Esclarecendo Dúvidas: Arte Deturpada e Lei de Destruição
Em
meio a tantas manifestações artísticas que deturpam a moral podemos afirmar que
essas seriam uma espécie de arte destruída? Isso seria um lado negativo da Lei
de Destruição?
O termo mais correto seria desvirtuada,
adoecida1. Conquanto, o
raciocínio é interessante para ser pensado, refletido.
Mais uma vez, partimos do princípio que
a arte é uma força co-criadora do Universo como um todo e é uma beleza útil à
evolução dos seres2.
Considerando esses pontos específicos, podemos afirmar que há tal deturpação desta
força citada.
Analisando com um pouco mais de cuidado
pode-se verificar que estas artes que apelam para aspectos de violência,
sensualidade, etc. As que estão pautadas pelos vícios morais acumulados e
disseminados pela sociedade realmente têm feito muitas vítimas na história
humana. E se considerarmos os dois últimos séculos, principalmente as últimas
décadas, o número registrado pela espiritualidade é assustador!
Entretanto, não podemos confundir
desvirtuamento com o princípio da Lei de Destruição que é uma Lei Moral! Por
isso, não se pode dizer que a arte pautada por vícios morais, fazem parte dessa
Lei. Por outro lado, a Lei de Destruição aproveita as consequências desse
desvirtuamento para agir, através da Lei de Causa e Efeito, Ação e Reação3. O que se planta, colhe.
Ao plantar ódio, violência, sensualismo
desenfreado entre outros desvios de conduta o espírito se desvirtua, perde-se
em si mesmo e cai nas malhas do sofrimento. Seu mundo íntimo vai sendo
desconstruído ou destruído aos poucos. Sua forma perispiritual também pode
sofrer as consequências, sendo até mesmo “destruída4”, reduzida, deformada em casos mais graves e isso faz
parte da Lei de Destruição.
Contudo, a misericórdia Divina permite
que das cinzas de nós mesmos, renasçamos! Daí surgiu a ideia da mitologia da
Fênix! Esta poderia ser uma representação visual da Lei de Destruição! Do pó,
das cinzas, renasce uma belíssima ave deixando para trás toda desfiguração
sofrida anteriormente5!
E para tal, a arte é grande auxiliar
neste renascimento6.
Portanto, quando pensarmos em Lei de Destruição, que possamos entender na sua
beleza e justiça reta. Esta Lei é de misericórdia e não de castigo ou punição!
Obrigado! Jesair e
amiGOS – 12.04.13, psicografado por Jerônimo Marques.
1 - “Porém, em nossos dias, muito frequentemente a arte é
aviltada, desviada do seu objetivo, escravizada por mesquinhas teorias de
escola e, principalmente, considerada como um meio de chegar à fortuna, às
honras terrestres. Emprega-se a arte para adular as más paixões, para superexcitar
os sentidos, e assim faz-se da arte um meio de aviltamento. [...]. A verdadeira
arte não procura os prazeres da mesa, da carne, e aqueles dos quais o espírito
e o cérebro não participam.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1. ed. Rio de
Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
2 – “A
arte é, por si mesma, plena de ensinamentos, de revelações, de luz. Ela arrasta
a alma em direção às regiões da vida espiritual, que é a verdadeira vida, e que
a alma anseia tornar a encontrar um dia. A arte bem compreendida é um poderoso
meio de elevação e de renovação. É a fonte dos mais puros prazeres da alma; ela
embeleza a vida, sustenta e consola na provação e traça para o espírito,
antecipadamente, as rotas para o céu. Quando a arte é sustentada, inspirada por
uma fé sincera, por um nobre ideal, é sempre uma fonte fecunda de instrução, um
meio incomparável de civilização e de aperfeiçoamento.” (DENIS, Léon. O
Espiritismo na Arte. 1. Ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
3 – “Na perseguição ao prazer dos sentidos, costumamos armar
as piores ciladas aos corações incautos que nos ouvem... Contudo, fugindo à
palavra empenhada ou faltando aos compromissos e votos que assumimos, não nos
precatamos quanto à lei de correspondência, que nos devolve, inteiro, o mal que
praticamos e em cuja intimidade as bênçãos do conhecimento superior nos agravam
as agonias, de vez que, no esplendor da luz espiritual, não nos perdoamos pelas
nódoas e chagas que trazemos na alma. Isso, para não falar dos crimes
passionais, perpetrados na sociedade humana, todos os dias, pelos abusos das
faculdades sexuais, destinadas a criar a família, a educação, a beneficência, a
arte e a beleza entre os homens. Esses abusos são responsáveis não apenas por
largos tormentos nas regiões infernais, mas também por muitas moléstias e monstruosidades
que ensombram a vida terrestre [...]." (LUIZ, André. Ação e Reação. Rio de
Janeiro: FEB, 2013)
4 – “As regiões infernais estão superlotadas do sofrimento que nós mesmos
criamos. [...]. Aqui, também, o aspecto anormal, até monstruoso, resulta dos
desequilíbrios dominantes na mente que, viciada por certas impressões ou
vulcanizada pelo sofrimento, perde temporariamente o governo da forma,
permitindo que os delicados tecidos do corpo perispirítico se perturbem, tumultuados,
em condições anormais. Em tal situação, a alma pode cair sob o cativeiro de
Inteligências perversas e daí procedem as ocorrências deploráveis pelas quais
se despenha em transitória animalização por efeito hipnótico.” (LUIZ,
André. Ação e Reação. Rio de Janeiro: FEB, 2013)
5 - “[...] Os artistas da Renascença constituíram, devo vos
dizer, uma plêiade inspirada por um número não menor de grandes artistas do
espaço. [...]. Após terem vivido na Grécia, no Egito e em Roma, retornaram ao
espaço. Lá seus conhecimentos se ampliaram, adquiriram um brilho, uma aparência
particular e, quando reencarnaram, deixaram o paganismo para celebrar, em todos
os domínios, a glória de Deus, da qual eles tinham se impregnado durante sua
última passagem nas esferas celestes.” (DENIS, Léon. O Espiritismo na Arte. 1.
ed. Rio de Janeiro: Edições Léon Denis, 2006)
6 - “A
caridade e o estudo nobre, a fé e o bom ânimo, o otimismo e o trabalho, a arte
e a meditação construtiva constituem temas renovadores, cujo mérito não será lícito
esquecer, na reabilitação de nossas ideias e, consequentemente, de nossos
destinos.” (LUIZ, André. Ação e Reação. Rio de Janeiro: FEB, 2013)
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