Esclarecendo Dúvidas: Artista e Trabalhos Violentos
O
que dizer das temáticas artísticas que apresentam todos os tipos de violências?
Qual a consequência para os artistas que incentivam através da arte os vícios
morais?
Esses artistas trabalham na contramão
do progresso. São responsáveis pelo desvio consciente ou não de milhares de
almas em
evolução. Principalmente daquelas que ainda não possuem muita
consciência da importância da moral para o crescimento do espírito. O uso da
arte é um ato de controle de forças potenciais de grande alcance no tempo e no
espaço1! Utilizá-la para
o incentivo dos vícios morais é um equívoco muito grave perante as Leis Divinas2.
A consequência será a colheita
obrigatória que não tardará3.
Talvez até demore aos olhos dos homens imediatistas, mas perante a vida eterna,
a colheita é breve e nunca falha! A sega produzirá grãos condizentes com a
plantação, trazendo inúmeras dificuldades aos responsáveis pelo equívoco
mencionado4.
As consequências podem ser penosas se
não forem redirecionadas ao bom caminho. Deus não quer punir e nem pune,
conquanto, somos responsáveis pelo que fazemos: de bom ou ruim. O Livro dos
Espíritos afirma: “a omissão do bem já é um mal5”, quanto mais dizer aos que incentivam o mal através
da influência da arte que acaba tocando mais os sentimentos do ser imortal?
Quantos não são os exemplos da história
recente ou longínqua da humanidade em que artistas utilizaram de sua arte para
incentivar comportamentos desequilibrados? Quantos jovens acreditaram que o
suicídio seria uma saída honrosa da vida através da leitura de romances, filmes
assistidos, uma apresentação teatral, poemas, músicas e outras formas de artes
deturpadas?
Quantas são as pessoas que acham até
normal roubar o que é do outro? Não há filmes que mostram seus protagonistas
roubando, matando, mentindo, enganando e ainda terminando a história bem? São
até considerados heróis... E ainda torcemos por aquele personagem fictício.
Muitos até conseguem distinguir a
ficção da realidade, mas quantos não estão preparados para isso e acabam
raciocinando que é normal agir de forma desvirtuada. Outros fazem por quererem
atrair a atenção para si, incentivados pelo que viram através de uma arte
depreciada.
Ainda assim é preciso discernimento
para separar os assuntos, pois as temáticas violentas e de vícios morais, não
impedem o artista do bem a trabalhá-las de forma positiva. Por exemplo,
utilizar tais temáticas para alertar o público sobre os perigos da vida e
educá-lo sobre a luz do cristianismo. Seja no plano material ou espiritual!
Este é o papel da arte! Educar o
espírito humano, abordando sim os temas citados, mas sempre apontando o caminho
rumo às Leis Divinas e ao amor fraternal! Este é o caminho! Usemos a arte para
abordar tudo que existe, mas quando falamos sobre os vícios que atrapalham o
homem a crescer, evoluir, direcionemos esta arte para conclusões benéficas e
edificantes à evolução moral do ser6!
Sejamos coerentes e trabalhemos pela arte do bem, e assim alcançaremos o reino
dos céus!
Jesair Pedinte e amiGOS! – 10.05.13,
psicografado por Jerônimo Marques.
1 – “A
arte, sob suas formas diversas é a expressão da beleza eterna, uma manifestação
da poderosa harmonia que o rege o Universo; é o raio de luz que vem do alto e
que dissipa as brumas, as obscuridades da matéria e nos faz entrever os planos
da vida superior. A arte é, por si mesma, plena de ensinamentos, de revelações,
de luz.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1.
ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
2 - “Companheiros
que, em muitas circunstâncias, se deixaram envenenar pelos olhos e pelos
ouvidos, comprometendo-se em vasta rede de criminalidade [...], imploram veículos
fisiológicos castigados por deficiências auditivas e visuais que lhes impeçam
recidivas desastrosas. Intelectuais e artistas que despedem sagrados recursos
do espírito na perversão dos sentimentos humanos, por intermédio da criação de
imagens menos dignas, rogam aparelhos cerebrais com inibições graves e
dolorosas para que, nas reflexões de temporário ostracismo, possam desenvolver
as esquecidas qualidades do coração.” (LUIZ, André. Ação e Reação. Rio de
Janeiro: FEB, 2013)
3 - “Alertara-nos
quanto à necessária renovação mental nos padrões do bem, destacando a necessidade
do estudo, para a assimilação do conhecimento superior, e do serviço ao próximo,
para a colheita de simpatia, sem os quais todos os caminhos da evolução surgem
complicados e difíceis de ser transitados. [...]. É indispensável compreendamos
que todo mal por nós praticado conscientemente expressa, de algum modo, lesa nossa
consciência e toda lesão dessa espécie determina distúrbio ou mutilação no
organismo que nos exterioriza o modo de ser. Em todos os planos do Universo,
somos espírito e manifestação, pensamento e forma.” (LUIZ, André. Ação e Reação.
Rio de Janeiro: FEB, 2013)
4 – “A
vida de artista na Terra facilita muitos desregramentos e abusos. Quando de
posse do corpo físico, a fama, o palco e os aplausos acabam por nublar a visão
espiritual, a visão das coisas tais como são. Na rede das ilusões que aqueles
elementos mundanos criam, perde-se contato com o verdadeiro sentido e propósito
da arte, que é relegado aos bastidores. Talvez, por isso, grande parte daqueles
cantores, bailarinos, músicos e demais espíritos que ali se apresentavam também
trouxessem em si graves problemas a serem resolvidos.” (INÁCIO, Ângelo. Faz
Parte do Meu Show. Contagem: Casa dos Espíritos Editora, 2004)
5 - “642
– Bastará não fazer o mal para ser agradável a Deus e assegurar sua posição
futura?
- Não, é preciso fazer o bem no limite de suas
forças, porque cada um responderá por todo mal que resulte do bem que não haja
feito.” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182. ed. São Paulo: IDE,
2009)
6 - “A caridade e o estudo nobre, a fé e o bom ânimo, o otimismo e o trabalho,
a arte e a meditação construtiva constituem temas renovadores, cujo mérito não
será lícito esquecer, na reabilitação de nossas ideias e, consequentemente, de
nossos destinos.” (LUIZ, André. Ação e Reação. Rio de Janeiro: FEB, 2013)
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