, destruição! Exemplifiquemos: quando o ator recebe um papel para peça teatral. Ele deverá primeiramente desconstruir o seu jeito de ser para que adiante possa construir um personagem de acordo com as características2 presentes no roteiro.
Caso o ator tenha um perfil nervoso e o personagem seja de uma pessoa calma. Deverá primeiramente despojar-se daqueles sentimentos intensos que levam à explosão da raiva, das atitudes impensadas e procurar através de todo o processo de construção de personagem edificar uma nova personalidade, diferente da que possui em sua existência. Primeiro desconstrói para posteriormente definir seu personagem!
Assim acontece com praticamente toda técnica artística das inúmeras manifestações da arte. Poderíamos preencher várias laudas só exemplificando fatos e processos de construções artísticas. Em todas elas verificaríamos a importância da destruição em seus diversos aspectos que serve para o surgimento da arte nova e desejada!
A Lei de Destruição serve para regenerar, transformar algo em uma forma melhorada, superior3. Contudo, como somos humanos, seres falhos, nem sempre conseguimos ser agentes positivos desta transformação elevada principalmente na área artística.
Perante a arte, a Lei de Destruição cumpre o mesmo papel de regeneração e criação, transformação! O resumo conciso desta Lei seria a frase de Lavoisier:“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma4”. Essa transformação deve passar pelo processo de destruir o velho para surgir o novo!
Cabe destacar, que a destruição deve ter um objetivo claro, definido, preciso para que surja algo elevado. Quando se fala de arte, é preciso atrair os sentidos dos admiradores fazendo com que eles sintam-se integrados com a vida verdadeira, melhor se cumpre o papel da arte pelos seus agentes: os artistas!
Na arte, a Lei de Destruição é elemento essencial para sua evolução! Caso não a houvesse, a arte continuaria resumida apenas aos desenhos rupestres encontrados nas paredes das cavernas.
É preciso compreender que se a destruição trás medo, desorganização, tristeza, às vezes revolta, por outro lado, leva a humanidade à pensar em alternativas para superar o caos causado por ela! Leva à criação! E criar é a essência da arte!
Obrigado! Jesair e amiGOS! 05.04.13, psicografado por Jerônimo Marques.
1 – “É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar, porque o que chamais destruição não é senão uma transformação que tem por objetivo a renovação e melhoramento dos seres vivos.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. pg. 728, 182ª. Ed. São Paulo: IDE, 2009)
2 – “Sentir o que está interpretando é a parte mais importante do ator. Sentir é vibrar, e ao vibrar se cria um campo vibratório que atinge a plateia e a emociona. [...]. Ao atuar, o ator terá que utilizar de sua capacidade para recriar em si mesmo as características do personagem, assumindo atitudes e expressões das mais variadas.” (ALVES, Walter Oliveira. O Teatro: Na Educação do Espírito. 1ª. Ed. São Paulo: IDE, 1999)
3 - “[...] Passamos a compreender a Lei de Destruição como transformação, evolução e conservação recíproca dos seres vivos. A transformação serve à evolução ou ao aperfeiçoamento gradativo de todo ser vivo. A ausência da destruição – transformação, progresso - imobilizaria a Natureza; estacionaria a evolução; bloquearia o progresso das sociedades humanas. Resultaria num universo estacionário.” (LOBO, Ney. Estudos de Filosofia Social Espírita. pg. 728 a, 731,  5.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002)
4 -  “11 – Como devemos compreender a assertiva dos químicos: “Nada se cria, nada se perde”?
Em verdade, o espírito humano não cria a vida, atributo de Deus, fonte da criação infinita e incessante; contudo, se o homem não pode criar o fluido da vida, nada se perde da obra de Deus em torno dele, porque todas as substâncias se transformam na evolução para mais alto.” (EMMANUEL. O Consolador. 28ª.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008)

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