O Gato Preto
Um gato subiu no alto
Para olhar mais a frente e decidir o salto
A fim de buscar nova vida de fato
Esquecendo os dramas do passado...
Antes, porém subiu no telhado...
Olhou para o céu estrelado
A iluminar seus olhos marejados
Sem que pudesse mexer para novo ato...
Pensava nos seus irmãozinhos,
Que há muito a vida os separara...
Pensava na mãezinha que há muito desencarnara
E sozinho então ficara...
Triste sina do gato preto,
Embora peludo e belo,
Carinhoso e dócil...
Era jogado e maltratado como bicho de sorte má...
Pobre gato, nosso amigo!
Queria vencer as lutas
Em novo destino...
Sem sofrimentos e acusações sem sentido...
Não entendia por que tanto desprezo,
Por que tanta incompreensão?
Quanta desilusão!
Só se protegia em meio à escuridão...
Foi quando um anjo lhe soprou:
Não pule, mas ande um pouco de cabeça erguida,
Sem desistir da caminhada...
Mantenha a cabeça no alto, vezes seguidas...
O gato confiante seguiu!
E logo encontrou novo lar
Em que foi bem recebido
E tratado como nunca fora antes...
O medo e a tristeza ficou pra trás...
A confiança no homem reascendeu
Uma vez mais...
E o carinho de sua alma expôs-se muito mais!
Lá estava novamente nosso gato preto
De olhos marejados para o céu,
Agora azul claro
Agradecendo a Deus, nosso Pai amado!
Aprendamos com o gato preto!
De sofrido e entregue...
Entregou mesmo sua vida ao Pai em oração
Para conquistar com perseverança carinho, a
redenção...
Uma eterna e boa emoção!
Sodré, o
ritmista que admira um felino abandonado que busca sua liberdade, mesmo sem
destino – 23.06.14, psicografado por Jerônimo Marques.
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