Espinho
Era um espinho no pé
Tão pequenino que não dava ré
Para sair da carne macia da ponta do pé...
Espinho esperto!
Decerto pensara em tudo...
Como se alojar e por lá ficar...
Cumprir com o seu dever
E a dor chata promover?
No entanto, o homem tem a inteligência,
Produto de sua delinquência,
Ou benevolência,
Mas sempre de acordo com a jurisprudência
Que Deus outorga a cada criatura por essência!
Sendo assim, apertou daqui...
Tentou puxar dali
Em tentativas e erros,
Mas viu que era necessário um instrumento
Que pinçasse uma de suas pontas estreitas
A fim de que de lá saísse sem preferência,
Apenas obedecendo à força maior
Da boa inteligência...
Aliviando as dores
Desta experiência...
Acumulando saberes
Vindos da Providência!
Sodré, o
ritmista tirando alguns espinhos do pé, agora com amorosa inteligência - 07.04.14, psicografado por Jerônimo
Marques.
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